«Porque a Religião não somente é útil para os indivíduos e para as famílias, mas também para a sociedade» – Frei Damião de Bozzano

Uma Igreja pobre e para os pobres. Uma Igreja que vá ao encontro dos necessitados. Uma Igreja que não seja auto-referencial mas que, ao contrário, exista para atrair cada vez mais almas a Cristo Jesus. Uma Igreja que não viva encastelada, mas que tenha em Si o cheiro das ovelhas. Esta é a Igreja que o Papa Francisco vem pregando desde o início do seu pontificado. E esta é a Igreja vivida em si próprios por tantos homens e mulheres que nos precederam, e dos quais é urgente que nós aprendamos a seguir os passos de Nosso Senhor.

O nosso Frei Damião é um desses homens. Capuchinho verdadeiramente imitador de São Francisco de Assis, pregador carismático e comovente que atraía multidões, romeiro incansável pelos sertões nordestinos: eis um homem de quem podemos aprender como anunciar a Cristo Jesus.

O curto vídeo abaixo (tem menos de dez minutos) é um pequeno documentário de uma sua visita a Taperoá, cidade do interior da Paraíba, em 1969. Vale muito a pena assisti-lo.

Eis um homem que nos interpela com a força do exemplo vivo, e que conhece as dificuldades do povo pobre não a partir dos livros e das retóricas afetadas dos ideólogos, mas a partir de cada cidade que ele visitou ao longo de décadas. Ele, como ninguém, pode demonstrar com a sua vida que não é necessário sacrificar as exigências da Fé para falar ao coração do povo sofredor. Ele, com o seu testemunho de vida, mostra que os pobres não precisam ser infantilizados: vê-lo utilizar desembaraçadamente a segunda pessoa do plural é o argumento definitivo contra a retórica vazia dos que pretendem, por meio de um elitismo às avessas, transformar a alta cultura em um obstáculo à comunicação com as pessoas humildes.

Ele conhece o sofrimento dos pobres e os pobres o amam, justamente porque enxergam nele não um agitador social ávido por uma “libertação” sócio-econômica, mas um ministro de Cristo que anuncia com clareza as Suas palavras de Vida Eterna. Eis o exemplo que acaba com a tagarelice marxistóide que hoje empesta a Igreja de Deus! Que Frei Damião de Bozzano possa olhar pelo seu Nordeste, hoje em um estado de miséria religiosa muito maior do que em sua época, pois hoje não há mais capuchinhos como ele. Ouçamo-lo. Aprendamos dele, que o povo elegeu como Apóstolo do Nordeste.

Por enquanto, Deus fica nas cédulas de Real

A Justiça de São Paulo decidiu, em primeira instância, que a expressão “Deus seja louvado” constante nas cédulas de Real não viola a laicidade do Estado Brasileiro. Cabe recurso, mas um amigo comentava hoje que seria muita implicância se os fanáticos ateístas decidissem recorrer. Vamos aguardar.

Enquanto isso, o comentário da Raquel Sheherazade no SBT foi de lavar a alma:

http://www.youtube.com/watch?v=UElcG_eYfWM

Orgulho da Parahyba!

 

Repercussões sobre a suspensão de Luiz Couto

Suspensão de padre gera protestos, como diz o Diário de Pernambuco. Segundo a notícia, “[e]ntidades civis organizadas da Paraíba estão se mobilizando para realizar protestos contra a atitude do arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, que proibiu o padre e deputado federal paraibano Luiz Couto (PT) de exercer suas funções de sacerdote”. Pergunta: o que raios estas “entidades civis” têm a ver com a Igreja? Absolutamente nada. Usurpando funções que obviamente não lhes pertencem, “representantes sindicais, de associações e de organizações não governamentais (ONG) planejam atos públicos para a próxima semana”. As opiniões de toda esta caterva, para a Igreja valem absolutamente nada. Acho engraçado a inversão da realidade que esta gente faz: quando a Igreja, no Seu direito, emite as suas posições morais para a sociedade, é ingerência eclesiástica e começam a bradar aos quatro ventos em defesa do “Estado Laico”; no entanto, quaisquer “entidades civis” podem, sem direito algum, fazer protesto e dizer à Igreja como Ela deve governar! É uma piada. Esta gente não merece coisa alguma, a não ser um solene desprezo.

