Verba volant, scripta manent

O título deste post é um antigo provérbio latino. Significa “as palavras voam, [mas] os escritos permanecem”. O reverendíssimo padre Alex Cordeiro, que publicara na semana passada um artigo em seu blog no qual atacava violenta e injustamente o padre Paulo Ricardo, resolveu “dar sumiço” no seu post após eu ter respondido aqui aos seus impropérios. Mesmo dizendo expressamente que não retira o que disse (como pode ser visto no tweet acima), quis apagar os registros do que dissera contra um seu irmão no sacerdócio. Quis eliminar os escritos (que permanecem), para deixar as palavras voarem e se perderem – após terem provocado todo o mal-estar que provocaram. O padre falou, falou, falou… e agora parece não querer escutar.

E isto não é justo. O estrago feito pelo péssimo artigo do pe. Alex foi público, e não pode simplesmente ser “apagado”, assim, como se nunca houvesse acontecido. As pessoas precisam assumir a responsabilidade por aquilo que dizem e fazem. Outrossim, se o sacerdote mantém tudo o que disse, não existe razão para esconder o artigo que deu origem à polêmica.

Mas, na internet, verba non volant. O cache do Google ainda mantém a página que foi tirada do ar. E, mesmo após a sua remoção, foi possível recuperar o artigo do pe. Alex que respondi anteriormente. Se a palavra proferida não tem volta, como diz o adágio, muito menos o tem o post publicado. Abaixo, segue um printscreen do artigo da forma como ele estava ainda hoje pela manhã, antes do sacerdote resolver fazê-lo desaparecer. O registro é necessário por questões de justiça e transparência. Segue, na íntegra:

Para terminar, a pequena galeria abaixo é um ligeiro apanhado do Twitter do padre (agora protegido), ao longo do dia de hoje, em sucessivas crises de caridade, de bom trato e de diálogo fraterno com as pessoas que cometeram o único crime de discordar das suas palavras agressivas contra um zeloso sacerdote católico – palavras nas quais ele, felizmente, não conseguiu dar o sumiço que desejara.

“Ratos”, “fariseus”, “doentes” e “raça de víboras” são alguns dos caridosos epítetos que o pe. Alex Cordeiro reserva para aqueles que ousam contrariá-lo e oferecer a resposta devida ao seu artigo mesquinho que tanta confusão e perplexidade provocou entre os fiéis católicos nos últimos dias. Não é uma atitude cristã atacar violenta e publicamente um sacerdote católico e, depois, não aceitar críticas. Não é uma atitude cristã despejar tantos xingamentos contra aqueles que discordam de suas atitudes e que jamais fizeram manifestações públicas que justificassem esta reação histérica. Não é uma atitude cristã jogar coisas na internet e, depois, procurar escondê-las, fazendo-se de vítima e buscando deixar o dito pelo não dito. Após tudo isso, que cada um possa julgar por si próprio se o lobo é mesmo o pe. Paulo Ricardo ou se, ao contrário, o lobo não está disfarçado de Cordeiro.

Sobre lobos e cordeiros

Foi recentemente publicada no seu blog pelo revmo. pe. Alex Cordeiro, diretor espiritual do Ministério Jovem da RCC, uma dura (e profundamente injusta) crítica ao padre Paulo Ricardo [p.s.: o padre fechou o blog; ver aqui]. Sob o título «Defensor de que “DOUTRINA”?» (assim, em maiúsculas e entre aspas mesmo), o pe. Alex tece ácidas críticas à postura do padre Paulo Ricardo no cenário católico nacional. É uma questão de justiça defender o zeloso sacerdote das insinuações maléficas lançadas pelo diretor espiritual do MJ; nas próximas linhas, tecerei alguns comentários sobre o artigo do pe. Alex Cordeiro. Serão um pouco longas, mas isto é necessário porque estão em jogo tanto a honra de um sacerdote que procura ser fiel à Igreja quanto a própria integridade da Fé Católica e Apostólica.

Já começa o revmo. pe. Alex a denegrir a imagem do pe. Paulo Ricardo por meio do próprio título do seu artigo. Afinal, colocando o termo “doutrina” entre aspas e perguntando-se retoricamente “qual” seria a doutrina defendida pelo pe. Paulo Ricardo, o pe. Alex insinua que o seu irmão no sacerdócio estaria defendendo uma “doutrina” que não a Doutrina Católica. Insinuação grave cuja demonstração, no entanto, o pe. Alex crê-se escusado de fazer: depois de lançar a insinuação maledicente, começa o seu artigo dizendo que responderá “não às questões levantadas” pelo pe. Paulo, mas sim à sua “postura”. Chega a afirmar taxativamente: “[n]ão entrarei no mérito da questão do conteúdo”.

