[Ainda sobre o “Journal of Medical Ethics” e a sua publicação em defesa do infanticídio, a Gazeta do Povo publicou hoje um excelente e corajoso editorial. Leiam lá na íntegra; de nossa parte, ficam os nossos mais efusivos parabéns pela defesa clara dos valores que são fundamentais para que nos possamos dizer civilizados – mas que, não obstante, a loucura generalizada moderna insiste em negar ou relativizar. É reconfortante perceber, uma vez mais, que há ainda uma réstia de esperança para a nossa sociedade, pois há veículos de comunicação comprometidos mais com a realidade das coisas do que com a agenda revolucionária dos inimigo da civilização.]
A repulsa natural que tal ideia provoca na maioria das pessoas se sobrepõe à consideração de que o raciocínio de Giubilini e Minerva é de uma macabra coerência; incoerente é a posição de quem defende o direito ao aborto, mas rejeita as conclusões da dupla de pesquisadores. Afinal, se de fato não existe diferença entre um feto e um recém-nascido, por que aquele poderia ser morto e este não?
No entanto, a dignidade e o direito à vida não dependem de uma suposta autoconsciência, mas derivam do próprio fato de se pertencer à espécie humana, o que ocorre logo no instante da fecundação: quando os gametas se unem, cria-se um indivíduo, com DNA indiscutivelmente humano e diferente daquele de seus pais. A partir desse momento, o embrião já merece proteção, pois é um indivíduo humano, qualidade que manterá até sua morte.