Bispo se solidariza com Luiz Couto. Dom Tomas Balduíno veio em defesa do deputado petista, e disse que o Arcebispo da Paraíba “usou uma pena de vingança” (mas o motivo da vingança, ninguém sabe…). A Comissão Pastoral da Terra também publicou uma moção de apoio a Luiz Couto, dizendo vir “ao público em geral, manifestar seu apoio e solidariedade ao companheiro, padre e Deputado Federal Luiz Couto e repudiar a atitude do Arcebispo Metropolitano Dom Aldo di Cillo Pagoto, em suspender suas atividades religiosas”. Como disse um amigo numa lista de emails da qual participo, e subscrevendo-o integralmente, o meu sonho era ver a CPT julgada pela Inquisição. Já basta desta corja de inimigos da Igreja zombando d’Ela e tomando o lugar dos bons católicos.

Católicos pedem à CNBB que remova Dom Aldo da Arquidiocese paraibana – a cretinice chega às raias do surreal. Como se os leigos pudessem se rebelar assim publicamente contra a hierarquia, e como se fosse da competência da CNBB – e não do Santo Padre pessoalmente – a remoção de bispos! A notícia diz que será organizado “um abaixo-assinado que será encaminhado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pedindo a saída de Dom Aldo da Arquidiocese”. Só falta mesmo a CNBB dá atenção a esta palhaçada. Aliás, seria até bom que ela desse: punindo a todos os “católicos” que ousassem assinar esta porcaria. Mas aí já é sonhar alto demais…

Este blog apóia a atitude de Dom Aldo!

Sacerdote-Deputado suspenso de ordens

Uma notícia muito boa: o deputado petista Luiz Couto que – espantosamente – é também sacerdote católico foi (segundo G1) “afastado da função de padre por defender uso da camisinha”. Deixemos de lado as expressões escolhidas para a manchete, como se ser padre fosse uma “função” da qual alguém é “afastado” como se o é de um cargo público. Também não nos importemos tanto com o fato de que o referido sacerdote deveria ter já sido suspenso quando ingressou na vida política, e não somente agora. Por enquanto, rendamos graças a Deus e alegremo-nos pelo fato.

Reproduzo a Nota Oficial da Arquidiocese da Paraíba, conforme está disponível no Correio da Paraíba, jornal (salvo engano) de João Pessoa:

João Pessoa (PB), 25 de fevereiro de 2009

Nota Oficial

O Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, suspendeu do uso de Ordem o padre Luiz Couto. Ele está impedido de realizar atividades próprias de um sacerdote, como celebrar missas. Abaixo seguem as explicações de Dom Aldo:

“Na edição do dia 25 de fevereiro de 2009, A/4, Política, o Jornal O Norte divulga: “Padre, deputado e adversário do celibato. Favorável ao uso do preservativo, Luiz Couto combate a intolerância e a discriminação a homossexuais, contrariando o Vaticano”.

Preposto à Arquidiocese da Paraíba, vejo-me na grave obrigação de suspender o referido sacerdote do uso de Ordem em nossa circunscrição eclesiástica, porquanto, por suas afirmações sumárias, e enquanto perdurem sem retratação explícita, provoca confusão entre os fiéis cristãos, e contraria “in noce” as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica (Cf. Cânon 1317 CDC)”.

Ita, in fide muneribus,

Aldo di Cillo Pagotto,

Arcebispo Metropolitano da Paraíba

Então, corrigindo as expressões utilizadas pelo GLOBO: o padre Luiz Couto foi suspenso de ordens pelo Arcebispo da Paraíba. E, aparentemente, não está nem aí para isso, porque, como declarou a G1:

“Eu vou continuar celebrando, posso celebrar na minha casa, com meus amigos, ou seja, o direito de celebrar, a ordem que eu recebi tem um caráter indelével, que ninguém pode tirar. Isso não significa nenhum combate aquilo que a Igreja tem na sua doutrina”, afirma o padre e deputado.

O Correio da Paraíba, na reportagem acima linkada, reproduziu também a matéria original, publicadas pelo Portal Congresso em Foco, na qual o deputado fala as besteiras que provocaram a justa indignação dos católicos. Que Deus nos conceda sempre santos bispos; e nos livre sempre dos maus sacerdotes.