Vive Cristo, esperanza nuestra

O Papa Francisco vai assinar na próxima segunda-feira, 25 de março, a exortação pós-sinodal do Sínodo sobre a juventude do ano passado. Duas novidades: desta vez, o documento virá no formato de uma “carta aos jovens” e, além disso, será assinado em Loreto, santuário mariano, fora do Vaticano portanto.

Quanto ao formato do documento, não vejo maiores dificuldades. Trata-se de exortação apostólica, ato formal do Magistério Eclesiástico da mesma natureza, por exemplo, da Familiaris Consortio. É veículo autorizado de transmissão do ensino católico acerca de um tema específico — neste caso, “a juventude”. A princípio, um documento eclesiástico não perde a sua força em razão do estilo com o qual é escrito.

Mas há, no entanto, uma dificuldade de que se pode cogitar, uma de ordem por assim dizer extrínseca e não intrínseca: é que, sob a ótica hermenêutica, o tom informal que presumivelmente se espera de uma “carta aos jovens” pode facilmente obscurecer a reta compreensão da Doutrina Católica — da ortodoxia que presumivelmente se espera de uma exortação apostólica. O problema da mudança de tom não é inédito e nem inesperado, tendo acompanhado o passo da Igreja, às vezes com menor força, às vezes com maior, ao longo das últimas décadas — e isso sem que se precisasse chegar a estes extremos de informalidade que agora se anunciam…

Não que existam formas linguísticas rígidas essencialmente associadas aos diversos tipos de documentos pontifícios. Mas é evidente que um emprego descurado da linguagem pode gerar, e efetivamente gera, um sem-número de incompreensões. É claro que o que é propriamente objeto de um pronunciamento magisterial é aquilo que é significado, e não a maneira escolhida para o significar; a rigor e no limite, devemos o assentimento de nossas inteligências ao conteúdo das fórmulas de Fé e não às fórmulas em si mesmas. Mas também não é sem-razão que a Igreja estabelece fórmulas, e talvez o desinteresse que hoje se tem para com elas explique a dificuldade de compreensão do Catolicismo que, hoje, é o maior mal que assola a Igreja.

Há um outro detalhe digno de nota. É que, desde o ano passado, estavam em vigor certas normas sobre o Sínodo dos Bispos que autorizavam a Assembléia Sinodal a publicar diretamente, por si própria, o documento conclusivo do Sínodo. Falei sobre o assunto aqui. À época, achei que o novo procedimento substituiria o costume de o Papa redigir exortações pós-sinodais, passando a residir no documento final do Sínodo o magistério petrino sobre o assunto.

Mas o Documento Final do Sínodo sobre a Juventude foi votado e aprovado, havendo sido publicado em outubro do ano passado. Inclusive a Sala Stampa publicou as votações detalhadas de cada um dos parágrafos de que é composto o texto. Ainda assim, no entanto, vem-nos agora a notícia de que o Papa Francisco preparou uma Exortação Apostólica pós-sinodal; e, junto com a notícia, vem-nos a dúvida sobre se esta nos sairá melhor ou pior do que aquele…

A despeito de tudo, porém, o local e a data da assinatura do documento são bastante significativos: um santuário mariano, no dia da Anunciação! Envolta assim no tempo e no espaço pelos cuidados da Virgem Santíssima, podemos esperar que esta Carta aos Jovens tenha bom êxito e efetivamente consiga, pela poderosa intercessão da Mãe de Deus, atingir os corações e as mentes da juventude atual. É por isso que rezamos agora. Ó Maria Imaculada, velai pela Igreja do Vosso Filho, recebei este documento à Vossa honra consagrado, e tirei dele maior bem do que seriam capazes os esforços humanos que o produziram. Amen.

Ó Beleza tão antiga e tão jovem

Foi divulgada hoje a lista dos prelados brasileiros que participarão, no próximo mês de outubro, do Sínodo dos Bispos que ocorre em Roma. O tema do Sínodo é a juventude. Foi divulgado também o Instrumentum Laboris da Assembléia, sobre o qual parece que a única coisa que a mídia foi capaz de falar foi que tinha sido a primeira vez que o termo “LGBT” era empregado em um documento oficial da Igreja.

Neste quesito o progressismo tem bem pouca coisa para comemorar. Acontece que um instrumentum laboris é aquilo que o próprio nome diz: um instrumento de trabalho. Trata-se de um documento, por assim dizer, descritivo e não prescritivo: o que nele se contém não é a doutrina nem a praxis da Igreja (nunca foi), mas sim um relato de alguma situação do mundo sobre a qual a Igreja é instada a se pronunciar. É aliás exatamente para isso que periodicamente se reúne a Assembléia do Sínodo dos Bispos.