Mas como assim, padre Alex? Doutrina é conteúdo, por óbvio. Como o senhor é capaz de insinuar levianamente que o pe. Paulo Ricardo defenderia uma “doutrina” diferente da Católica e Apostólica e, acto contínuo, dizer que não vai entrar no mérito do que ele defende? A insinuação é grave. Quem defende uma doutrina diferente da católica é herege. Colocar em dúvida a doutrina defendida pelo padre Paulo Ricardo é colocar em dúvida a sua ortodoxia e, portanto, é duvidar de que ele seja realmente católico, é insinuar que ele possa ser herege. Uma insinuação de tamanha gravidade não pode ser feita por quem se exime de entrar “no mérito da questão do conteúdo” do que o acusado defende. Agindo assim, quem é mesmo que está dividindo a Igreja?

As acusações não param por aí. “Pe. Paulo Ricardo me cheira mais a um lobo em pele de cordeiro, que tem difundido confusões sérias em meio aos nossos jovens e adultos”. Esqueceu-se somente o pe. Alex de… apontar quais seriam estas “confusões sérias” que o padre Paulo Ricardo estaria difundindo! Mas isso o reverendíssimo sacerdote não vai fazer porque, como ele disse no começo, não vai entrar “no mérito da questão do conteúdo”…

Acusar um irmão no sacerdócio de ser “lobo em pele de cordeiro” e de “difundir confusões sérias” sem, no entanto, mostrá-las! Quem é que está dividindo a Igreja? Se há “confusões sérias” sendo difundidas, é dever de todo católico – principalmente dos sacerdotes – clarificá-las. Mas isso o pe. Alex não faz. Limita-se a insinuar que o padre Paulo seja herege, acusa-lhe taxativamente de ser lobo em pele de cordeiro e se recusa a “entrar no mérito” das “confusões sérias” que, supostamente, o padre Paulo Ricardo estaria difundindo. Cabe perguntar: isso porventura é atitude de pastor ou de lobo voraz?

Toda a sibilina argumentação do pe. Alex baseia-se em uma obviedade e em uma falácia. A obviedade: o pe. Paulo Ricardo não é sucessor dos Apóstolos. A falácia parte de um ponto básico da Doutrina da Igreja: “os PRIMEIROS RESPONSÁVEIS PELO MAGISTÉRIO OFICIAL SÃO OS BISPOS EM COMUNHÃO COM O SUCESSOR DE PEDRO” (gritos da lavra do reverendíssimo pe. Alex Cordeiro). Ora, isto é algo que nenhum bom católico pode negar e que nem tampouco o próprio pe. Paulo Ricardo nega.

O argumento torna-se falacioso quando o pe. Alex, lupinamente, faz uma extrapolação grosseira da Doutrina Católica e afirma: “Logo, ao criticar os Bispos do Brasil e a estrutura de comunhão criada por eles, este digníssimo senhor critica a Igreja como tal, legitimamente constituída em nosso país”. Ora, semelhante conclusão é um grandíssimo absurdo – mesmo que tenha sido introduzida por um ergo supostamente silogístico. Não senhor, pe. Alex, não senhor! Os bispos detêm o munus docendi na Igreja de Cristo, sem dúvidas, mas isso não os torna ipso facto perfeitos e incapazes de errar. Os bispos não exercitam sempre o seu munus docendi. Os bispos – é um doloroso dever dizê-lo, mas é necessário – não necessariamente estão sempre em comunhão com o sucessor de Pedro.

O Pe. Paulo Ricardo não nega, absolutamente, que devamos estar em comunhão com os bispos que estão em comunhão com o Papa! Isso seria um grande absurdo. O que o pe. Paulo Ricardo faz é afirmar – ou, melhor, é constatar – que algumas atitudes de alguns prelados não estão em comunhão com o que ensina Romano Pontífice. Ousará o pe. Alex negar isso?

