Reinaldo e o celibato – será possível, DE NOVO!?

O Reinaldo Azevedo, mais uma vez, teve a gentileza de prestar um grande desserviço à Igreja Católica que ele diz servir, dobrando os joelhos diante de Satanás, dando munição aos anti-clericais de todos os naipes e engrossando as hostes dos inimigos da Igreja que contra Ela se lançam com virulência. De novo, Reinaldo, de novo! E com os mesmos argumentos gagás de sempre. Em um texto verdadeiramente péssimo, que não traz nada de novo, onde o articulista da Veja só faz destilar o seu ranço contra o Celibato Eclesiástico.

“Ou a Igreja acaba com o celibato ou o celibato acaba com a Igreja” – é o nome da estupidez que o sr. Reinaldo teve a pachorra de escrever. E não é a primeira vez; portanto, este senhor precisa ser tratado como o inimigo da Igreja que é. Com vaticínios aterradores (que espécie de católico, aliás, teria capacidade de profetizar o fim da Igreja?), o Reinaldo Azevedo afirma que “o celibato tem que acabar”. Em uma crise de megalomania, julgando-se mais católico do que o Papa, o Reinaldo – de novo – demoniza a disciplina do celibato eclesiástico. A troco de quê? Qual a real motivação do articulista da Veja?

Se velhas e caducas são as “argumentações” do Reinaldo Azevedo, permito-me reproduzir velhas refutações. O texto abaixo foi escrito no “antecessor” do Deus lo Vult!, em 2007. Serve perfeitamente para responder às sandices ditas pelo Reinaldo hoje, porque a vitrola arranhada é a mesma, e a cantilena rançosa não mudou absolutamente nada de dois anos e meio para cá. Impressionante como tem gente que não aprende nunca.

* * *

Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda. (São Mateus XIX, 12)

Encontrei, por acaso, no blog do Reinaldo Azevedo, um conjunto de posts [intitulados Se o bispo não puxa a sua orelha, puxe a orelha dele (i), Igreja não é armário (ii) e O desastre do celibato: São Pedro tinha sogra! (iii)], nos quais o conhecido articulista tece críticas (por vezes demasiadamente ásperas) à disciplina do celibato sacerdotal, em vigor no rito latino da Igreja Católica. Tal fenômeno é curioso e merece algumas linhas de consideração.

Em primeiro lugar, causa espécie uma afirmação estapafúrdia presente no endereço acima: “Não sou da hierarquia católica, apenas um católico. Como tal, não só posso como devo debater o que não for matéria dogmática” (i). Esta afirmação é – ouso dizer – o ponto nevrálgico de toda essa discussão, o erro original do qual decorrem todos os demais deslizes do autor. Mas, como? Agora os leigos não só podem como devem debater o que não for matéria dogmática?! De onde foi tirado esse despautério?

É bem sabido de todos, mas, dadas as atuais circunstâncias, nunca é demais repetir, que a Igreja possui, ao lado da Autoridade Suprema de Ensino, a Sua Autoridade Suprema de Governo. E tudo o que é “matéria dogmática” pertence, por excelência, à esfera do Ensino da Igreja. Em Sua Autoridade de Governo, a Igreja pode muito bem dispôr de princípios dogmáticos infalíveis e, em si mesmos, irreformáveis, para legislar; mas isso, absolutamente, não é uma necessidade! Em particular, para ficarmos só num exemplo óbvio, o Código de Direito Canônico é direito positivo eclesiástico e, por conseguinte, não é matéria dogmática; estaria então o Reinaldo dizendo que todo católico “não só pode como deve” debater o Direito Canônico? O mundo enlouqueceu! Com uma visão “dualista” do mundo, segundo a qual as únicas opções diante de um pronunciamento da Igreja são ou a adesão divina exigida à Verdade Revelada ou o debate (democrático?), o ilustre articulista, simplesmente, escamoteia a Autoridade Suprema de Governo da Igreja [que, lembremos, segundo o mesmo, “não só pode como deve” ser debatida]!

Na verdade, há aqui uma grande confusão entre matéria, digamos, “magisterial” [por falta de um termo melhor] e matéria disciplinar, seguida de uma confusão ainda maior quanto ao papel do católico diante de uma decisão não-irreformável em si mesma. Uma coisa é uma “questão aberta”, um assunto sobre o qual os católicos são livres para adotarem uma posição ou outra: por exemplo, se Nossa Senhora morreu ou não antes de ser assunta aos Céus. Isso é um ponto [propositalmente] omisso na promulgação do dogma: a Igreja entende que tal particularidade em nada afeta a adesão integral ao Depósito da Fé no tocante à Assunção da Virgem Santíssima, que se realiza plenamente quando se diz que Maria foi elevada em corpo e alma aos Céus no final de sua vida terrestre, independentemente do que tenha acontecido a Ela neste “final da vida terrestre” (se Ela morreu e ressuscitou, ou se não chegou nem mesmo a morrer).