Por exemplo, o Instrumentum Laboris do Sínodo de 2001 dizia o seguinte: «a mentalidade secularizada de grande parte da sociedade, bem como a ênfase exagerada sobre a autonomia do pensamento e a cultura relativista, levam as pessoas a considerarem as intervenções do Bispo, e também do Papa, sobretudo em matéria de moral sexual e familiar, como opiniões entre outras opiniões, sem influência na vida» (n. 107). Trata-se, como é evidente, de uma descrição do problema. Ninguém em sã consciência poderia ler esse texto e acreditar que a Igreja estivesse abrindo as Suas portas para o relativismo.

Ainda outro exemplo: o Instrumentum Laboris do Sínodo de 2010, sobre o Oriente Médio, dizia que a “islamização penetra nas famílias também através dos meios de comunicação em massa e das escolas, modificando assim as mentalidades que, sem o saber, vão-se islamizando” (n. 34). Mais uma vez, isso não se trata de capitulação da Igreja perante o Islã, mas tão-somente da apresentação — tão exata quanto possível — da situação que a assembléia sinodal era chamada a apreciar. É essa a forma de trabalho deste organismo eclesial desde há muito tempo.

E com isso chegamos ao documento atual, cujo teor é o seguinte:

Alguns jovens LGBT, mediante várias contribuições feitas à Secretaria do Sínodo, manifestaram o desejo de «se beneficiar de uma maior proximidade» da Igreja e experimentar um maior cuidado por parte d’Ela, ao passo que algumas Conferências Episcopais se perguntam sobre o que propôr «aos jovens que, ao invés de formarem casais heterossexuais [sic — coppie eterosessuali], decidem constituir pares homossexuais [coppie omosessuali] e, sobretudo, desejam permanecer próximos da Igreja». (n. 197)

A esta redação é possível fazer dois reparos. O primeiro deles é que “LGBT” não é propriamente uma identidade (a rigor, ninguém “é” LGBT), a não ser como uma espécie de identidade tribal: trata-se de um fenômeno gregário da juventude atual, da mesma forma que, há alguns anos, os jovens se reuniam sob a subcultura punk. E o segundo é que seria muito conveniente evitar o emprego da mesma palavra — no italiano, coppie — para se referir a duas coisas tão gritantemente distintas como os casais e as duplas homossexuais: afinal de contas, para citar outro Instrumentum Laboris do mesmo Sínodo dos Bispos, de há apenas três anos, «[n]ão existe fundamento algum para equiparar ou estabelecer analogias, mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o matrimónio e a família» (Instrumentum Laboris da XIV Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos, n. 130).

Mas o que é verdadeiramente impressionante é o dado social que estas linhas revelam. Ora, o pecado é, por definição, uma revolta contra Deus. É possível até compreender como uma fraqueza o pecado eventual, o pecado irrefletido: mas o pecado que é conscientemente defendido, o pecado que é erigido a um estilo de vida, este é a coisa mais anticatólica que pode haver. É possível amar verdadeiramente a Deus e, ainda assim, cair ao longo da vida em muitos pecados, mesmo graves. Mas defender racionalmente aquilo mesmo que Deus abomina, isso só é possível dando-se orgulhosamente as costas ao Criador.

A Cidade dos Homens é oposta a Cidade de Deus; a subcultura gay é oposta à Cultura Católica. No entanto, para horror dos revolucionários, mesmo os jovens iludidos com o canto-de-sereia da tribo LGBT não conseguem dar totalmente as costas ao chamado que lhes faz a Igreja de Nosso Senhor! Ora, isso significa que a cultura tribal não lhes é o suficiente. Os anticlericais quiseram libertar os homens do peso da Igreja; hoje, livres, distantes d’Ela, os homens A contemplam de longe e sentem vontade de a Ela retornar. A descristianização foi um fracasso fragoroso; os livre-pensadores de outrora ficariam envergonhados.

O que está escrito neste documento, em curtas palavras, é que a «cultura gay» não é suficiente para a juventude. E nem o poderia ser jamais: criados para as coisas grandiosas, para a glória do Altíssimo, para o heroísmo, é somente no amoroso cumprimento da vontade de Deus que os jovens podem se sentir enfim realizados. Enquanto não abraçarem esta Doutrina libertadora, sentirão sempre que falta alguma coisa e estarão constantemente insatisfeitos. Satanás construiu uma eficiente prisão para manter os homens afastados de Nosso Senhor; no entanto, ele não pode impedir que, por detrás dos seus muros fétidos, as almas enxerguem a cruz que se ergue sobre o campanário da igreja — e experimentem, ainda que inconfessadamente, o desejo furtivo de trocar a decadência da tribo pela riqueza da grande família dos filhos de Deus.