No mundo perfeito do pe. Alex, aparentemente os bispos não erram nunca, os bispos nunca tomam atitudes contrárias à Fé e à Moral da Igreja, os bispos nunca pecam… será possível que tal visão seja fruto de uma enorme ingenuidade, ou será que é simplesmente má fé? Eis então que a “doutrina” (agora, sim, com aspas muito bem colocadas!) uivada pelo pe. Alex estendeu a infalibilidade papal para todos os bispos do mundo inteiro, em quaisquer circunstâncias, e de tal modo que quem discordar deles em qualquer coisa que seja passa, ipso facto, a discordar “da Igreja como tal”!

Acaso um bispo nunca erra, pe. Alex? E, quando um bispo erra, acaso não é dever de caridade apontar-lhe o erro e impedir que outras pessoas o sigam neste engano, pe. Alex?

Ora, ou os bispos nunca erram, ou eles erram pelo menos às vezes, e tertium non datur. Se eles nunca erram então eles são infalíveis o tempo inteiro – o que pode até ser uma nova “doutrina” alexiana, mas não é a Doutrina Católica. Se, ao contrário, eles erram às vezes, acaso está “critica[ndo] a Igreja como tal” quem lhes aponta o erro? A regra da Fé porventura deixa de ser a Doutrina para ser a estrutura eclesiástica, qualquer que seja ela, independente do que façam ou deixem de fazer os sucessores dos Apóstolos? Isto, sim, é uma “doutrina” bem estranha! Quem é mesmo que está provocando divisão na Igreja e disseminando “confusões sérias”, pe. Alex?

[E, ao contrário do reverendíssimo sacerdote, eu faço questão de entrar “no mérito do conteúdo” e de apontar, exatamente, quais são as “confusões sérias” que põem em risco a Fé do povo de Deus. Prossigamos.]

Pergunta o pe. Alex: “se os bispos nos apresentam um tema para refletir na Quaresma (que nos faz pensar e muito sobre nossos apegos e responsabilidades de nosso egoísmo frente às futuras e presentes gerações) porque não podemos fazê-lo?”. Ora, pe. Alex, a resposta é bastante óbvia: porque este “tema” não é adequado para o Tempo Quaresmal e, muito pelo contrário, está imbuído de graves erros contra a Doutrina Católica (agora, sim, sem aspas) que todo mundo tem obrigação de guardar. A resposta a esta pergunta está, exatamente, no “conteúdo” dos discursos do pe. Paulo Ricardo em cujo “mérito”, no entanto, o senhor não quer entrar! Por que o senhor uiva perguntas cujas respostas se recusa a priori a ouvir, pe. Alex?

Vamos entrar no mérito, sim senhor. Vamos ao hino da Campanha da Fraternidade (que tem inclusive um trecho no próprio blog do pe. Alex): esta malfadada música canta que a terra é “das criaturas todas a mais linda”. O planeta terra é “a mais linda” das criaturas, pe. Alex? Em que “doutrina”? Não na Católica! Vamos ao Catecismo:

§356 De todas as criaturas visíveis, só o homem é “capaz de conhecer e amar seu Criador”; ele é “a única criatura na terra que Deus quis por si mesma”; só ele é chamado a compartilhar, pelo conhecimento e pelo amor, a vida de Deus. Foi para este fim que o homem foi criado, e aí reside a razão fundamental de sua dignidade:

Que motivo vos fez constituir o homem em dignidade tão grande? O amor inestimável pelo qual enxergastes em vós mesmo vossa criatura, e vos apaixonastes por ela; pois foi por amor que a criastes, foi por amor que lhe destes um ser capaz de degustar vosso Bem eterno.

É o homem, padre Alex, que é “das criaturas todas a mais linda”, e não o planeta terra. E o senhor ainda pergunta por que é que nós não podemos aderir à Campanha da Fraternidade? Ora, acaso pode um católico meditar, durante a Quaresma, em coisas que contrariam de maneira tão explícita pontos elementares da Fé Católica?

Mas o senhor não quer entrar “no mérito da questão do conteúdo”…

Temos obrigação sim, pe. Alex, de obedecer aos nossos bispos, isso é óbvio e incontestável. Mas não temos obrigação nenhuma de professar doutrinas heterodoxas. Não temos obrigação nenhuma de afirmar – p.ex. – que o planeta terra é a mais linda das criaturas de Deus. E é contra estas coisas, pe. Alex, e não contra a obediência aos bispos em si, que se levanta o pe. Paulo Ricardo. O senhor saberia disso, padre, se tivesse se dado ao trabalho de entrar no mérito da questão.

