O Estado de São Paulo publicou uma interessante reportagem, na qual são colocados os pingos nos i’s sobre o ridículo assunto do manifesto – supostamente assinado, entre outras pessoas, por alguns padres – de apoio à candidata gayzista e abortista Marta Suplicy. Bispo barra manifesto pró-PT é o seu título, e foi publicada na edição de hoje do Estadão. Restam, contudo, ainda algumas dúvidas e interrogações
Um dos principais auxiliares de Lula no Planalto, ele lembrou que a carta, assinada pelo Fórum de Católicos pela Justiça, em Favor dos Mais Pobres, também não expressa a posição oficial da Igreja Católica, mas, sim, de alguns setores.
O tal fórum aparentemente não existe. Não apareceu ninguém que dele fizesse parte para dar declarações à mídia; não tem site, não tem referências no google (agora, após a baderna, deve ter; pelo menos aqui no Deus lo Vult! já tem), não tem CNPJ, não tem nada. Se não for uma mentira pura e simples, parece ter sido criado única e exclusivamente para assinar um manifesto ridículo com o qual ninguém quis se comprometer colocando a própria assinatura. Curioso, não?
“Só lamento que em nenhum momento tenha havido manifestação oficial da Igreja sobre o site de Gilberto Kassab (DEM), que ostenta fotos com bispos e padres”, argumentou Carvalho, numa referência ao prefeito, candidato à reeleição.
Bom, antes de mais nada, que fotos são essas? Não entrei em todas as galerias existentes no site do Kassab, mas não vi a “ostentação” à qual se refere o ex-seminarista. Agora, ainda que haja, se o chefe de Gabinete do sr. Presidente não sabe a diferença entre uma foto (nunca conheci um padre ou bispo que se negasse a tirar uma foto com quem quer que seja!) e um manifesto de apoio explícito, então o esquerdismo dele já está num estágio no qual a cura só pode vir por milagre. A menos, é claro, que haja uma foto de um bispo com um monte de adesivos escritos KASSAB 25 – coisa que eu duvido.
Tanto Mesquita [padre Tarcísio Marques Mesquita] como Carvalho admitiram que Marta enfrenta rejeição de setores da Igreja e de evangélicos por defender a ampliação do direito ao aborto e a união civil entre homossexuais. Ressalvaram, porém, que a prefeitura não cuida desses temas. “Claro que não sou a favor do aborto, mas não discutimos isso. Também não ficamos em celeumas sobre opção sexual. Tratamos de questões mais sublimes, como saneamento básico e centros de saúde”, garantiu Mesquita.
Quero acreditar que haja algum erro gritante nesta matéria, porque simplesmente não sou capaz de conceber um padre dizendo que “saneamento básico e centros de saúde” são “questões mais sublimes” (!!!!) do que aborto e apologia do vício homossexual.
Eu, ao contrário, acredito que os responsáveis por esta palhaçada, se católicos forem, mereciam uma punição exemplar por parte das autoridades eclesiásticas responsáveis.