A fidelidade é também um martírio

Quanto autem eis praecipiebat, tanto magis plus praedicabant.

O bem é por sua própria natureza difusivo. Nosso Senhor ordenou-nos, no final de Sua vida terrestre, que fôssemos pelo mundo inteiro anunciando o Evangelho a toda criatura; mas a rigor nem precisaria ter-nos ordenado. Os discípulos de Cristo, é certo, sentiriam no seu âmago a necessidade contar a todo mundo a Boa Nova que haviam descoberto — e haveriam de sair pregando o Evangelho da Salvação Cristo tendo-o ordenado ou não.

Aliás, mesmo que o tivesse proibido! As Escrituras não nos dão testemunho? Certa feita, por exemplo, Nosso Senhor curou um surdo-mudo. Os que O acompanhavam ficaram extasiados. Cristo — diz-nos o Evangelista —  «[p]roibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam» (Mc VII, 36).

O anúncio do Evangelho não pode ser proibido. Todas as experiências históricas o demonstram de forma cabal. Não já foi a Igreja perseguida milhares de vezes em centenas de circunstâncias diferentes? Em cada uma delas o Cristianismo não sucumbiu, mas ao contrário: soube crescer e germinar sob a terra, a fim de florescer na primeira oportunidade. Os séculos se encarregaram de provar verdadeiro o dito de Tertuliano segundo o qual o sangue dos mártires é semente de cristãos. Mas, ora, a ridicularização também não é uma forma de martírio? Foi o que São João Paulo II disse certa vez aos jovens, em uma mensagem que se tornou antológica:

Também hoje, caríssimos amigos, crer em Jesus, seguir Jesus pelas pegadas de Pedro, de Tomé, dos primeiros apóstolos e testemunhas, implica uma tomada de posição a favor d’Ele e, não raro, quase um novo martírio: o martírio de quem, hoje como ontem, é chamado a ir contra a corrente para seguir o divino Mestre, para seguir «o Cordeiro por onde quer que vá» (Ap 14, 4). Não foi por acaso, queridos jovens, que eu quis que, durante o Ano Santo, se recordassem junto do Coliseu as testemunhas da fé do século vinte.

Talvez não vos seja pedido o sangue, mas a fidelidade a Cristo é certo que sim!

19 de agosto de 2000
Vigília de Oração — XV Jornada Mundial da Juventude

Talvez o sangue não nos seja pedido; mas a fidelidade sim! E esta fidelidade contra tudo e contra todos, da qual o mundo debocha e por conta da qual somos chamados de fanáticos e intolerantes, que nos fecha portas e nos afasta de amizades, que merece escárnio, desprezo e piadas, esta fidelidade, em suma, que tanto dói e tanto machuca… não é também uma forma de martírio? E sendo essencialmente martirial, não terá também o condão de difundir a Fé? A fidelidade não será abençoada por Deus, a fim de que se torne, ela também, semente de cristãos?

O bem é difusivo e não pode ser contido. O Evangelho é uma Boa Nova cuja descoberta não pode deixar de ser partilhada — quem O guardasse para si, na verdade, não O teria realmente encontrado. O Apostolado não é uma exigência que nos é feita desde fora, mas um impulso que brota da própria Fé e nos move a partilhar com os nossos próximos aquilo que outros partilharam conosco — aquilo de que todo ser humano precisa, pelo qual todo homem anseia.

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O cristão ou é apóstolo ou é apóstata. O apostolado não é uma opção, não é algo que possamos desempenhar ou retrair a nosso talante. São Paulo uma vez exclamou: «Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!» (ICor IX 16b) — e bem faríamos em ter esta imprecação ressoando, sempre, nos nossos ouvidos indolentes. Não nos podem proibir o anúncio do Evangelho; nenhuma autoridade sobre a terra tem este poder.

O Evangelho precisa ser anunciado por sobre os telhados. Precisa, aliás, ser tanto mais anunciado quanto mais o desejarem silenciar — ai de nós se nos calarmos! É nas perseguições que o Cristianismo floresce; sempre foi assim e não é hoje que haverá de ser diferente. A fidelidade nos é tanto mais exigida quanto mais força fizerem para que sejamos infiéis: que o bom Deus nos conceda sempre a graça de resistir a cada dia. A fidelidade é também um martírio — que a saibamos bem sofrer. Deus não deixará que seja em vão; o Altíssimo, que tudo vê e tudo pode, saberá fazer da fidelidade dos novos mártires a semente da Igreja.

Jornal “A Tarde” publica matéria sobre Missa Tridentina em Salvador

[A Missa Tradicional celebrada em Salvador – cujo aniversário de dois anos foi anunciado aqui – foi assunto de uma simpática matéria no “A Tarde”, conhecido jornal da Bahia. Reproduzo abaixo o .pdf que recebi por email, agradecendo ao meu caro amigo soteropolitano pela gentileza do envio.