E, no circo armado pelo pe. Alex diante de toda a alcatéia, quem causa divisão é quem protesta contra estes absurdos. Quem está contra a Igreja é quem se recusa a defender a “doutrina” expressa no hino da Campanha da Fraternidade. Quem semeia a divisão é quem afirma com clareza que a mais bela das criaturas de toda a Criação é o homem, e não o “planeta terra”. Quem só quer ser católico está provocando divisão na Igreja e, quem critica um ponto específico do cenário católico nacional – p.ex., a Campanha da Fraternidade -, está ipso facto atacando todos os bispos do Brasil e a própria “Igreja como tal”. Brilhante lógica a do pe. Alex!

E prossegue, com ares de canis lupus, o reverendíssimo sacerdote: “Peço o cuidado de sempre buscarmos a comunhão da Igreja, peço a obediência aos nossos bispos, nossos VERDADEIROS pastores, peço a obediência ao Santo Padre, o Papa, que nomeia estes bispos”. O pedido é, em si, muito justo. Mas no que consiste, pe. Alex, a “comunhão da Igreja”?

Consiste em uma tríplice comunhão: de Fé, de Sacramentos e de Governo. E, faltando uma dessas, não se pode falar em comunhão. Ora, como é possível manter a comunhão de Fé negando, ao mesmo tempo, pontos básicos da Fé? Na “doutrina” canhestra do pe. Alex, a “comunhão” é uma só: de Governo. Pede o pe. Alex obediência aos bispos antes mesmo da obediência à Fé ou, pior, ainda que de modo contrário à Fé! Só que esta, padre Alex, não é “a comunhão da Igreja”. A comunhão da Igreja é um tripé, e ela se perde quando qualquer uma das suas três sustentações é comprometida. O problema nunca foi de Governo, pe. Alex. Se o senhor tivesse se dado ao trabalho de entrar “no mérito do conteúdo da questão”, teria percebido isso e não viria a público fazer as graves acusações ao pe. Paulo Ricardo que o senhor fez. Não viria a público alardear a “doutrina” lupina segundo a qual quem defende a Fé está agindo contra a Igreja.

E o revmo. pe. Alex Cordeiro termina o seu texto desfilando uma longa ladainha de diatribes contra o pe. Paulo Ricardo: “[i]gnorância total deste padre”, “TOTALMENTE FUNDAMENTALISTA”, “quer desorientar os cristãos”, “divisor, sismático (sic!!!), incitador da desobediência, perseguidor de nossos pastores”, “totalmente IRRESPONSÁVEL”. Tudo isso assim, gratuita e violentamente, e ainda – repitamos! – sem que o padre tenha se dado ao trabalho de entrar “no mérito do conteúdo da questão”!

Resumindo, portanto, o texto do pe. Alex é formado

a) por um lado, de uma “doutrina” totalmente estranha segundo a qual ou os bispos são infalíveis o tempo inteiro ou, quando eles erram, quem os corrige está cometendo não um ato de caridade cristã mas, ao contrário, está agindo contra a própria Igreja (!); e

b) por outro lado, de um rosário – melhor dizer “abrolhário” – de invectivas violentas e venenosas lançadas contra um sacerdote da Igreja, ao mesmo tempo em que se recusa peremptoriamente a analisar “o mérito do conteúdo da questão” – i.e., a única coisa que poderia dar sustentação às suas graves acusações.

E um texto desses ainda é publicado na internet! Oras, quem é que está sendo o irresponsável e o leviano? Quem é que está sendo o lobo em pele de cordeiro? Quem é, afinal de contas, que está dividindo a Igreja?

Termino essas linhas afirmando claramente que só o que eu quero – e, comigo, muitos outros que são atingidos, ainda que indiretamente, pelos impropérios do pe. Alex – é ser católico. E sei que, para ser católico, é mister guardar a Fé da Igreja. Se existe “desorientação” e “divisão”, elas não se originam nestas minhas linhas (nem nas outras do Deus lo Vult!), nem nos textos e pregações do pe. Paulo Ricardo, nem em nenhum de nós outros, católicos que nos recusamos a uivar na mesma alcatéia de onde o pe. Alex Cordeiro ataca covardemente um seu irmão no sacerdócio pelo terrível “crime”  de anunciar a Verdade Católica. Ao padre que gosta de acusar sem entrar “no mérito da questão do conteúdo”, cabem muito bem as palavras de Nosso Senhor que iremos meditar nos próximos dias: “Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?” (Jo 18, 23). E, antes de acusar os outros de promoverem divisões, que o padre olhe para si mesmo e veja o que ele próprio está fazendo. Que examine a si com honestidade para ver se o “cheiro” de lobo que ele sente nos outros não está saindo do seu próprio pelo molhado, ou se os focinhos lupinos que ele julga ver adiante não vêm do seu próprio reflexo n’algum espelho.

