Não pode passar batido…

Amanhã, 04 de outubro, é o dia da Jornada Mundial do terço, evento que tenciona promover um “terço simultâneo”  a ser rezado pelos católicos de todo o mundo. Em Recife, ocorrerá na Igreja de Apipucos, das 15 às 18 horas.

– O Papa Bento XVI reafirmou a posição da Igreja, que condena os métodos contraceptivos. Segundo o pontífice, “[q]ualquer forma de amor tende a divulgar a plenitude com que se vive e o amor conjugal tem um modo próprio de se comunicar, que é gerar filhos”. Bravo! Veja-se também a notícia em ZENIT.

– Força dos católicos do leste europeu à época da perseguição: Eucaristia e Maria Santíssima. Como no sonho de Dom Bosco. A perseguição continua, todavia mais sutil: martírio moral, ao invés do martírio físico. Como outrora, somente ancorados com firmeza nas duas colunas da Virgem Santíssima e do Santíssimo Corpo de Cristo podemos sobreviver sem naufragar na Fé.

– Errata do Olavo de Carvalho: texto citado não existia. Comentei en passant o assunto aqui, e por isso comento também a errata. No entanto, segundo o mesmo, a citação era “apenas como ilustração, curiosa mas dispensável”. Aqui no blog, idem.

A Igreja e a homossexualidade

Num livro recente, “Goodbye, good men”, o repórter americano Michael S. Rose mostra que há três décadas organizações gays dos EUA vêm colocando gente sua nos departamentos de psicologia dos seminários para dificultar a entrada de postulantes vocacionalmente dotados e forçar o ingresso maciço de homossexuais no clero. Nos principais seminários a propaganda do homossexualismo tornou-se ostensiva e estudantes heterossexuais foram forçados por seus superiores a submeter-se a condutas homossexuais.

[…]

Não tenham dúvida: a Igreja é acusada e humilhada porque está inocente. Seus detratores a acusam porque são eles próprios os culpados.
[Olavo de Carvalho, Cem anos de pedofilia]

Não pode a árvore má dar bons frutos, disse Nosso Senhor no Evangelho (cf. Mt 7, 17-18; Lc 6, 43). Isto posto, são absolutamente incompreensíveis e fatalmente destinadas ao fracasso quaisquer tentativas de se integrar o homossexualismo (refiro-me às “práticas homossexuais”, aos “atos homossexuais”) a qualquer sociedade organizada, seja ela o Estado, seja a Igreja. Os pecados homossexuais, ensina o catecismo, bradam ao céu por vingança (CIC 1867peccata quae ad coelum clamant) e o desleixo ou a conivência para com estes crimes gravíssimos não poderão obter senão o justo castigo dos Céus.

Esta verdade pôde ser observada à risca nos escândalos envolvendo uma parte do clero americano, que até hoje são uma dolorosa chaga no Corpo Místico de Cristo e os inimigos da Igreja de todos os naipes utilizam para cuspir-Lhe na Face. O problema foi denunciado pelo repórter americano Michael Rose, em seu livro Goodbye, Good Men [disponível parcialmente no google books, a $18,45 na amazon e com uma resenha – que recomendo com ressalvas – escrita na Montfort]. A acusação – gravíssima – é a de que organizações gayzistas americanas infiltraram-se nos seminários católicos para garantir a presença de homossexuais entre os futuros sacerdotes, ao mesmo tempo em que tentavam escorraçar as pessoas que tinham realmente vocação sacerdotal. Um pecado desta magnitude não poderia ficar impune e o resultado foi a onda de escândalos sexuais que se abateu sobre a Igreja nos Estados Unidos há alguns anos.

A trágica experiência deveria ao menos servir para recuperar uma saudável intolerância aos sodomitas empedernidos. Note-se bem que – como falei acima – eu distingo (como, aliás, a Igreja também o faz) entre as tendências homossexuais e os pecados homossexuais. Uma coisa é um sujeito que tenha tendências homossexuais e, com o auxílio da graça de Deus, luta todos os dias para vencer as suas más inclinações – este é um santo; outra coisa é um militante gayzista que não quer senão a exaltação do vício contra a natureza e a revogação da Lei de Deus – a este, bem se aplica aquela imprecação do profeta Isaías que diz: “Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce!” (Is 5, 20). É o pecado deste último, e não a má inclinação do primeiro, que brada ao Céu e clama a Deus por vingança.