Maravilhosa a explicação do pe. Gilson: “O sacerdote não está de costas para o povo, mas, com o povo, olha o oriente”. E isso, que não ouvimos nas nossas paróquias, exposto assim com clareza e sem preconceitos num jornal secular! São as pedras falando, porque se calaram os que tinham o dever de instruir o povo de Deus.

Cliquem nas fotos (ou aqui) para obterem o arquivo .pdf em maior resolução.]

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Pe. Anderson Alves sobre a Família e o Matrimônio

O Pe. Anderson Alves está escrevendo uma série de textos sobre a Família e o Matrimônio, que são preciosos e merecem ser lidos. Recolho abaixo um excerto de cada um dos dois mais recentes, recomendando-lhes uma leitura na íntegra.

– Matrimônio: entre crise e beleza. «Por esta razão, os homens são incapazes de entender as mulheres e o demônio quis tentar em primeiro lugar à mulher. Ele sabia que, uma vez destruída a dignidade da mulher, toda a criação viria à ruína. Ele agora usa a mesma estratégia: destruir a figura da mulher para pôr em crise toda a sociedade».

– Se nos amamos e vamos nos casar, por que não podemos ter relações? «Nos tempos atuais as pessoas “usam” o sexo como se fosse um jogo. E o que ocorre? Cada vez menos pessoas adquirem a capacidade de fazer escolhas definitivas, cada vez menos pessoas se casam. O ato matrimonial, ao qual Deus quis unir um prazer sensível, deve produzir um prazer superior, de natureza espiritual: a alegria de saber que se está cumprindo a vontade de Deus».

Todos os artigos do Pe. Anderson publicados em ZENIT podem ser encontrados aqui.

“Levai adiante o testemunho de que Jesus está vivo” – Papa Francisco

P.S.: A tradução oficial já se encontra disponível no site da Santa Sé.

[…]

Um outro elemento: nas profissões de Fé do Novo Testamento, como testemunhas da Ressurreição, são lembrados apenas os homens, os Apóstolos, mas não as mulheres. Isto porque, de acordo com a Lei Judaica daquele tempo, as mulheres e as crianças não podiam prestar um testemunho digno de fé, crível. Nos Evangelhos, ao contrário, as mulheres têm um papel primário, fundamental. Que possamos colher [aqui] um elemento a favor da historicidade da Ressurreição: se fosse uma invenção, no contexto daquele tempo, [quem a inventou] não a vincularia ao testemunho das mulheres. Ao contrário, os Evangelistas narram simplesmente aquilo que aconteceu: são as mulheres as primeiras testemunhas. Isto [nos] diz que Deus não elege segundo os critérios humanos: as primeiras testemunhas do nascimento de Jesus são os pastores, gente simples e humilde; as primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. E isto é belo. Isto é um pouco da missão das mulheres: das mães, das mulheres! Dar testemunho aos filhos, aos netos, que Jesus está vivo, é o Vivente, é ressuscitado. Mães e mulheres, avante com este testemunho! Para Deus importa o coração, quando estamos juntos a Ele, se somos como as crianças que confiam. Mas isto nos faz refletir também sobre como as mulheres, na Igreja e no caminho da Fé, tiveram e têm ainda hoje um papel particular na abertura das portas ao Senhor, no segui-Lo e no comunicar a Sua Face, porque o olhar da Fé tem sempre necessidade do olhar simples e profundo do amor. Os Apóstolos e discípulos tiveram mais dificuldade para acreditar. As mulheres não. Pedro corre ao Sepulcro, mas pára no Túmulo Vazio; Tomé precisa tocar com as suas mãos as feridas do Corpo de Jesus. Também no nosso caminho de Fé é importante saber e sentir que Deus nos ama, não ter medo de amá-Lo: a Fé se professa com a boca e com o coração, com a palavra e com o amor.

[…]

Deixemo-nos iluminar pela Ressurreição de Cristo, deixemo-nos transformar por Sua força, a fim de que também através de nós os sinais da morte no mundo dêem lugar aos sinais de vida. Vi que há tantos jovens nesta praça: ei-los! A vós eu digo: levai convosco esta certeza: o Senhor está vivo e caminha a nosso lado na vida. Esta é vossa missão! Levai convosco esta esperança. Ancorai-vos a esta esperança, [com] esta âncora que está no Céu: segurai firme esta corda, ficai ancorados e levai adiante a esperança. Vós, testemunhas de Jesus, levai adiante o testemunho de que Jesus está vivo e isto nos dará esperança, dará esperança a este mundo tão envelhecido pelas guerras, pelos males, pelo pecado. Avante, jovens!