Divulgação: súplica por um ano mariano

Próximo ano, 2012, o excelente “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, completará 300 anos. Algumas lideranças católicas estão empenhadas em suplicar ao Santo Padre a graça de um ano mariano, para comemorar esta data e alcançar para toda a Igreja abundantes frutos de santidade, por meio da divulgação da devoção à Virgem Santíssima pelo meio preconizado por São Luís de Montfort. Quem não lembra do que se trata, veja aqui.

O vídeo abaixo foi produzido por membros da Fraternidade Arca de Maria e explica um pouco mais sobre esta devoção e os motivos da nossa súplica:

http://www.youtube.com/watch?v=t7OnM_sbsoo

Unamo-nos em oração neste pedido. Que a Virgem Soberana seja em nosso favor!

Urgente: Carta ao Papa e Ano Mariano

[Fonte: Cor Mariae]

Por: Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

Penso que seja extremamente oportuna a iniciativa do meu querido irmão, Padre Rodrigo Maria, de suplicar ao Papa Bento XVI a graça de um novo Ano Mariano para 2012-2013.

Tenho ainda na lembrança as graças imensas que pude colher do Ano Sacerdotal que vivemos, por ocasião do aniversário de 150 anos da morte de São João Maria Vianney (Padroeiro dos Párocos), e que teve muitíssimos frutos de conversão na vida de tantos padres. Um novo Ano Mariano comemorando, em 2012-13, recordando os 25 anos do último ano mariano proclamado pelo servo de Deus o Papa João Paulo II e comemorando os 300 anos do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Montfort, seria um verdadeiro tempo de graça para a Santa Igreja de Deus.

O Ano Mariano em 2012 seria uma grande oportunidade de reavivar a Devoção a nossa Mãe Santíssima no coração dos católicos e  propagar a prática da Consagração Total a Ela, como é ensinado pelo próprio São Luis.

Seria uma forma muito prática de responder aos apelos que a Virgem Santíssima fez em Fátima (1917): “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Coração Imaculado. (…) Se fizerdes o que vos digo, muitas almas se salvarão e terão paz.”

Pois como diz o próprio São Luis, “foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio Dela que Ele deve reinar no mundo. (…) Por Ela Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” (“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, n. 1; 85)

Por estas razões, gostaria de me unir a esta iniciativa do Pe. Rodrigo Maria, e convidar você, caríssimo irmão e irmã, a enviar também a sua carta ao Santo Padre Bento XVI, através dos endereços que se encontram abaixo.


Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

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A Sua Santidade Bento XVI

Palazzo Apostolico

Città del Vaticano (Europe)


(Enviar cópia para:)

Ao Rev.mo Monsignore

Mons. Ettore Balestrero

Sotto-Segretario per i Rapporti con gli Stati

Segreteria di Stato

Città del Vaticano (Europe)

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Que reine em nossos corações o puro amor de Deus!


Aos católicos, movimentos, associações e a todos que ainda conservam a fé e acreditam no amor.

Caríssimos irmãos diante da situação dramática na qual se encontro o nosso mundo; tendo diante de nossos olhos o aumento da iniquidade, o avanço do mal, a destruição dos valores, a perca da fé e o esfriamento da caridade, somos impelidos a perguntar: Até quando isso continuará? O que podemos fazer para que tudo isso mude? Para que o mal seja superado e o amor volte a prevalecer? O que fazer para que Jesus seja mais conhecido, amado e adorado por todos?

Na verdade Deus já nos deu a resposta! Em meio a esta batalha espiritual O Senhor mesmo estabeleceu sua estratégia para esmagar a cabeça do inimigo, neutralizar a ação do mal. E estender seu reinado nos corações. Ele nos deu uma mãe!