Uma outra coisa completamente diferente é a promulgação de uma norma de direito eclesiástico, que (obviamente) não é matéria dogmática, mas que foi efetivamente promulgada e, portanto, está em vigor, como é o caso do celibato sacerdotal. Dizer que “o celibato não é dogma” não é, nem de longe, a mesma coisa que dizer “a existência do Limbo não é dogma”. Neste último caso, estamos tratando de uma hipótese teológica cujo grau de adesão exigido, de fato, enfraquece-se quando se diz que ela não é um dogma; mas, para uma questão disciplinar, não faz sentido em se falar em “adesão” de Fé, porque – evidentemente – a uma disciplina não se adere com Fé, mas se lhe obedece. E o fato (aliás auto-evidente) de que uma disciplina “não é dogma” em nada muda as obrigações que o católico tem para com ela.

E a segunda confusão do Reinaldo é sobre a posição que o católico deve tomar frente a uma exposição da Igreja sobre matéria não-irreformável em si mesma. Já vimos que há uma diferença grande entre uma matéria magisterial não-infalível (e que, portanto, só não obriga a Fé por, digamos, insuficiência do ato promulgativo do Magistério da Igreja) e uma matéria disciplinar (que é, em si mesma, não infalível e reformável). Acontece que em nenhum dos dois casos o católico tem o dever de sair debatendo sobre ele. Isso é um nonsense sem tamanhos. Nenhum católico tem o “dever de debater” a existência do Limbo [embora seja interessante que os teólogos o façam; todavia, nem estes estão obrigados a fazê-lo]. Nenhum católico tem o “dever de debater” a idade de 75 anos em que os bispos precisam apresentar o seu pedido de renúncia à Diocese que governam. E nenhum católico tem o “dever de debater” o celibato sacerdotal.

Na verdade, o católico somente pode (o que é bem diferente de deve) debater o celibato sacerdotal. Mas, para fazê-lo, ele precisa ter pelo menos três coisas, e os posts do Reinaldo Azevedo falham em todas elas.

A primeira coisa que se exige de um católico que queira debater uma matéria disciplinar da Igreja é o “sentir” com a Igreja, é a docilidade com a qual se deve submeter à autoridade de Governo da Igreja, ainda que não se concorde integralmente. E, ainda este ano, o Papa Bento XVI, gloriosamente reinante, na sua exortação apostólica pós-sinodal “Sacramentum Caritatis”, reafirmou o valor do celibato para os sacerdotes da Igreja Latina:

“Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina.” (SC 24)

Sinceramente, contradizer abertamente uma posição do Sumo Pontífice e querer “debater” uma coisa cuja obrigatoriedade foi reafirmada há menos de um ano por aquele que detém a autoridade máxima para obrigar ou desobrigar as questões disciplinares da Igreja Católica é o cúmulo da teimosia. É uma tremenda extrapolação dos direitos que o católico tem em relação àquilo que não é dogmático. O Papa dizer uma coisa, e então um católico procurar “debater” em defesa da posição contrária, para o Papa reafirmar a mesma coisa, e o tal católico insistir ainda no contrário, e assim ad aeternum, não é direito de católico nenhum. Isso é um completo desrespeito às autoridades da Igreja, que são quem, em última instância, detêm a autoridade final para responder a essas questões.

A segunda coisa exigida para se debater questões disciplinares é prudência. Ninguém deve chegar defendendo a sua posição – contrária à posição vigente – como se fosse a última coca-cola do deserto, a única solução para os problemas que a Igreja atravessa. Ao contrário, deve-se expôr as próprias convicções de maneira humilde, sabendo das próprias limitações e com sinceras disposições de acatar às determinações das autoridades da Igreja, confiante na assistência prudencial do Espírito Santo que, embora não com infalibilidade certa, todavia sempre guiará a Igreja no tocante à salvação das almas. Ninguém deve utilizar os meios de comunicação em massa para tratar de assuntos internos da Igreja e que somente dentro da Igreja podem ser resolvidos, se quiser realmente que eles sejam levados a sério – e não utilizados como instrumento de descrédito da Igreja e de munição para os inimigos de Cristo. Ninguém deve achar que provocar clamor popular é uma maneira correta de se provocar mudanças na Igreja – afinal, ao contrário do que se imagina hoje em dia, todo poder vem de Deus, e não do povo.

E, finalmente, a terceira coisa exigida para se debater questões disciplinares é a qualidade dos argumentos. E é esta a parte mais lamentável dos posts do Reinaldo Azevedo: parece até que ele saiu copiando-e-colando bobagens de sites protestantes. Francamente! Entre um sem-número de outras bobagens, pode-se ler no blog supracitado:

“Um tanto provocativo, lembrei que São Pedro tinha sogra. Aí me dizem: “Mas era viúvo”. Era? Onde está escrito? Em que passagem?” (i)

O primeiro erro aqui é a mentalidade protestante: “onde está escrito?”. Oras, essa visão reducionista do Evangelho aos Quatro Livros canônicos é o que pode haver de mais estranho ao catolicismo.