Papa Francisco,
Catequese da Quarta-Feira, 03 de abril de 2013

Curtas: Tragédia em Santa Maria e Renúncia do Papa

Dois pra lá e dois pra cá.

Tragédia em Santa Maria I, D. Fernando Rifan: «Comovidos e chocados, choramos os jovens da boate de Santa Maria, rezamos por eles e lamentamos as graves negligências que causaram o desastre. Mas cabe uma reflexão de caráter geral: nos noticiários após a tragédia, pôde-se conhecer a imensa quantidade de boates ou casas noturnas que pululam nas cidades e como milhares de jovens as frequentam. E, segundo o testemunho deles, tomam bebidas alcoólicas antes, durante e depois das baladas, sem falar em outras drogas que aparecem nesses ambientes. Assim fica muito difícil ter bons reflexos em situações de perigo. Sexo, bebidas, drogas etc.: é só assim que se divertem nossos jovens? É dessa maneira que teremos uma juventude responsável, sadia, honesta e feliz, da qual virá o futuro? É só no pecado que conseguem se alegrar?»

Tragédia em Santa Maria II, pe. Anderson Alves: «Mais esse tipo de perguntas mostra algo mais sério: uma espécie de ateísmo prático que toma conta do modo de pensar e de agir de uma parte da nossa população. Esse tipo de ateísmo superficial e emotivo consiste em viver como se Deus não existisse e, quando ocorre alguma tragédia, joga-se a culpa toda em Deus, para assim minimizar as responsabilidades dos verdadeiros culpados. E quem o faz, nem se dá ao trabalho de se perguntar como é possível que um Deus que não existe, seja o responsável por todas as tragédias humanas. Prefere-se crer num ateísmo prático e aparentemente cômodo no qual se procura viver em total autonomia de Deus, da verdade e da moralidade e se espera que, nas situações de risco, Deus abra milagrosamente uma “saída de emergência” para livrar ao homem de qualquer perigo.»

Renúncia do Papa IProf. Hermes Rodrigues Nery: «E a Igreja tornou-se “perita em humanidade” justamente porque tem paciência. Afinal, já são vinte séculos de percurso. E toda vez que ela foi fiel à Tradição (aos preceitos da Sagrada Aliança), a sua história foi exuberante. (…) Assim como Jesus deu o exemplo, a Igreja ergueu a humanidade a níveis elevados de civilização quando soube ser força de resistência e levantar o olhar para a destinação última do homem: estar ou não com Deus.»

Renúncia do Papa II, D. Fernando Rifan: «Ao lado do heroísmo do Beato João Paulo II de levar o sofrimento pessoal até o fim, temos o grande heroísmo de Bento XVI de renunciar por amor à Igreja, para evitar qualquer sofrimento para ela. No começo da Igreja, no tempo das perseguições, houve cristãos que resolveram ficar onde estavam e enfrentar o martírio. Exemplo de fortaleza. Houve outros cristãos, que temendo a perseguição e a própria perseverança, acharam melhor fugir da perseguição e se refugiar no deserto, para rezar e fazer penitência, longe do mundo. Exemplo de humildade. Houve santos de ambas as posturas, os que enfrentaram e os que se retiraram. Heroísmo de fortaleza e heroísmo de humildade, frutos da Fé. A Igreja é feita de heróis da Fé!»

Vocações recentes para a vida religiosa

[Fonte: National Religious Vocation Conference.
Tradução: Pedro Ravazzano.
Observação: a pesquisa completa é muito mais detalhada; cliquem acima para ver.]

Vocações Recentes para a Vida Religiosa

Center for Applied Research on the Apostolate

(Centro de Pesquisa Aplicada sobre o Apostolado)
Georgetown University, Washington, DC

Agosto 2009

Vocações Recentes para a Vida Religiosa:
Relatório para a Conferência Nacional de Vocações Religiosas

Mary E. Bendyna, RSM, Ph.D.
Mary L. Gautier, Ph.D.

Tradução: Pedro Ravazzano

Sumário Executivo:

Este relatório apresenta os resultados de um estudo recente de vocações à vida religiosa na América, conduzido pelo Center for Applied Research in the Apostolate (Centro para Pesquisa Aplicada no Apostolado) (CARA) para a National Religious Vocation Conference (Conferência Nacional de Vocações Religiosas) (NRVC). O estudo é baseado em pesquisas de institutos religiosos, estudos e grupos de enfoque com vocações recentes à vida religiosa, e uma análise de determinadas instituições religiosas selecionadas que têm tido sucesso em atrair e reter novos membros. O estudo foi desenhado para identificar e compreender as características, atitudes e experiências de homens e mulheres que entram na vida religiosa hoje, bem como as características e as práticas das instituições religiosas que estão atraindo novos candidatos e retendo novos membros com êxito.

