São Thomas More e os anglicanos


[Foto: apostles.com]

Nascido em Londres em 1477[78] e martirizado na mesma cidade em 6 de julho de 1535 (ver biografia), São Thomas More é um belíssimo exemplo de resistência católica ao cisma anglicano. Após ter perdido o beneplácito da coroa real inglesa por não aceitar o Ato de Supremacia que declarava ser Henrique VIII cabeça da Igreja da Inglaterra, Thomas More foi condenado à morte e decapitado; sua cabeça ficou exposta durante um mês na ponte de Londres. Em carta escrita na véspera do seu martírio, o santo dizia à sua filha:

Farewell, my dear child, and pray for me, and I shall for you and all your friends, that we may merrily meet in heaven.
[Adeus, minha querida criança, e reze por mim; e eu irei [rezar] por você e [por] todos os seus amigos, que nós poderemos nos encontrar alegremente no Céu].

Morria o homem que não vendeu a sua alma “antes das nove da manhã”, i.e., antes do horário previsto da execução. Suas últimas palavras foram:

I die the King’s good servant and God’s first.
[Morro como bom servo do Rei, mas de Deus primeiro]

Com tudo isso, entretanto, seu nome consta no calendário anglicano de santos (!!), e há uma diocese (anglicana) Thomas More no sul do Brasil. Nestes dias em que a Santa Sé estuda um pedido de “unidade corporativa” de um grupo de anglicanos, que São Thomas More, assassinado por não aceitar que os seus conterrâneos rompessem com o Vigário de Cristo no seu tempo, possa conseguir do Todo-Poderoso que – grandiosa graça! – os descendentes dos rebeldes reformistas do século XVI retornem alegremente à Igreja de Cristo no século XXI.

Sanctus Thomas Morus,
ora pro nobis!