O segundo erro aqui é a visão simplista da questão: não faz nenhuma diferença se Pedro era casado ou não. O que interessa, no Novo Testamento, é que está mais do que evidente a superioridade da vida una ou indivisa – que, aliás, foi o estado de vida escolhido por Cristo. Pedro ter sido casado ou não é um detalhe de pouca importância [tanto que os Evangelhos silenciam completamente sobre a mulher de Pedro], e que não pode ser usado como critério para desabonar o celibato sacerdotal. É evidente que há passagens que enaltecem o casamento – claro, pois o casamento é uma coisa boa! -, mas é igualmente evidente que não há nenhuma passagem escriturística que permita ter dúvidas sobre a perfeição maior do celibato. E a Igreja tem o direito de exigir perfeição dos que querem ser sacerdotes do Deus Altíssimo – a mais perfeita vocação à qual é chamado o homem.

“Não é preciso ser muito agudo para perceber que os padres vivem uma realidade que absolutamente os aparta da vida real.” (ii)

O que é a “vida real”, para Reinaldo Azevedo? Vida real é sexo? As pessoas que não praticam sexo vivem uma, digamos, “vida virtual”? Mais: as pessoas precisam praticar sexo para viverem “realmente” a sua vida? Não é preciso ser muito perspicaz para enxergar a insensatez dessa crítica velada.

Até se entende que um católico em particular não se sinta atraído por um estado específico de vida – no caso, o celibato. Mas, daí a debochar dele, daí a dizer que quem o abraça vive “aparta[do] da vida real”, daí a dizer que o celibato é “fonte de perturbação e de desmoralização” (ii), daí a dizer que ele é “um óbvio mal-estar” (ii), vai uma grande distância. Que o autor não transforme a sua opinião pessoal sobre o celibato na verdade absoluta sobre ele!

“O celibato sacerdotal na Igreja Católica foi instituído no ano 390” (iii)

No ano 390 aconteceu o Concílio de Cartago, que prescreveu o celibato para todos os que servem os Santos Mistérios. Mas isso não quer dizer que ele só tenha sido “instituído no ano 390”! Então a Imaculada Conceição da Virgem, para ficar só num exemplo, foi instituída somente no século XIX? É de espantar a ignorância do articulista!

Em particular, o primeiro Concílio de Nicéia já proibia os cléricos de introduzirem mulheres em sua casa (Concílio de Nicéia [325], can. 3). E é o mesmo Concílio de Cartago citado que, ao prescrever o celibato, afirma estar se referindo a um costume que foi ensinado pelos Apóstolos e observado pelos Antigos – portanto, não tem nada a ver com uma “invenção” do século IV. Os católicos deveriam ter um mínimo de conhecimento sobre os Concílios da Igreja, antes de tecerem comentários despropositados com base neles.

E não é necessário entrar em mais detalhes. Todas as “argumentações” dos citados textos do Reinaldo Azevedo resumem-se a conclusões sem sentido e a interpretações pessoais de textos escriturísticos sobrepondo-se às interpretações que a Igreja sempre teve. No fundo, o problema central aqui é aquele que foi exposto no início: a idéia de que o católico “deve” debater aquilo que não é dogmático na Igreja dá ao católico, qualquer que seja ele, carta branca para discordar publicamente do que prescreve a Hierarquia Católica, baseado em nada que não seja a própria visão limitada e distorcida dos fatos – assim, ele está no estrito cumprimento do seu dever.

Esperamos que tenha ficado clara o quão perniciosa é essa mentalidade. E esperamos também que os católicos sejam mais cuidadosos quando forem se arvorar em especialistas de assuntos sobre os quais têm pouco ou nenhum conhecimento. Para encerrar, ficam as palavras do Santo Padre Paulo VI, na sua encíclica Sacerdotalis Caelibatus:

A verdadeira e profunda razão do celibato é, como já dissemos, a escolha duma relação pessoal mais íntima e completa com o mistério de Cristo e da Igreja, em prol da humanidade inteira. Nesta escolha há lugar, sem dúvida, para a expressão dos valores supremos e humanos no grau mais elevado. (SC 54).

Que a Virgem Castíssima nos conceda sempre santos sacerdotes, dispostos a tudo largar por Cristo – com a confiança de que os seus sacrifícios não serão em vão – e que sejam sinal verdadeiro de luz e de Salvação para os homens.

“Abusos cometidos em nome de Deus”

O título deste post é uma das frases ditas pelo Roberto Cabrini, logo no início do “Conexão Repórter” que foi ao ar durante a semana e falou sobre “pedofilia na Igreja” (este é o título dos vídeos). O programa, de uma hora de duração, exibiu as investigações feitas pelo repórter e sua equipe em Arapiraca, cidade do interior de Alagoas onde surgiram denúncias de padres que abusavam sexualmente de coroinhas.