(…)

CARA enviou os questionamentos por correio a um total de 976 entidades, na primavera de 2008 e, em seguida, empreendeu uma extensa pesquisa através do correio, e-mail, telefone e fax durante todo o verão e outono de 2008 para alcançar uma alta taxa de resposta. CARA recebeu respostas preenchidas por 591 institutos religiosos com uma taxa de resposta de 60 por cento. No entanto, uma análise mais detalhada das listas e os que não responderam mostrou que algumas das congregações e províncias nas listas originais haviam sido fundidas com outras durante o curso da pesquisa. Outras entidades da lista não são províncias ou congregações, mas regiões ou casas que não possuem formação/incorporação nos Estados Unidos e não deveriam ter sido incluídas na pesquisa. Outros ainda, especialmente entre os monastérios contemplativos e comunidades emergentes, aparentemente tinham deixado de existir.

(…)

Principais Conclusões:

(…)

Atração para a Vida Religiosa e a um Instituto Religioso em particular

• Os novos membros são atraídos para a vida religiosa primeiro por um sentido de vocação e um desejo de oração e crescimento espiritual. Mais de três quartos (78 por cento) disseram que foram atraídos “muito” pela primeira e quase a mesma quantidade (73 por cento) disseram que foram atraídos “muito” pela segunda. Mais do que qualquer outra coisa, foram atraídos para sua instituição religiosa particular pelo exemplo de seus membros e, especialmente, pelo seu senso de alegria, por seu realismo e seu empenho e entusiasmo. Cerca de 85 por cento disseram que o exemplo dos membros atraiu “muito”.

• Em um grau um pouco menor, os membros mais novos também disseram que eles foram atraídos para a vida religiosa pelo desejo de servir e de fazer parte de uma comunidade. Se sentiram atraídos, em particular, ao seu instituto religioso pela sua espiritualidade, vida comunitária e vida de oração. As pastorais são igualmente importantes para a maioria dos novos membros, entretanto, são menos importantes que a espiritualidade, a oração, a comunidade e estilo de vida. As questões pastorais, especialmente a possibilidade de uma diversidade destas, tendem a ser mais importantes para os homens do que para as mulheres entre os novos membros.

• É mais provável que os entrevistados mais jovens digam que foram atraídos para a vida religiosa pelo desejo de se comprometerem mais com a Igreja e com seus institutos, em particular pela sua fidelidade à Igreja, em comparação com os inquiridos mais velhos. Muitos também dizem que sua decisão de aderir ao seu instituto foi influenciada pela sua prática em relação ao hábito religioso. O fosso entre as gerações, especialmente entre a “Geração Milênio” (nascidos em 1982 ou depois) e geração do Vaticano II (nascidos entre 1943 à 1960), se tornou evidente durante todo o estudo de questões que tenham a ver com a Igreja e com o hábito. As diferenças entre as duas gerações também se extendem às questões da vida em comunidade, bem como os estilos e tipos de oração.

• Os membros mais recentes da vida religiosa se relacionaram com as instituições religiosas de maneiras muito diferentes. A experiência mais comum foi em uma instituição como a escola, na qual servem os membros. Outras formas relativamente comuns de entrar em contanto com o instituto são mediante a recomendação de um amigo ou conselheiro, trabalhar com um membro do instituto, através de um amigo da congregação, por meio de materiais promocionais impressos ou pela Internet.

• Em comparação com as mulheres, é mais provável que os homens digam que entraram em contato com seu instituto religioso em uma escola ou outra instituição onde servem os membros. Comparado com os homens, é mais provável que as mulheres descubram seu instituto através da recomendação de um amigo ou conselheiro.

• Comparado com os mais jovens, é mais provável que os inquiridos mais velhos tenham conhecido seu instituto de forma mais direta, ou seja, trabalhando com um membro ou através de um amigo do instituto. Inquiridos mais jovens, em particular a Geração Millennium, mais provavelmente conheceram seu instituto através da recomendação de um amigo ou conselheiro, ou através de materiais promocionais impressos ou pela Internet.

• Alguns dos membros mais jovens não tinham conhecido homens e mulheres religiosos antes de sentir um chamado à vida religiosa. Muitos destes jovens religiosos primeiro conheceram seu instituto, nomeadamente, através da recomendação de um amigo ou conselheiro, muitas vezes um padre, e muitos descobriram ou sabiam mais sobre o instituto através da internet. A experiência direta com o Instituto e os seus membros, através de eventos presenciais, retiros, discernimento, e outras oportunidades, são especialmente importantes para este grupo etário.

