Impressões no EJF

Impressiona-me, sinceramente, a vitalidade do Regnum Christi e dos Legionários de Cristo. A despeito dos escândalos com o padre fundador que recentemente vieram à tona, no Encontro de Juventude e Família deste ano tenho [re]encontrado muitas pessoas que dão sinceros exemplos de amor a Cristo e à Igreja.

E, digam o que disserem, esta vitalidade é própria do Cristianismo. Quando é perseguido, é que ele cresce; nas tribulações, glorifica a Deus. No meio das adversidades, não esmorece: prodigioso fenômeno que, aqui, é tão fácil de constatar! Não se trata de defender o pe. Maciel que, aqui, trago somente à guisa de exemplo. A imagem da Legião foi grandemente prejudicada pelos fatos recentes que vieram a público – isto é um fato. Alguns abandonaram o Movimento – é outro fato. Mas que outros tantos – muitos! – permaneceram fiéis e, ainda, outros vieram engrossar as fileiras do Regnum Christi mesmo após os escândalos, isto também é fato. E não pode ser ignorado.

Falava aqui no Deus lo Vult! há pouco tempo sobre o sândalo ferido pelo golpe de Deus, a perfumar o mundo de uma maneira agradável ao Onipotente. Nos sofrimentos, glorificar a Deus; esta é uma realidade que não tem nada de trivial, nada de fácil, nada de prazeroso. Muito pelo contrário. Espera-se (e, em certo sentido, até se exige) que as pessoas agradeçam a Deus quando todas as coisas correm bem. Mas, quando alguém dedica a sua vida ao serviço do Altíssimo e, mesmo assim, tudo desmorona… perseverar é heroísmo. Manter-se fiel é santidade.

De novo: o Movimento está aqui como exemplo, e a atitude destas pessoas – muitas das quais conheço há anos – prescinde completamente de considerações sobre os erros do padre Maciel. O fato inconteste é que há muitos inocentes (não somente no Regnum Christi, mas sem dúvidas também aqui), que sofrem sem culpa: e ver precisamente estes se manterem firmes é contemplar uma característica genuinamente cristã; é testemunhar a ação da graça de Deus. Porque não é em homens nem em instituições humanas que estas pessoas – estas, as que permaneceram – pōem a sua confiança. Sem dúvidas não. E ver com clareza para além das aparências – e até mesmo contrariamente às aparências – não é uma atitude de imaturos, ou de bobos úteis enganados, ou de irresponsáveis que ignoram as coisas de Deus; muito pelo contrário. É atitude de quem tem Fé, e de quem entendeu o que significam aquelas palavras de Nosso Senhor: “se alguém quiser vir após Mim, renuncie a Si mesmo, tome a Sua cruz a cada dia e siga-Me”.

Que Deus abençoe o Movimento Regnum Christi, e os Legionários de Cristo. Que a Virgem Santíssima interceda por todos estes, a fim de que o Altíssimo saiba transformar o mal em abundância de bem. Para a Sua maior glória.

A baía de Guanabara. Os amigos distantes

Escrevo do celular, no ônibus que – assim espero – vai me levar ao Rio Centro, onde começa hoje à noite o Encontro de Juventude e Família. Os dias estão curtos, mas intensos. Divertidos.

É sempre bom rever amigos! Ontem estive com o Thiago Amorim (@tht) e com o Tarcísio, seu irmão. Entre hoje e domingo espero também reencontrar outras pessoas. O tempo, como até então, vai ser curto; mas esforcemo-nos por fazê-lo bem vivido.

Até domingo estou-me por cá, pela cidade maravilhosa cheia de encantos mil que tanto aprecio. Além de rever velhos amigos, apraz-me também voltar a lugares por onde passei alhures. Olhar o mar do Arpoador, subir o Corcovado, tirar fotos com o Drummond eternamente sentado em Copacabana… o tempo passa, mas muitas coisas não mudam. O Rio de Janeiro continua lindo. É sempre bom voltar. Aliás, em http://www.twitpic.com/photos/jorgeferraz estou tentando pôr as fotos que tiro. Vejam lá.

E, entre um sotaque diferente e outro, entre a paisagem recortada fluminense tão diferente da do meu Recife, é reconfortante encontrar coisas que resistem ao passar do tempo. Coisas das quais me lembro, apesar de não as ver com a freqüência de que gostaria. A baía de Guanabara. Os amigos distantes. Coisas para as quais podemos voltar, com a segurança de que as encontraremos como as deixamos. Coisas que desafiam a cultura do passageiro e do descartável dos nossos dias. Obrigado, Senhor.

Aviso

Ando sumido. Reconheço. Estou com uma quantidade absurda de coisas acumuladas inadiáveis para fazer – vida profissional, vida acadêmica, vida espiritual. Falta de organização. Mea culpa. Um dia eu aprendo…

Hoje é o aniversário do revmo. pe. Nildo Leal de Sá, da paróquia da Imbiribeira: quarenta anos de vida e dez anos – em comemoração antecipada – de sacerdócio. Daqui a pouco, às 19:00, Santa Missa em Ação de Graças na Imbiribeira, com três bispos (incluindo o nosso Metropolita) e mais alguns padres amigos. Lá irei; peço uma ave-maria pelo querido sacerdote. Para que tenha as forças necessárias para perseverar, sempre.

Depois de amanhã começa o EJF 2010. Tudo indica que o ritmo das postagens vai, ao menos ao longo desta semana, diminuir um pouco. Mas depois há-de melhorar.