Há um texto sobre o assunto no próprio Conexão Repórter. O programa pode ser visto na internet, dividido em duas partes (aqui, sob os títulos “Pedofilia na Igreja Católica – Parte 1” e “Pedofilia na Igreja Católica – Parte 2”, do lado direito).

Terrível. Um coroinha gravou um vídeo no qual outro mantém relações sexuais com um padre, o Monsenhor Luiz Marques Barbosa – 82 anos, natural de Maceió, 58 anos de sacerdócio. Cenas explícitas, cujas imagens o programa teve o cuidado de borrar, mas que nem por isso são menos chocantes. O vídeo é passado ao longo de todo o programa, entrecortado pelos depoimentos dos coroinhas, dos familiares, de paroquianos, dos sacerdotes acusados – que são três: o mons. Luiz Marques, o mons. Raimundo Gomes e o pe. Edilson Duarte. Sobre o assunto, só alguns comentários:

1. Não tem nada de “abusos cometidos em nome de Deus” (e nem de outra frase que o sr. Cabrini diz, sobre as cenas revelarem “uma face obscura da Fé”). Os abusos [ao menos, os que foram provados] foram cometidos por um sacerdote homossexual (registre-se) que não soube honrar os votos que fez à época da sua ordenação, em nome de sua própria fraqueza, e não no de Deus. Esta face obscura não é “da Fé”, e sim de um sacerdote que não soube conformar a própria vida à Fé que professa (ou deveria professar). Há uma evidente e radical incompatibilidade entre a Doutrina Cristã e os atos dos quais são acusados os três sacerdotes.

2. O mons. Luiz Marques foi filmado em atos de homossexualismo, e não de pedofilia. O coroinha que aparece nas gravações tem dezenove anos, e o que as imagens mostram é uma relação sexual consentida – não um estupro.

3. O celibato sacerdotal não tem nada a ver com o assunto. Sobre os recentes escândalos na Alemanha, o Wagner já comentou e o Everth já comentou. Do primeiro, aliás, destaco: “A ligação entre crimes de pedofilia e celibato não é óbvia quando levamos em conta os casos de abuso sexuais registrados na Alemanha desde 1996, por exemplo. Dos 210 mil casos, 94 afetam pessoas ou instituições ligadas à Igreja Católica. Para fins matemáticos, isso corresponde a 0,044%”. É portanto visível o sensacionalismo.

4. Chega a ser impressionante como os mesmos meios de comunicação que exaltam o gayzismo e fazem apologia da cultura gay, criticando a Igreja por Sua Doutrina contrária aos atos homossexuais, rasgam as vestes e mostram-se escandalizados quando um padre homossexual é flagrado em atos sexuais com um homem (é isso o que o vídeo mostra). A Igreja é atacada quando Se diz contrária aos atos homossexuais defendidos por uma parte da mídia, e depois esta mesma mídia ataca a Igreja quando, à revelia d’Ela, um sacerdote comete estes atos homossexuais!

5. Como comentou o Ramalhete numa lista de discussões, o melhor seria que padres assim ficassem em aljubes. A palavra vem do árabe, significa “buraco” e consiste basicamente em um buraco, mesmo, onde os padres que cometiam atos deste tipo eram jogados e ficavam, sem previsão de saída, podendo meditar nas besteiras que fizeram, sem a presença de tentação e sem possibilidade de causar escândalo (aliás, descobri agora há pouco que existe um desses, transformado em museu, aqui em Olinda). Claro, para isso acontecer seria preciso haver foro eclesiástico, e seria preciso que deixassem a Igreja cuidar dos Seus em paz.

Cáritas e evento abortista

Só avisando quem não acompanhou pelo Twitter os sofrimentos desta sexta-feira: o escândalo continua, desta vez no site da Cáritas Brasileira. A CNBB retirou do seu site (aliás, até com louvável prontidão) a divulgação da Marcha Mundial das Mulheres; mas o pessoal da Cáritas, até agora, mantém em seu site a notícia segundo a qual mulheres do semiárido participam da 3ª Ação Internacional. O escândalo permanece: uma “rede da Igreja Católica de atuação social composta por 162 organizações presentes em 200 países e territórios, com sede em Roma” está divulgando uma marcha feminista e abortista!

E, infelizmente, isto não destoa do teor do site mantido pela referida associação. Citando – e fazendo meu – o desabafo do Murat [primeiro link acima]:

E este lixo esquerdista no site da Cáritas? É para isto que eles solicitam doações? Para dar voz a eventos de abortistas, como se eles ainda não tivessem espaço de sobra na grande mídia?

Domine, miserere nobis. Nesta primeira sexta-feira do mês, rezemos em desagravo ao Sagrado Coração de Jesus. Pelos escândalos provocados, pelos ultrajes e traições. Cor Iesu Sacratissimum, miserere nobis.