(…)

Oração e Espiritualidade

• Muitos dos novos membros identificam a oração comum como um aspecto da vida religiosa que atraiu mais e que mais os sustenta atualmente. Quando perguntado sobre a importância dos diferentes tipos de oração, o que mais os entrevistados mencionam é Comunhão diária e a da Liturgia das Horas, como os tipos de devoção que são mais importantes para eles.

• É mais provável que os entrevistados da geração do Milênio, em comparação com outros entrevistados, especialmente os da geração Vaticano II, digam que a comunhão diária, a Liturgia das Horas, adoração Eucarística, e outras orações devocionais são “muito importantes” para eles. Comparado com os entrevistados mais jovens, os entrevistados mais velhos dão mais importância à fé e, em menor grau, a oração comunitária não litúrgica.

• Esses padrões se repetiram nas respostas abertas tanto como nas entrevistas e grupos de enfoque em que muitos membros mais jovens mencionaram a comunhão, a adoração da Eucaristia, o Ofício Divino e devoção mariana como particularmente importante para eles.

(…)

Práticas com respeito ao Hábito Religioso

• As respostas à pergunta aberta sobre o que os atraiu ao seu instituto religioso revelam que ter um hábito religioso foi um fator importante para um número significativo de novos membros. Entrevistas com os diretores vocacionais também sugerem que muitas pessoas que estão pesquisando a vida religiosa buscam a oportunidade de vestir um hábito, mesmo naqueles institutos em que poucos ou nenhum dos membros o fazem regularmente.

• Cerca de dois terços dos novos membros, nos institutos pesquisados, estão num instituto que faz uso do hábito religioso. Para pouco mais da metade destes novos membros (55 por cento), o hábito é necessário em todas ou na maioria das circunstâncias e para outros 16 por cento só é necessário em certas ocasiões, como na pastoral ou oração. Nas discussões dos grupos de enfoque, alguns participantes foram muito fortemente a favor ou contra a exigência do hábito, enquanto alguns viram o valor de usar o hábito eclesiástico em, ao menos, algumas circunstâncias.

• Entre os que relataram que o hábito é opcional, 90 por cento dos homens e 27 por cento das mulheres disseram que usam ocasionalmente, enquanto 14 por cento dos homens e 15 por cento das mulheres disseram que usam sempre ou na maioria das vezes. Entre aqueles que afirmam que o seu instituto não tem hábito, quase metade dos homens (48 por cento) e quase um quarto das mulheres (23 por cento) disseram que usariam um hábito, se tivessem essa opção.

Aspectos mais gratificantes e satisfatórios da Vida Religiosa

• Quando perguntado o que eles acham mais gratificante e satisfatório da vida religiosa, os novos membros brindaram uma série de comentários sobre vários aspectos da vida religiosa. As respostas mais freqüentes foram sobre a dimensão da vida religiosa. Alguns mencionaram viver, orar e trabalhar em conjunto, enquanto outros se concentraram mais no sentido de um objetivo comum e de ser parte de algo maior que eles. A freqüência de menções de vida em comunidade sugere que este é um aspecto particularmente importante da vida religiosa para a maioria dos novos membros.

• Muitos dos novos membros também identificam alguns aspectos da dimensão espiritual da vida religiosa como o sentido de seguir o chamado de Deus, aprofundar nosso relacionamento com Deus e com Cristo e/ou a oração pessoal e comunitária, como os aspectos que fornecem o maior senso de gratificação ou satisfação. Nas suas respostas, muitos novos membros mencionaram a comunhão diária, a adoração Eucarística, o Ofício Divino, a devoção mariana, e outras práticas devocionais como particularmente significativas para eles.

• Alguns dos novos membros citaram o serviço ou a extensão do apoio da comunidade para a vida religiosa como o mais gratificante para eles. Muitos destes entrevistados mencionaram a pastoral, o serviço, ou o apostolado, enquanto outros disseram ser um testemunho de Deus para os outros. O fato de que os comentários sobre a pastoral, serviço ou apostolado são menos freqüentes do que os relacionados com a comunidade e espiritualidade sugere que eles podem ser menos notáveis para os novos membros.

(…)

Melhores Práticas no Ministério das Vocações

• Os resultados do estudo sugerem um conjunto de “melhores práticas” para promover as vocações. Estes incluem a implementação de uma “cultura vocacional” e incluir membros e diretores no esforço concertado para promover as vocações; ter um diretor vocacional em tempo integral apoiado por uma equipe e recursos para utilização de novas mídias, especialmente sites e outra presença na Internet; oferecer programas de discernimento e outras oportunidades para conhecer potenciais candidatos a membros e aprender mais sobre o Instituto; ter como alvo os estudantes universitários e adultos jovens, bem como alunos de escolas primárias e secundárias para mostrar a possibilidade da vida religiosa e informá-los sobre o instituto.