O próprio Jesus consagrou a Igreja aos cuidados de sua mãe Santíssima (“Eis aí a tua mãe”, Jo 25,19), colocando-nos sob sua autoridade, fazendo de nós seus filhos na ordem da Graça, entendendo sua maternidade espiritual sobre todos os corações para que ela nos ensinasse a amar a Deus em verdade levando-nos a fazer tudo quanto Jesus mandou.

Em Fátima (1917) a Santíssima Virgem nos recordou a vontade de Deus e sua estratégia para vencer o inimigo em meio a esta guerra espiritual; Ela nos disse: “Meu filho quer estabelecer ao mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Eis o remédio para os nossos tempos! Uma verdadeira devoção a Santíssima Virgem. Uma devoção que nos coloque em seu colo, ou melhor, na escola de seu Imaculado Coração, onde devemos aprender o verdadeiro amor a Deus, tornando-nos cristãos autênticos, santos, a altura dos tempos difíceis em que vivemos. O mundo precisa de santos… e Deus determinou que estes fossem formados na escola do Imaculado Coração de sua Mãe Santíssima.

A Total Consagração é um meio privilegiado para se entrar no coração da Santíssima Virgem, pois por este meio, nós aceitamos livremente a maternidade espiritual de Nossa Senhora sobre nós, assumindo a condição de filhos como Jesus determinou. Se os cristãos conhecessem e vivessem a Total consagração a Santíssima Virgem, aprenderiam com a Mãe do Céu a amar a Deus e ao próximo como Jesus ensinou.


Jesus quer que se estabeleça no mundo a devoção ao coração de sua Mãe Santíssima. Como fazer?

Em 2012, o “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem” escrito por São Luís Grignion de Montfort completará 300 anos, dando – nos uma singular oportunidade para difundir a devoção ali tão sublimemente ensinada. A concretização deste desejo do coração de Jesus expresso por Nossa Senhora e Fátima, tomará grande impulso, se conseguíssemos junto Santo Padre a graça de um ano Mariano de 2012 a 2013. Pois a exemplo do que aconteceu no ano sacerdotal, toda Igreja se volta para meditar a pessoa e a missão da Santíssima Virgem, tal como apresenta o padre de Montfort que por sua vez, poderia ser apresentado como exemplo de devoção a Santíssima Virgem, e por isso mesmo, de amor a Jesus Cristo.

Irmãos, peçamos ao Santo Padre a Graça de um Ano Mariano em 2012 para que venha ao mundo o esperado Triunfo do Imaculado Coração de Maria e consequentemente o reinado de Jesus em cada coração. Falemos com todos para que enviem carta ao Santo Padre, o Papa, bem como para os cardeais; para os nossos bispos, padres, comunidades, associações e movimentos, pedindo a estes que façam o mesmo, ou seja, que envie ao Santo Padre e aos Cardeais um pedido para que em 2012 – 2013 sejam decretado Ano Mariano.

Segue em anexo um modelo de carta que foi enviada ao Santo Padre pedindo a Graça do Ano Mariano em 2012-2013.


Nos corações de Jesus e Maria,

Pe. Rodrigo Maria


Fraternidade Arca de Maria

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Recife, 21 de Setembro de 2010.


A Sua Santidade


Papa Bento XVI


Beatissime Pater,

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Desejosos de contribuir com o retorno da humanidade a Cristo e com a restauração da Fé entre os batizados, queremos suplicar a Vossa Santidade a graça da proclamação de um Ano Mariano em 2012-2013 , quando o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Grignion de Montfort completará 300 anos, bem como fará exatos 25 anos do último Ano Mariano que a Santa Igreja viveu (1987-1988), convocado pelo saudoso Papa João Paulo II.

A exemplo do que ocorreu no Ano Sacerdotal (2009-2010), quando toda  Igreja meditou sobre a natureza e importância do sacerdócio cristão – havendo sido proposta a figura de são João Maria Vianney como modelo para os sacerdotes – um Ano Mariano que propusesse a Total Consagração a Jesus por Maria seria ocasião para renovação espiritual de todo povo e incremento de uma nova evangelização .

A Total Consagração ou Santa Escravidão de amor, como é ensinada pelo padre de Montfort é de uma perene atualidade pastoral uma vez que é radicada na renovação das promessas batismais, tornando-se assim meio privilegiado para recuperação da consciência de nosso batismo, bem como de nossa vocação a bem-aventurança eterna.