Retirada divulgação de evento abortista

Bravo! Menos de duas horas depois de eu ter denunciado aqui a divulgação de um evento abortista no site da CNBB, a chamada não se encontra mais na página principal do portal e o link direto para a página dá erro de artigo não encontrado.

Registro, até por questão de justiça, os meus parabéns pela rapidez na retirada do artigo satânico.

Resta agora (1) apurar quem foi o autor (ou os autores) do escândalo, (2) tomar providências para garantir que ele(s) não torne(m) a fazer algo parecido mais uma vez, e (3) publicar uma nota se desculpando pelo ocorrido (pois já tem até gente me chamando de mentiroso, apesar de eu ter publicado o printscreen do site junto com a minha denúncia).

Cartas à CNBB

Sim, como disse a Luh, cartas à CNBB. Eu já tinha escrito e enviado, logo depois de publicar a denúncia aqui no Deus lo Vult!. Considerando o meu histórico de mensagens não-respondidas, vou tornar logo esta pública também.

A divulgação do evento pró-aborto no site da Conferência de Bispos Católicos é absurdamente escandalosa. Cartas à CNBB! Peço que escrevam com um pouco menos de raiva do que eu o fiz. Respirem fundo, antes de escrever; que os inimigos da Igreja não se aproveitem de algum aspecto material para desconsiderarem uma indignação que, em si, é perfeitamente justa.

Segue abaixo o email que enviei.

* * *

from Jorge Ferraz
to subsecgeral@cnbb.org.br,
Dom Dimas Lara Barbosa <secgeral@cnbb.org.br>,
imprensa@cnbb.org.br,
subpastoral@cnbb.org.br,
comsocial@cnbb.org.br

date Fri, Mar 5, 2010 at 12:49 PM
subject URGENTE! Sobre divulgação de evento abortista pela CNBB!

Aos responsáveis pelo site da CNBB,

Há uma chamada na página principal do site (não sei a partir de quando, vi agora no final da manhã) que faz a divulgação de um evento abortista, e isso é simplesmente inadmissível. O endereço é o seguinte:

http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/2299-marcha-mundial-das-mulheres-organiza-3o-edicao-da-acao-internacional-no-brasil

Para informações mais detalhadas sobre a MMM e a Sempreviva, se necessário, gentileza acessar o pequeno texto que acabei de redigir e publicar sobre o assunto, no pequeno site que mantenho na internet:

https://www.deuslovult.org//2010/03/05/cnbb-divulga-evento-abortista/

Solicito com uma certa urgência

1. a sumária expulsão dos responsáveis pelo escândalo;

2. a imediata retirada do ar da divulgação do evento abortista;

3. a divulgação de uma nota onde constem um pedido de desculpas e alguma satisfação aos leitores do site, em particular com informações sobre as providências que foram tomadas [item 1 acima].

É necessário uma tomada de posição rápida e enérgica. Qualquer coisa diferente disso será um ato de criminosa pusilanimidade, de pecaminosa omissão, que redundará em (ainda mais) escândalos para o povo fiel, que minará (ainda mais) a seriedade da CNBB e que não passará despercebida d’Aquele que é o Justo Juiz e ao Qual todos haveremos de prestar contas algum dia.

Certo da atenção dos senhores,
subscrevo-me, em Cristo,
Jorge Ferraz


Jorge Ferraz de Oliveira Filho
https://www.deuslovult.org//

CNBB divulga evento abortista!

[P.S.: Após este post e as cartas enviadas à CNBB, os responsáveis pelo site da Conferência retiraram do ar a divulgação do evento satânico. Deo Gratias.]

Clique para ampliar
Clique para ampliar

É estarrecedor, mas é verdade. Está na página principal do site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: Marcha Mundial das Mulheres organiza 3ª edição da Ação Internacional no Brasil. Na matéria, uma foto do cartaz da marcha, que ocorrerá de 8 a 18 de março. No texto da CNBB, é dito que “a marcha pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras”.

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) é um evento organizado pela Sempreviva Organização Feminista. Na página principal do site da Marcha, a segunda notícia é sobre a legalização do aborto na Espanha inclusive para adolescentes. Na coluna da direita, logo abaixo do cartaz da “Ação 2010” que a CNBB divulgou, tem uma música pela legalização do aborto que pode ser baixada e cuja letra é a seguinte (trecho):

Já comecei a entender
o que ninguém ousa dizer:
o silêncio e a hipocrisia
causam minha hemorragia.
E, se o homem engravidasse,
o aborto legal seria…

Mas não vou me intimidar,
por meus direitos vou lutar.
Me juntar às mulheres
e com elas gritar:

Direito ao nosso corpo!
Legalizar o aborto!