• Embora estas práticas possam ter um impacto positivo para atrair e reter novos membros, a pesquisa sugere que as características do exemplo dos membros e do instituto são o que mais influencia a decisão de aderir a um instituto em particular. As instituições de maior sucesso em termos de atrair e reter novos membros são, no momento, aquelas que seguem um estilo mais tradicional de vida religiosa, em que os membros vivem juntos em comunidade, participam da Comunhão diária, recitam o Ofício Divino, fazem práticas devocionais, usam hábito religioso, trabalham juntos no apostolado comum e mostram ostensivamente a sua fidelidade à Igreja e aos ensinamentos do Magistério. Todas estas características são particularmente atraentes para os jovens que ingressam hoje na vida religiosa.

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O que pensa a PJ sobre o aborto?

Há um blog de um garoto chamado “Leandro Hubo” (acho que é esse o sobrenome, a julgar pela url do site), que parece ter alguma relação com a Pastoral da Juventude. Não é um blog “da Pastoral” e não sei dizer nem mesmo se o tal Leandro tem alguma função dentro da PJ em Mato Grosso; no entanto, é um escândalo que, desde 23 de maio de 2007 (portanto, há mais de um ano), um texto anti-católico do Frei Betto defendendo o aborto esteja publicado no tal blog.

A “juventude pejoteira” aparentemente não está nem aí para o aborto, porque a busca por esta palavra no BLOG só retorna dois artigos: o do Frei Betto e um comunicado da Conferência do CELAM do ano passado, em Aparecida. Quando tanta coisa precisaria ser dita sobre o tema, é lamentável que um blog “católico”, que se apresenta como se tivesse alguma ligação com uma pastoral da CNBB, publique um texto que contraria frontalmente a posição da Igreja em um tema de tão capital importância.

No site oficial da Pastoral da Juventude não se encontra nenhum texto favorável ao aborto. Nem contrário. Um silêncio sepulcral sobre um dos temas mais dolorosos dos nossos dias; para usar uma expressão cara aos esquerdistas, estes jovens (se jovens há responsáveis pelo site) estão completamente alienados! Afinal, para que serve este site? Para a publicação de textos do Marcelo Barros? Cabe perguntar: a PJ concorda com o Leandro e com o frei Betto?

Para terminar, voltando ao BLOG, eis o excremento teológico que o frei Betto é capaz de proferir:

Sob a ótica cristã a dignidade de um ser não deriva daquilo que ele é e sim do que pode vir a ser. (Frei Betto, in “Aborto: por uma legislação em defesa da vida”)

Quanto lixo, quanto cinismo, quanta porcaria!

Carta de Dom Bosco aos jovens

Fonte: Administração Apostólica São João Maria Vianney

CARTA DE SÃO JOÃO BOSCO À JUVENTUDE

O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens. A primeira consiste em persuadi-los de que o serviço de Deus exige uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi: “Sirvamos ao Senhor na santa alegria”.

A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-los conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram prender por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então… Mas a vida e a morte estão entre as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel-prazer.

E mesmo se Deus lhes concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: “O caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte”. Ou seja, se, jovens, começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna.

Se, pelo contrário, os vícios começam a nos dominar desde a juventude, é muito provável que eles nos manterão em escravidão toda a nossa vida até a morte, triste prelúdio de uma eternidade terrível.

Para que esta infelicidade não lhes aconteça, eu lhes apresento um método de vida alegre e fácil, mas que lhes bastará para se tornarem a consolação de seus pais, a honra da pátria de vocês, bons cidadãos da terra, em seguida felizes habitantes do céu…

Meus caros jovens, eu os amo de todo o meu coração e basta-me que vocês sejam jovens para que eu os ame extraordinariamente. Eu lhes garanto que vocês encontrarão livros que lhes foram dirigidos por pessoas mais virtuosas e mais sábias que eu em muitos pontos, mas dificilmente vocês poderão encontrar algum que os ame mais que eu em Jesus Cristo e deseja mais a felicidade de vocês.

Conservem no coração o tesouro da virtude, porque possuindo-o, vocês têm tudo, mas se o perderem, vocês se tornarão os homens mais infelizes do mundo. Que o Senhor esteja sempre com vocês e que Ele lhes conceda seguir os simples conselhos presentes, para que vocês possam aumentar a glória de Deus e obter a salvação da alma, fim supremo para o qual fomos criados. Que o Céu lhes dê longos anos de vida feliz e que o santo temor de Deus seja sempre a grande riqueza que os cumule de bens celestes aqui e por toda a eternidade.

Vivam contentes e que o Senhor esteja com vocês. Seu muito afeiçoado em Jesus Cristo.

João Bosco
Sacerdote.