O artigo do Carlos Ramalhete ao qual eu fiz referência ontem aqui desencadeou uma enxurrada de protestos (em sua esmagadora maioria, de baixíssimo nível) nas redes sociais e nas mensagens enviadas à Gazeta do Povo. Em sua página do Facebook o colunista publicou a nota de esclarecimento que eu reproduzo abaixo. Quanto ao mérito do texto (solenemente ignorado pela turba ignara que se lançou furiosamente em marcha a pedir a cabeça do articulista em uma bandeja de prata em meio a gritos histéricos de acusações totalmente descabidas que refletem, por um lado, a mais completa incapacidade de interpretação textual e, por outro, um desejo nada velado de silenciar toda a voz dissidente), quase nada foi dito. Aproveito o ensejo para fazer – mais uma vez – eco à posição do Carlos Ramalhete: à sua posição verdadeira, e não às distorções grotescas contra as quais se levantaram centenas de manifestações de ódio irracionais.
Diante da mobilização dos bárbaros, é absolutamente imprescindível que os que concordamos com os argumentos do Carlos publicados ontem na Gazeta do Povo – ou pelo menos com o direito do Carlos de expôr a sua opinião em uma coluna de jornal – nos manifestemos (em ordem de importância):
- em emails de apoio à redação do jornal: leitor@gazetadopovo.com.br ou pelo “Fale Conosco” do site da Gazeta; [FUNDAMENTAL]
- nesta Petição Pública à Gazeta do Povo, em favor da liberdade de expressão e pedindo a manutenção da coluna;
- na página criada ontem para oferecer apoio ao Carlos Ramalhete; e
- na página oficial do colunista no Facebook.
Sem isso, corremos o sério risco de amargarmos uma dolorosa derrota nesta batalha midiática e até de perdermos este precioso espaço semanal que a Gazeta do Povo concede ao pensamento conservador. Não basta, portanto, apenas gostar dos textos, curti-los e divulgá-los; é preciso deixar claro àqueles que bancam esta proposta – especificamente, os editores da Gazeta do Povo – que ela atende, sim, a uma necessidade de parcela considerável da população brasileira e que, portanto, é imprescindível mantê-la a despeito dos uivos dos bárbaros que já se organizam para censurá-la.
Manifestações de apoio já se esboçam na blogosfera:
- Atacados pela tolerância (Porta Fidei)
- Ramalhete livre (Cultura da Vida)
- Ramalhete livre (O Possível e o Extraordinário)
A seguir, a nota de esclarecimento publicada pelo Ramalhete no Facebook.
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NOTA
Com referência ao artigo “Perversão da adoção”, publicado no dia 30 de agosto, quinta-feira, em minha coluna, no jornal Gazeta do Povo, esclareço o seguinte:
1) Escrevi em defesa da adoção e contra a sua perversão e lamento que isso tenha sido mal interpretado por grupos de interesse.
2) A adoção é um ato de amor, que merece o apoio de toda a sociedade.
3) Repudio, contudo, como sua perversão, a entrega definitiva de uma criança a quaisquer comunidades de vida que não uma família.
4) Mais ainda, repudio forçar uma criança à linha de frente da tentativa em curso de desconstrução da família, inscrevendo em seu documento de identidade uma impossibilidade biológica.
Agradeço o apoio e solidariedade das centenas de leitores que se manifestaram junto a mim e junto ao prestigiado jornal Gazeta do Povo.
Minha página, no Facebook, continua aberta para toda manifestação respeitosa.
Carlos Ramalhete