– PNDH-3: Coisa de Maluco. “Na juventude, o secretário Vannuchi tentou transformar o Brasil em uma ditadura comunista por meio da guerrilha – ele foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização terrorista esquerdista. Agora, no crepúsculo da vida, tenta fazê-lo à base de canetadas”.
– Só contextualizando: o senhor presidente da República “recuou” na defesa escancarada do aborto que o famigerado PNDH-3 fazia. “Na nova redação, será suprimida a parte que fala da autonomia, pois caracteriza apoio à decisão íntima de interromper a gestação, mas não é a posição do governo e de Lula”. Recuou? Sei…
– Sobre o mesmo assunto: Afinal, quantas divisões tem a imprensa? “A questão do aborto nada tem a ver com a posição da Igreja Católica, como querem alguns tontos. (…) A fama de ‘governo aborteiro’ em ano eleitoral não é conveniente. A maioria da população brasileira é contrária à descriminação do aborto. E só! Lula não quer mudar mais nada”.
– Aliás, segundo afirma o Puggina (via Mídia Sem Máscara), o Reinaldo foi o primeiro a ler o programa inteiro. E ele fez o mesmo. “Agora, Paulo Vannuchi brinda-nos com algo infinitamente mais pretensioso. Quer desfigurar a democracia representativa, o poder judiciário, o direito de propriedade, a religiosidade popular, a cultura nacional, a família e a liberdade de imprensa. Numa tacada, pretende liberar o aborto, mudar para pior o Estatuto do Índio, autorizar a adoção de filhos por casais homossexuais, valorizar a prostituição e se intrometer em temas que vão da transgenia à nanotecnologia e do financiamento público das campanhas eleitorais à taxação de grandes fortunas”.
– E ainda o Kotscho, que é “católico praticante, batizado, crismado e formado em escola de padres”, mas apóia o aborto: “O que não dá para entender é qual a motivação do governo para comprar tantas brigas com cachorro grande ao mesmo tempo, justamente na abertura de um ano eleitoral, já na reta final do segundo mandato, depois de fechar 2009 navegando num mar de almirante, com o presidente Lula batendo recordes de popularidade e sua candidata, Dilma Roussef, subindo nas pesquisas” (Militares, Igreja e Impernsa contra projeto de direitos humanos).
– No entanto, defensores dos Direitos Humanos se opõem a modificações no programa: “A possibilidade de mudança na redação do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) para apaziguar setores do governo federal é mal vista por ativistas defensores dos direitos humanos, por políticos perseguidos e parentes de desaparecidos na época da ditadura militar (1964-1985)”.
– E os trezentos convocaram os “companheiros queridos” para uma manifestação, hoje, em defesa do PNDH-3. Num texto de não-sei-quem que foi lá citado: “se a direita – encabeçada pela Igreja, Ruralistas, Milicos, PIG e pelo que há de mais detestável no país – não gostou [do Programa], é porque o projeto é excelente”. Maravilha, não?