Qualquer busca no Google revela isso. Eu não levei nem cinco minutos. Aliás, qualquer pessoa que tivesse um mínimo de senso de realidade desconfiaria do nome “Marcha Mundial das Mulheres”. E qualquer pessoa que tivesse um mínimo de responsabilidade checaria os objetivos de um tal evento antes de divulgá-lo em um site de uma Conferência de Bispos Católicos. Qualquer pessoa que tivesse um mínimo de decência não divulgaria um evento abortista num site católico.

Isso mostra que, dentro da CNBB, há pessoas que (i) ou são estúpidas e irresponsáveis o suficiente a ponto de divulgarem um evento sem saber que ele é abortista, ou (ii) são cretinas mancomunadas com Satanás empenhadas em defender o aborto a partir de dentro da CNBB. Terceira opção não existe. E, em qualquer dos dois casos, é simplesmente inadmissível que os responsáveis por esta infâmia continuem impunemente escarnecendo da Igreja Católica, defendendo “de dentro da Igreja” a sua ideologia assassina e anti-cristã e entronizando Lúcifer para ser adorado nos salões da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A análise de conjuntura da CNBB

Alegrei-me nas últimas semanas com a CNBB, devido às tomadas públicas de posição contra o PNDH-3 do Governo Federal. No entanto, como “esmola demais o santo desconfia”, fiquei sabendo (via Blog do Saraiva) de um texto escandaloso – publicado no site da Conferência – que praticamente desdiz tudo o que foi dito contra o programa antes.

Faço questão de transcrever a parte referente ao PNDH-3:

Polêmica sobre o 3º PNDH

Nesse cenário explica-se a celeuma em torno do III Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Mesmo sem perder de vista os pontos controvertidos e a necessária crítica a alguns dos seus aspectos. Principalmente no que diz respeito a reducionismos que consideram apenas algumas dimensões do ser humano, fruto da cultura relativista que atinge setores sociais e da mídia. Entretanto, a maioria do PNDH-3 e dos temas nele contidos dialogam com a trajetória de muitos movimentos e pastorais que há décadas lutam pela implementação.

Ademais, este se configura como continuidade do PNDH I e o PNDH II – respectivamente publicados em 1996 e em 2002. Aliás, o PNDH foi uma idéia do Brasil e da Austrália em 93, na Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena, Áustria. O 3º PNDH representa o acúmulo de debates realizado em dezesseis anos continuidade na construção da política de Direitos Humanos, representada pelos 1º e 2º PNDH, ultrapassando assim o atual governo federal. Foi construído com ampla participação da sociedade civil em Conferências Municipais, Estaduais e Nacional de Direitos Humanos.

A atitude de diálogo manifestada pela CNBB em sua nota de janeiro abriu canais para a conversa com o Ministro Paulo Vanucchi, titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos e contribuiu para o aprofundamento do debate para que se avance na efetivação dos direitos humanos já consagrados na história brasileira e com amplo consenso social, e a identificação de mecanismos de revisão dos temas sobre os quais é preciso haver maior debate e, quiçá, um arbitramento das diferenças existentes.

A má redação do texto é essa mesma. E as más idéias subjacentes, idem: mesmo com todos os problemas – gravíssimos e inaceitáveis, absolutamente inegociáveis – que tem o Plano Nacional de Direitos Humanos, segundo a análise de conjuntura disponível no site da CNBB, “a maioria dele está de acordo com os movimentos e as pastorais”, “ele foi construído por meio de uma ampla participação social”, “é necessário debater para superar as diferenças existentes”, e outra infinidade de arrodeios satânicos, de subterfúgios infernais, de tergiversações diabólicas, que pretendem relativizar a condenação firme a este Programa anti-católico – exigida por justiça a quem deseje permanecer católico.

Não exagero. Não dá para ser católico e socialista ao mesmo tempo. Não dá para ser católico e apoiar a instauração do Ateísmo como religião oficial do Estado ao mesmo tempo. Não dá para ser católico e, ao mesmo tempo, ser gayzista. Não dá para ser católico e apoiar o aborto ao mesmo tempo. Ora, todas essas coisas são expressamente defendidas pelo PNDH-3; logo, não dá para ser católico e apoiar este maldito programa ao mesmo tempo.

Esta análise de conjuntura, publicada no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, não é católica. Mesmo não sendo um documento oficial e não contendo a assinatura da presidência ou do secretariado geral, não importa: é escandaloso que esteja publicado no site da Conferência, que contenha o logotipo da CNBB, que seja assinado por pessoas que pertencem à entidade.

O texto possui doze páginas das quais nada se aproveita. E chega até a fazer uma propaganda política cretina, ao citar pesquisas de opinião segundo as quais a maior parte dos entrevistados considera o presidente Lula “confiável”, ao mesmo tempo em que apresenta Dilma como aquela que “representa a continuidade do Governo Lula, que prosseguirá com o modelo desenvolvimentista, com sensibilidade para a questão social” e, José Serra, encarnando “o retorno da política neoliberal anteriormente efetivada por Fernando Henrique Cardoso, dialogando com os interesses do empresariado nacional e do capital internacional”. Francamente! Não que Serra seja um candidato aceitável para os católicos. Mas, certamente, o motivo disso não é o “retorno da política neoliberal”.