Não podem os católicos se dobrar diante do politicamente correto e passar a mão na cabeça dos pobres homossexuais vítimas da homofobia dos nossos dias, legado de séculos de injusta discriminação. Não podem eles nem mesmo menosprezar a magnitude desta ofensa a Deus; se houvesse a estratégia gayzista de infiltração nos meios católicos sido imediatamente combatida com a firmeza e a prontidão que a situação exigia, não teríamos tantos inocentes atingidos pelos escândalos e tantas almas afastadas da Santa Igreja.

Importa aprender com os erros. A Congregação para a Educação Católica emitiu, em 2005, uma Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional na qual conclama os responsáveis pelos aspirantes ao sacerdócio para que tenham “um atento discernimento acerca da idoneidade dos candidatos às Ordens sacras, desde a admissão no Seminário até à Ordenação”. É o remédio salutar contra a invasão gayzista, que precisa ser aplicado com zelo e diligência, sem que se subestime o poder dos movimentos gays e sem que se permita a Satanás obscurecer a clareza da doutrina católica sobre o assunto com palavras vãs e nuances inúteis.

É necessário ter atenção. É preciso ser “prudentes como as serpentes” (cf. Mt 10, 16), pois sempre existem aqueles que querem fazer com que as determinações da Igreja sejam letra morta. Em artigo publicado na “Revista de Estudos da Religião”, nº 1 de 2006, o sr. Edênio Valle – da PUC, SP – apresenta a posição da Igreja como uma paulatina “reavaliação da postura ético-teológica a ser adotada em relação à homossexualidade e ante os homossexuais” (p. 155), e prenuncia que a Igreja deve “encontrar formas concretas para um modelo formativo novo e mais correspondente ao que a moral e a ética cristãs exigem hoje da Igreja e da vida religiosa” (p. 183). A escrita suave – sem fazer uma clara apologia ao homossexualismo mas tampouco sem condená-lo – é perigosa, pois a leniência em assunto de tamanha gravidade pode provocar resultados catastróficos no futuro. Que as palavras do Papa sejam seguidas, com firmeza e determinação, a fim de que idéias como as do sr. Valle sejam somente os últimos estertores dos feminários gayzistas moribundos, e sacerdotes realmente vocacionados e bem formados possam surgir para, com a sua vida, oferecer a Deus a repararação devida pelas aberrações produzidas pela investida gayzista contra a Igreja na segunda metade do século XX.

O que eles querem e como eles agem

Ao contrário do que alardeia a mídia gayzista, o Projeto de Lei 122/2006 – a lei da homofobia – não tem o propósito de resolver o “alto índice de violência contra homossexuais” que a Secretaria de Direitos Humanos diz existir. A violência no Brasil atinge a todos, independente de raça, credo ou orientação sexual.

Na verdade, com relação a esta aberração jurídica, provavelmente há aqueles homossexuais que são (i) indiferentes, porque não dão muita importância ao assunto; (ii) enganados, porque acreditam na cantilena da mídia gayzista; (iii) sádicos, que – como salientou muito bem o Olavo de Carvalho – alegram-se com a desgraça alheia; e (iv) empedernidos, porque o que querem é não ouvir o chamado à conversão que o Evangelho lhes faz continuamente e, assim, continuarem vivendo em [pseudo-]paz.

E este último ponto é particularmente crítico: querem impedir o Evangelho de ser pregado! O problema moral é sem dúvida um grande empecilho ao acolhimento da Fé verdadeira, mas hoje ele atinge patamares inauditos: se, antes, esforçavam-se os pecadores em fazerem-se de surdos, hoje querem – para se pouparem ao trabalho de fingir não ouvir – calar a boca aos missionários. Não contentes em rejeitar o chamado de Cristo, querem os pecadores empedernidos que a ninguém tal chamado seja sequer dirigido.

Cabe refletir: acaso os gays são os únicos interessados nisso… ?

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Diz reportagem da FOLHA:

A Polícia Civil e o Ministério Público do Ceará concluíram que a morte do professor universitário e militante gay Luís Palhano Loiola, 40, em maio, no interior do Estado, não foi motivada por homofobia, como suspeitavam entidades de defesa dos direitos de homossexuais, mas por vingança de um irmão do professor.

A cifra de “crimes homofóbicos” ficaria bem mais modesta se os dados fossem contabilizados com mais rigor. A Igreja define como “mártir” não simplesmente o “cristão que é morto”, mas sim aquele que é morto por ódio à Fé. Para se falar em “homofobia”, um critério análogo deveria ser aplicado. A sutileza escapa, todavia, à mídia comprometida com a agenda gayzista: eles devem viver qual abutres à caça de cadáveres de homossexuais, que possam ser usados para – per fas et per nefas – engordar as suas estatísticas.