Deu no Estadão: Igreja dá salto no ranking da confiança. O subtítulo da matéria diz ainda que, “para pesquisadora, polêmica do aborto na campanha eleitoral impulsionou índice”:
Para Luciana Gross Cunha, professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiança na Igreja.
O gráfico abaixo foi publicado no site da CNBB, e mostra a evolução no “Índice de Confiança na Justiça” (ICJ) do segundo trimestre de 2010 para cá. Segundo o mesmo site, “[a]ntes a Igreja ocupava a 7ª posição, com 34%. Houve, portanto, um aumento de 60% no terceiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores”.
O “Voto Católico” também noticiou, e apresentou um gráfico equivalente retirado da Folha de São Paulo. Este site trouxe também a nota oficial de apresentação dos resultados emitida pela Fundação Getúlio Vargas, responsável pela pesquisa. Desta, cito:
A Igreja – que também marcou a disputa à presidência da republica no segundo turno das eleições – passou do 7º lugar no ranking de confiança nas instituições para a 2ª posição. Nesse trimestre 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável em comparação com o segundo trimestre de 2010, quando 34% dos entrevistados deram essa resposta.
Vale a pena ver também o relatório ICJ Brasil 3º semestre/2010; o objetivo principal da pesquisa era “retratar sistematicamente a confiança da população no Poder Judiciário”. Interessante que, na pesquisa, o Judiciário só se mostrou mais confiável do que o Congresso e os Partidos Políticos; e isto é sintomático. Enquanto isso, as duas instituições mais confiáveis são as Forças Armadas e a Igreja Católica.
O Wagner Moura também comemorou: “o salto da Igreja no ranking se deve à luta contra o aborto travada por Dom Luiz Bergonzini, bispo de Guarulhos. Não há a menor dúvida que esse bispo é um marco na história do movimento pró-vida, no Brasil. Embora uma minoria barulhenta e pouco católica se atreva a desqualificá-lo e minimizar suas ações à mera política partidária, sabemos que ser fiel ao Cristo e seu Evangelho da Vida nada tem a ver com política partidária”.
Esta é a maior prova de que, quando os bispos fazem o que deve fazer e anunciam com destemor o Evangelho de Jesus Cristo, o povo reconhece na voz da Igreja a voz de Cristo, o Bom Pastor, e a Ela se achega com confiança. Uma lição que a CNBB deveria aprender. Porque, a despeito dos esforços da Conferência em calar a voz profética de D. Luiz Bergonzini e dos bispos da Regional Sul 1, a sua voz levantou-se com firmeza; e o povo sentiu o seu ânimo renovado. O Brasil precisa de mais bispos como o de Guarulhos. Que Deus digne-Se conceder-nos santos pastores.