Sobre os assuntos importantes, como o PLC 122/2006 (a lei da Mordaça Gay), o texto é profundamente lacônico: apenas quatro linhas dizendo que ele existe e que está aguardando a realização de uma audiência pública. Sem o menor juízo de valor, sem críticas, sem nenhuma referência à posição católica sobre o tema, sem nada. Deplorável.

É esta a “análise de conjuntura” que os os bispos do Brasil têm a apresentar aos católicos brasileiros? Uma defesa mal disfarçada do PNDH-3, propaganda política descarada a favor da candidata petista, omissões e lacunas imperdoáveis nos assuntos graves que merecem esclarecimentos, tudo isso escrito no intragável palavrório esquerdista que ninguém suporta mais? A CNBB vai mesmo endossar esta picaratagem?

Polêmica sobre o 3º PNDH
Nesse cenário explica-se a celeuma em torno do III Plano Nacional de Direitos Humanos
(PNDH-3). Mesmo sem perder de vista os pontos controvertidos e a necessária crítica a alguns dos
seus aspectos. Principalmente no que diz respeito a reducionismos que consideram apenas algumas
dimensões do ser humano, fruto da cultura relativista que atinge setores sociais e da mídia.
Entretanto, a maioria do PNDH-3 e dos temas nele contidos dialogam com a trajetória de muitos
movimentos e pastorais que há décadas lutam pela implementação.
Ademais, este se configura como continuidade do PNDH I e o PNDH II – respectivamente
publicados em 1996 e em 2002. Aliás, o PNDH foi uma idéia do Brasil e da Austrália em 93, na
Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena, Áustria. O 3º PNDH representa o acúmulo de
debates realizado em dezesseis anos continuidade na construção da política de Direitos Humanos,
representada pelos 1º e 2º PNDH, ultrapassando assim o atual governo federal. Foi construído com
ampla participação da sociedade civil em Conferências Municipais, Estaduais e Nacional de
Direitos Humanos.
A atitude de diálogo manifestada pela CNBB em sua nota de janeiro abriu canais para a
conversa com o Ministro Paulo Vanucchi, titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos e
contribuiu para o aprofundamento do debate para que se avance na efetivação dos direitos humanos
já consagrados na história brasileira e com amplo consenso social, e a identificação de mecanismos
de revisão dos temas sobre os quais é preciso haver maior debate e, quiçá, um arbitramento das
diferenças existentes.

Curtas

As maravilhas de uma editora que se diz católica. “É simplesmente incrível como a cada dia que passa os católicos que conhecem a doutrina, a moral e a disciplina oficiais da Igreja se surpreendem com as coisas que encontram nos locais em que tais coisas deveriam ser conservadas naturalmente”. O pior é que, a cada dia, a gente se surpreende menos com essas coisas.

* * *

– Outro exemplo: do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia! É uma revista de liturgia. E tem tanto lixo, de uma ponta a outra do artigo, que eu não sei nem o que comentar. “Nas duas celebrações ficou evidente a relação liturgia e ecologia: as duas celebrações aconteceram em espaço aberto, em contacto direto com a terra e o céu, com o sol e a lua, o ar, as estrelas, a escuridão da noite e a chuva… Os diversos elementos – cestos, vestes, vasos de argila, bombons – foram confeccionados pelas comunidades locais, em projetos de economia sustentáveis… Os textos bíblicos e as palavras (monições, orações, cantos, poemas…) que acompanharam os diversos ritos, faziam clara referência aos elementos cósmicos, ligando o memorial da páscoa de Jesus ao grito da terra, das águas e de toda criação”. Tem horas em que a vontade que dá é a de soltar um palavrão e pronto.

* * *

Apelo aos bispos silenciosos, que [ainda] não assinaram o abaixo-assinado contra o PNDH-3. É simples e rápido. Vão lá.

* * *

Vida: o primeiro instante. É um artigo da conceituadíssima revista de incontestável profundo valor científico, a SUPERINTERESSANTE. Quem tiver estômago para o ler e, depois, comparar com o artigo do Schwartsman que eu comentei aqui na semana retrasada, verá que é praticamente a mesma coisa. Com a diferença de que a revista da Abril publicou o lixo dela em 2005. A Folha, esperou cinco anos para reciclar a porcaria.

* * *

O que Chávez, Zelaya e Lula têm em comum ver com Palpatine? “Atualmente, na América-Latina, observa-se um fenômeno muito peculiar, embora não inovador: utilizam-se de instrumentos democráticos para destruir as bases da democracia, enquanto os líderes se disfarçam como amigos do povo”.

* * *

Uma homenagem ao programa nacional-socialista dos direitos humanos. É uma figura. Cliquem.

