Não dá para entender…

Não consigo imaginar nenhuma justificativa para o que fez a Canção Nova. Nenhuma. Num evento chamado “Hosana Brasil”, foram colocados para desempenhar papéis na Liturgia – respectivamente, Primeira Leitura e Prece dos Fiéis – a sra. Dilma Rousseff e o sr. Gilberto Carvalho. A sra. Rousseff é pré-candidata à presidência do Brasil pelo Partido Totalitário, ex-terrorista (como já foi dito aqui) e ABORTISTA. O sr. Carvalho é um dos responsáveis pela ridícula panfletagem em São Paulo em defesa de Marta Suplicy (como também já foi dito aqui) e adepto da Heresia da Libertação. Não me consta que nenhum dos dois tenha repudiado as suas posições radicalmente incompatíveis com a Igreja Católica. Não consigo entender, então, o que os dois estavam fazendo próximo ao altar da Santa Missa, desempenhando funções litúrgicas às vistas de todos os telespectadores da Canção Nova.

A mensagem implícita transmitida por esta escandalosa atitude é a seguinte: “tudo bem” ser abortista. “Tudo bem” ser adepto de um excremento teológico já incontáveis vezes condenado pelos Papas e que tanto mal fez à Igreja. Está tudo muito bem, porque afinal a Canção Nova colocou essas pessoas, diante do Brasil inteiro, para fazerem leituras na celebração da Santa Missa! E, de repente, miraculosamente, todo o empenho destas duas pessoas na aplicação do contrário do que ensina a Igreja esvanece-se como fumaça, e passa a não ter nenhum valor, soterrado pela Missa transmitida pela Canção Nova e por meia dúzia de palavras bonitas ditas após o escândalo.

Os inimigos da Igreja zombam d’Ela, sob o beneplácito da maior Comunidade Nova brasileira! É frustrante e incompreensível. Será possível que as pessoas responsáveis por organizar a celebração não sabiam que estavam convidando uma abortista para fazer a proclamação da Primeira Leitura? Será possível que não passou pela cabeça de ninguém a enorme inconveniência desta atitude? A ex-terrorista abortista é a provável sucessora de Lula em 2010. Daqui a dois anos, quando dissermos que os católicos não podem votar em abortistas, o que vão pensar as pessoas que viram a Dilma fazer leituras numa missa do “Hosana Brasil”? Nós vamos encontrar ouvidos surdos, e parte desta culpa será da Canção Nova!

Não venham dizer que ela pode “se converter” ao se aproximar da Canção Nova. Já basta de irresponsabilidade. Poder, é claro que pode, porque para Deus nada é impossível; mas ela também pode muito bem não se converter e, aí, devolvo a pergunta: e se ela não se converter? Por acaso foi apresentada uma abortista ao povo católico, exercendo funções dentro da Liturgia da Santa Missa, pensando na possibilidade de que ela venha se converter no futuro, é isso? Isso é desprezar a Doutrina da Igreja que se deve guardar e viver, na medida em que  imprudentemente se apresenta – fazendo leituras na Santa Missa! – uma abortista confessa que (até onde eu saiba) não deu sinais de arrependimento. Isso não é evangelização, é anti-evangelização. O alcance que tem a Canção Nova no território brasileiro é invejável; ao invés de utilizá-lo para anunciar com destemor as exigências da Fé para a vida pública – mormente para a política -, gera-se escândalo na medida em que se age com subserviência aos criminosos que, hoje, ocupam os cargos públicos do nosso país.

Não dá para entender o que a Canção Nova espera com essa atitude. Conseguir favores políticos? “Limpar a barra” da ex-terrorista [e atual] abortista? Semear o indiferentismo? Cair nas graças [ou nas garras…] do PT? Afinal de contas, o quê? Qual é o papel da Canção Nova? Evangelizar a tempo integral, ou apenas “de vez em quando”, “desevangelizando” nos intervalos? Afinal, se ela “não percebe” que (obviamente) uma abortista declarada não pode fazer a Primeira Leitura da Santa Missa, sinto dizer, mas ela não tem competência para evangelizar. Esta atitude é profundamente lamentável e grandemente digna de repúdio por parte dos católicos. Após este triste episódio, algumas coisas ficam as mesmas mas, no entanto, outras mudam. Dilma Rousseff continua sendo uma abortista, mesmo fazendo leituras na Canção Nova; mas e quanto à Canção Nova, será que pode dizer, de cabeça erguida, que em tudo age buscando a maior glória de Deus e a exaltação da Santa Madre Igreja?

Tenha Deus misericórdia de nós todos.

Estadão – “Bispo barra manifesto pró-PT”

O Estado de São Paulo publicou uma interessante reportagem, na qual são colocados os pingos nos i’s sobre o ridículo assunto do manifesto – supostamente assinado, entre outras pessoas, por alguns padres – de apoio à candidata gayzista e abortista Marta Suplicy. Bispo barra manifesto pró-PT é o seu título, e foi publicada na edição de hoje do Estadão. Restam, contudo, ainda algumas dúvidas e interrogações

Um dos principais auxiliares de Lula no Planalto, ele lembrou que a carta, assinada pelo Fórum de Católicos pela Justiça, em Favor dos Mais Pobres, também não expressa a posição oficial da Igreja Católica, mas, sim, de alguns setores.

O tal fórum aparentemente não existe. Não apareceu ninguém que dele fizesse parte para dar declarações à mídia; não tem site, não tem referências no google (agora, após a baderna, deve ter; pelo menos aqui no Deus lo Vult! já tem), não tem CNPJ, não tem nada. Se não for uma mentira pura e simples, parece ter sido criado única e exclusivamente para assinar um manifesto ridículo com o qual ninguém quis se comprometer colocando a própria assinatura. Curioso, não?

“Só lamento que em nenhum momento tenha havido manifestação oficial da Igreja sobre o site de Gilberto Kassab (DEM), que ostenta fotos com bispos e padres”, argumentou Carvalho, numa referência ao prefeito, candidato à reeleição.

Bom, antes de mais nada, que fotos são essas? Não entrei em todas as galerias existentes no site do Kassab, mas não vi a “ostentação” à qual se refere o ex-seminarista. Agora, ainda que haja, se o chefe de Gabinete do sr. Presidente não sabe a diferença entre uma foto (nunca conheci um padre ou bispo que se negasse a tirar uma foto com quem quer que seja!) e um manifesto de apoio explícito, então o esquerdismo dele já está num estágio no qual a cura só pode vir por milagre. A menos, é claro, que haja uma foto de um bispo com um monte de adesivos escritos KASSAB 25 – coisa que eu duvido.

Tanto Mesquita [padre Tarcísio Marques Mesquita] como Carvalho admitiram que Marta enfrenta rejeição de setores da Igreja e de evangélicos por defender a ampliação do direito ao aborto e a união civil entre homossexuais. Ressalvaram, porém, que a prefeitura não cuida desses temas. “Claro que não sou a favor do aborto, mas não discutimos isso. Também não ficamos em celeumas sobre opção sexual. Tratamos de questões mais sublimes, como saneamento básico e centros de saúde”, garantiu Mesquita.

Quero acreditar que haja algum erro gritante nesta matéria, porque simplesmente não sou capaz de conceber um padre dizendo que “saneamento básico e centros de saúde” são “questões mais sublimes” (!!!!) do que aborto e apologia do vício homossexual.

Eu, ao contrário, acredito que os responsáveis por esta palhaçada, se católicos forem, mereciam uma punição exemplar por parte das autoridades eclesiásticas responsáveis.