O show da JMJ!

Eu não nego a boa vontade dos garotos que fizeram o “Show da JMJ”. Não obstante, é preciso negar – e com veemência – que se possa fazer uma desgraça dessas sob a justificativa de “evangelizar”. Evangelizar a quem, cara-pálida? Isso não é a JMJ. Isso é um desserviço que alguns jovens do Rio de Janeiro – repito, certamente com a melhor das boas intenções – estão prestando à Jornada e à Igreja.

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Eu nunca tinha ouvido falar em “Anitta” (sim, com dois ‘t’s mesmo) e não conhecia o clipe oficial do “Show das Poderosas” – aliás, nem mesmo a música eu conhecia. Infelizmente, agora eu conheço as duas coisas: o funk original e a sua versão “católica” feita pelos meninos do Rio de Janeiro.

É claro que sou a favor de músicas, mesmo profanas, em eventos para a juventude. No entanto, é preciso ter critérios. Não nego o valor das paródias. O que afirmo é a importância de ser seletivo na escolha daquilo que vamos parodiar. Afinal de contas, deve-se imitar aquilo que é bom, e não qualquer porcaria. Por qual razão deveríamos pegar o esgoto da música contemporânea e fazer-lhe uma versão piorada para supostamente servir à causa católica? Sim, porque é exatamente disso que se trata.

O tal “Show das Poderosas” é um lixo de música chiclete que exige doses cavalares de «Desescute» para desintoxicar o pobre incauto em cujos ouvidos ela consiga penetrar. O “Show da JMJ” é a mesma coisa, só que com menos métrica e rimas piores. A música remete o tempo inteiro ao funk original, do qual ela é somente uma cópia mal feita. Fica a pergunta: qual o propósito disso?

“[A]trair o público”? Mas não está óbvio que os não-católicos «que descem e rebolam» no funk original vão simplesmente torcer o nariz para esta paródia patética, e que os católicos que porventura embarquem na onda não deveriam ser incentivados – nem por similaridade! – a gostar da depravação que vemos no clip da Anitta? Se a música não atrai os de fora e ainda corrompe os de dentro, por que raios há católicos gastando tempo e dinheiro para produzi-la e divulgá-la?

Os neofascistas estão chegando!

[Paródia do clássico de Jorge Ben, que recebi por email. Mais um episódio da guerra virtual envolvendo o Carlos Ramalhete e as investidas totalitárias dos que querem cercear toda a liberdade de discordar da agenda gay. Ridendo castigat mores! A gente briga e a gente se diverte. Continuemos neste importante combate. E se você não assinou ainda a petição em favor da liberdade de expressão do prof. Carlos Ramalhete, faça-o agora. Não se omita! O Brasil agradece.]

Os neofascistas estão chegando

Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!…

Os neofascistas estão chegando
Estão chegando os neofascistas…(2x)

Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Êh! Êh! Êh! Êh!…

 

Eles não são muitos, mas são perigosos
Vivem movidos a ódio
Escolhem com cuidado
A hora e o alvo
De seus furiosos ataques

São barulhentos, ativos e intolerantes
Executam
Segundo regras soviéticas
Desde a difamação, a perseguição
De quem discorda de sua convicção

Trazem consigo cartazes
Frases de efeito
Gritos de ordem
Todos exaustivamente ensaiados

Evitam qualquer relação com pessoas
De moralidade sólida
De moralidade sólida
De moralidade sólida
De moralidade sólida…

 

Êh! Êh! Êh! Êh!
Êh! Êh! Êh! Êh!…

Os neofascistas estão chegando
Estão chegando os neofascistas…(2x)

Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh!…