* * *

¡Más honestidad, por favor! É de junho passado, mas eu ainda não havia lido. “[H]a de ser obvio por qué demando más honestidad en el presente debate sobre el Concilio. En vez de acusar a otros, incluso al Papa, de desear volver a un pasado anterior al Concilio, habría que aconsejar a todos estudiar sus libros y volver a examinar su posición sobre el Concilio. Porque no todo lo que fue dicho y hecho después del Concilio, fue llevado a cabo en concordancia con el mismo”.

* * *

A situação da Igreja: uma ameaça, uma chance. De Dom Henrique, bispo auxiliar de Maceió Aracaju. “O clero e os religiosos deveriam deixar de lado as ideologias, as teorias pouco cristãs e nada católicas defendidas em tantos cursos de teologia e livros muito doutos e pouco fiéis, e serem mais atentos ao clamor do povo de Deus e aos sinais dos tempos – sinais de verdade, que estão aí para quem quiser ver, e não os inventados por uma teologia ideologizada de esquerda! Além disso, é necessário considerar que a Igreja não é nossa: é de Cristo. Ele a está conduzindo, a está purificando, a está levando onde ele sabe ser o melhor para que seu testemunho seja mais límpido, coerente e puro”.

* * *

Secretária de Educação assina portaria que garante uso de nome social a travestis e transexuais. “Um estudo entitulado Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas, realizado pela Rede de Informação Tecnologia Latino Americana (Ritla), mostrou que a discriminação está presente entre os jovens, na rede pública de ensino do DF. Do total, 16,3% dos alunos com mais de 18 anos, não gostariam de ter homosexuais como colegas de classe. Entre estudantes que têm entre 17 e 18 anos, o índice sobe para 20,5%. Entre os mais novos, com menos de 11 anos, o índice fica em 48,7%. A pesquisa foi realizada com 9.937 estudantes, que foram ouvidos no ano de 2008 em 84 escolas das 14 Diretorias Regionais de Ensino”.

* * *

– E, enquanto isso a Vodafone pede desculpa por mensagem homofóbica publicada por funcionário. Em inglês, com printscreen do tweet que causou a celeuma, aqui.

Entrevista do pe. Fábio de Melo ao “Valor”

Gostaria de ter mais tempo para comentar a entrevista concedida pelo pe. Fábio de Melo ao jornal “Valor” e reproduzida pelo IHU. Ao lado de declarações profundamente verdadeiras – p.ex., “o bem e a beleza são traços de uma mesma verdade” -, o reverendíssimo sacerdote faz algumas outras que, proferidas por um sacerdote, são de se lamentar.

O texto do Ecclesia Una está realmente muito bom, fazendo as perguntas pertinentes e cotejando as respostas dadas pelo padre Fábio com os documentos do Magistério da Igreja. Vale muito a leitura e eu próprio não teria muito o que acrescentar. Música, literalidade das Escrituras, homossexualismo, Teologia da Libertação, cenário político brasileiro: nada escapou ao crivo do Everth Oliveira. Eu só acrescentaria mais um comentário, feito por um amigo em uma lista de emails: que o pe. Fábio não tenha vindo ao mundo para dividir, é talvez a raiz de todos os seus problemas. Porque Nosso Senhor veio dividir: “Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa” (Mt 10, 34-36).

Como pode ser possível que o mesmo sacerdote a identificar o Bonum, o Pulchrum e o Verum seja capaz de elogiar o socialismo, é um mistério que me escapa à compreensão. Rezemos pelos sacerdotes! Que a Virgem Santíssima possa interceder ao Seu Divino Filho pela santificação do clero.

Curtas, mas importantes

1. “[S]e algum chargista tivesse feito a brincadeira de colocar o padre  [Fábio de Melo] dançando um samba, aposto que uma onda de revoltosos se levantaria para criticar a iniciativa. (…) Aí temos o chargista e a caricatura de um sacerdote… E se dirá que Cristo o faria? Não, Cristo não o faria”. O desabafo é do Wagner Moura. O motivo? O padre Fábio de Melo na Beija-Flor. O Adversus Haereses também alfinetou, mostrando diversos sambas de enredo da escola que têm temática fortemente pagã. Vale perguntar: porventura somos nós os feitores do escândalo?

2. Diretório Litúrgico francês exclui santos padroeiros e inclui novos “dias santos de guarda”. Também no La Buhardilla de Jerónimo. É inacreditável: foram incluídas datas para o ano-novo muçulmano, o início do Ramadã, o Yom Kippur e a festa da Reforma Protestante! Como bem apontou um amigo, faltou somente o aniversário da Queda de Lúcifer…

Mas o pe. Clécio esclareceu que “a publicação não tem a importância que parece ter. É tão somente uma espécie de diretório litúrgico, embora em francês traga o nome pomposo de ‘Missel des Dimanches'”. Mesmo assim, é sintomático. Que Santa Joana d’Arc interceda pela França.