A proclamação de um Ano Mariano para toda a Igreja tornar-se-ia também uma resposta positiva ao desejo de Nosso Senhor expresso por sua Mãe Santíssima aos pastorinhos de Fátima em 1917, a qual disse : “Meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.  De fato, a total consagração a Santíssima Virgem traduz muito bem aquela santa dependência que Jesus quis que tivéssemos para com sua Mãe Santíssima a fim de que na escola de seu Imaculado Coração aprendessemos a fazer bem tudo quanto Ele mandou.

Por ser completamente cristocêntrica a devoção à Santíssima Virgem como é proposta por São Luis de Montfort, encontrou no Papa João Paulo II um grande acolhimento, aprovação e recomendação, ao ponto de tornar-se sua dileta via espiritual, mostrando mais uma vez sua atualidade.

Santidade, tudo que os nossos dias precisam é de verdadeiros seguidores de Cristo, de homens e mulheres santas que vivam o seu batismo, que amem a Santa Igreja e a humanidade e que não tenham medo de crer e viver a fé. E não temos duvidas que estes devem ser formados na bendita escola do Imaculado Coração de Maria, pois foi Cristo quem por primeiro nos consagrou e nos confiou aos cuidados desta Mãe Santíssima a fim de que ela nos ensinasse a amar a Deus de verdade.

Padre Santo, estamos em continua oração por Vossa Santidade e por Sua missão.

Em espírito de filial submissão, de joelhos, pedimos Sua Bênção paternal.

Nos corações de Jesus e Maria,


Padre Rodrigo Maria


Fraternidade Arca de Maria

“A Igreja amordaçada pelo PT” – pe. Paulo Ricardo

É relativamente longo, mas é muito esclarecedor. Não deixem de assistir e divulgar. Nossa extrema gratidão ao pe. Paulo Ricardo. Que o Altíssimo nos conceda sempre santos sacerdotes. E tenhamos coragem, nesta hora de trevas.

Pe. Paulo Ricardo e o fato público do abortismo petista

Divulgando o excelente vídeo do pe. Paulo Ricardo, a quem faço coro: nós, cristãos, estamos muito preocupados com o tema do aborto! Nós, cristãos, fizemos este tema vir à tona. E nós, cristãos, não podemos deixar que os abortistas que dominam o cenário político nacional façam-no voltar “para o submundo da política”.

Como o pe. Paulo disse, nós estamos divulgando fatos. Não estamos divulgando boatos, nem calúnias, nem manobras políticas escusas em favor de tal ou qual candidato. Ao contrário, repito-me: estamos divulgando fatos! Que os petralhas estão empenhados em esconder – mas nós não o vamos deixar. Contra fatos, não há argumentos, não há tergiversações possíveis. A realidade se impera, e de modo tão premente que nem cabe falar em “provas documentadas”, mas sim em evidências públicas e notórias. O abortismo do PT precisa ser desmascarado. Devemos lutar para dissipar a cortina de fumaça que os guerrilheiros petralhas estão empenhados em lançar.

Sobre o mesmo assunto, ler também, do Reinaldo Azevedo:

1. “A questão religiosa deve desaparecer”, decreta vice de Dilma. É mesmo?

2. Aborto como política oficial, sim! E uma secretaria como elo de uma rede internacional pró-aborto: eles deixam pistas

Pe. Paulo Ricardo, sobre o PNDH-3

“Estamos vendo a instauração dos pressupostos de uma futura ditadura. (…) É necessário que a Igreja Católica erga a sua voz contra esta infâmia que clama aos céus. Se algum padre ou algum bispo pretende ser prudente e guardar o silêncio, eu não guardarei, porque não quero entrar para história como os bispos que covardemente não levantaram a voz quando Hitler começou a governar a Alemanha em 1933”.

– Pe. Paulo Ricardo, sobre o PNDH-3

Ver também: parte 2 e parte 3. Créditos ao Mensagens de Maria, onde vi os vídeos pela primeira vez.

E ver também: PNDH confunde Estado e sociedade e busca “despir “o Brasil de seus valores religiosos e culturais, afirma Arcebispo de Porto Alegre.

Cinzas – por pe. Paulo Ricardo

Vi no Exsurge, Domine! – muito bom. São menos de dois minutos, mas mais profundos do que muitas homilias longas que escutamos por aí. “O homem se coloca debaixo do olhar de Deus com todo o realismo, dizendo: é verdade, Senhor, eu sou pó, e em Vós está a minha verdadeira alegria”.

Padre Paulo Ricardo sobre a RCC

[Publico um trecho de uma palestra do pe. Paulo Ricardo do ano passado, que um amigo teve a gentileza de transcrever. O áudio original se encontra aqui; de acordo com outro amigo que escutou a palestra – eu ainda não tive tempo -, é só a partir dos 44min. que o assunto entra na parte que nos interessa.

Devo dizer que concordo integralmente com a posição do padre, referente à perseguição; o martírio é sem dúvidas uma virtude heróica, não exigida de ninguém para se salvar; no entanto, quando se quer fazer grandes obras, e se tem diante de si ou o martírio ou o conluio promíscuo, a última opção não é digna de um cristão.]

Vou dizer aqui: a renovação carismática, se ela é de Deus, e eu creio que ela é de Deus…chegará o momento em que a renovação carismática será colocada a prova. 40 dias de Jesus no deserto, 40 anos de renovação carismática. Satanás veio visitar Jesus, e virá também visitar a renovação carismática. Satanás virá visitar a renovação carismática e irá dizer…quem sabe Satanás irá se disfarçar…vai se disfarçar em POLÍTICO…quem sabe Satanás vai se disfarçar de bispo…quem sabe Satanás vai se disfarçar de sei-lá-o-que…e irá dizer: “Seu Marcos Volcan, o senhor pare de pregar essas coisas, o senhor entre nas nossas linhas, porque senão nós vamos perseguí-lo, o senhor vai perder número, a renovação vai diminuir, nós vamos fazer o inferno pra acabar com vocês!”

E a renovação deverá escolher: ou ela salva a própria pele e trai o seu Senhor, ou ele vai para a cruz e abraça o seu Senhor. Meus irmãos, saibamos que o verdadeiro carismático é aquele que põe o carisma de Deus, o dom de Deus, a missão de Deus, a vontade de Deus acima de usa própria pessoa, acima de seu próprio eu. E se a renovação carismática é carismática, Deus está acima da renovação carismática: a fidelidade a Deus, é mais importante que a instituição, o número, que as pessoas, que congregar milhares e milhares, porque a renovação carismática pode se resumir a duas ou três pessoas: desde que ela seja fiel até o fim, ela ser carismática, ela será aquilo que foi criado por Deus, ela será aquilo que começou a 40 anos atrás. Mas se a renovação carismática quiser prostituir, se a renovação carismática quiser vender sua alma ao diabo para salvar a instituição, ela terá o lugar q ela mercê no inferno.

É importante nós compreendermos isso, e isso vale pra todos nós. Isso vale não só pra renovação, isso vale pro meu seminário, isso vale pra Canção Nova, isso vale pra quem quiser. Seremos colocados a prova. Porque não vai faltar, por exemplo, raça de COMUNISTA nesse nosso Brasil, não vai faltar esse povo da heresia da libertação, que vai querer forçar a renovação carismática a se adaptar à sua agenda socialista. Não vai faltar bispos e padres, e isso eu digo com clareza, eu sei que isso está sendo gravado, eu isso está sendo transmitido, e não tenho medo não! Se quiserem me destituir agora, façam!

Não vai faltar bispo e padre traidor, servo de Satanás, que vai querer fazer com que a renovação deixe de servir ao seu Senhor. Porque satanás é esperto, ele sabe que não pode acabar com a Igreja por fora, ele já tentou isso uma vez. Ele já tentou lá no Império Romano, quando colocou todo o poder político contra a Igreja e a Igreja não cedeu. Agora ele é esperto, está tentando de outro jeito. Ele tenta acabar por dentro. Tenta acabar por dentro. Já existem teólogos da heresia da libertação, conclamando, conclamando gente da sua heresia a entrar nos grupos de oração para acabar com a renovação por dentro. Já existe gente mandando, já existe gente querendo, que agentes da heresia entrem dentro da renovação! Fica esperto, mané! Fica esperto! Não caia nessa não.

Se a renovação carismática tiver que ser perseguida, que seja! Que seja! Este é o termômetro de nossa fidelidade. (…) Não se assuste se depois de 40 anos da renovação satanás vier visitar a Renovação como visitou Jesus depois de 40 anos nos deserto.