Acredite se quiser: «O Domingo» já foi um semanário católico!

[Encontrei no Facebook esta antiga edição d’O Domingo, de fevereiro de 1950 (30?). O conteúdo é tão bom que me permiti transcrevê-lo na íntegra. Quanta coisa mudou com o transcurso das décadas! É lamentável que um veículo de informação plenamente ortodoxo (a julgar por esse antigo exemplar) tenha se transformado no decrépito folhetim filo-herético que hoje encontramos nas nossas paróquias. Os antigos articulistas do semanário litúrgico da Editora Paulus devem estar se revirando no túmulo ao contemplarem com horror o que fizeram com seu «O Domingo»…

Seria  bom que a Paulus voltasse às suas origens, e tornasse a produzir material católico de qualidade. Seria bom que a editora católica honrasse a memória dos que a conduziram no passado! Porque, comparando este exemplar do jornal com os de hoje em dia, não podemos deixar de sentir vergonha. Colocando-os lado a lado, vemos com aterradora clareza as dimensões da crise que hoje assola a Igreja de Deus.]

o-domingo-1950

PREPARANDO-SE PARA O CASAMENTO

A crise de muitas famílias, que logo se esfacelam, é uma crise de preparação ao casamento.

Geralmente, os nossos noivos não se preparam convenientemente para o grande passo que vão dar com o casamento. É uma vida nova e decisiva de dois jovens que se encontraram, amaram e se uniram para sempre pelo enlace matrimonial. Muitos consideram a vida matrimonial com muita leviandade e sem [o] menor senso de responsabilidade. Outros fazem do casamento um bom negócio. E há muitos outros que entram na vida matrimonial levados tão somente pela primeira impressão ou por um sentimentalismo doentio.

É lógico que tais casais não encontram aquilo que procuravam: a felicidade. Vêm as decepções, os aborrecimentos mútuos, a eterna incompatibilidade de gênios e finalmente a destruição do lar. Tudo isto porque faltou preparação de ambos ou de uma parte. Tudo isso porque não souberam raciocinar antes e ver as coisas com bom senso. O moço não chegou a conhecer perfeitamente aquela com quem iria viver para sempre e não pensou com mais seriedade no passo que ia dar. A moça, talvez, ainda com mais leviandade, se aventurou na vida matrimonial para não perder uma boa partida…

E agora são duas criaturas infelizes, dois corações amargurados.

Em muitas paróquias já há os cursos preparatórios ao casamento, muitos livros já foram publicados em português sobre este assunto, tanto para moços como moças. Os que não quiserem fazer uma simples aventura, destruindo a própria felicidade e a de outra pessoa, procurem, com seriedade, objetividade e bom senso, dar o passo firme e seguro: preparem-se para o casamento!

Pe. Adalberto de Paula Nunes

* * *

INVICTA

Os malvados destroem-se a si mesmos. Os maus passaram ou estão passando. Os perversos se atufam em sombras tenebrosas, onde afinal submergirão fatalmente. Os coveiros de Deus e da Igreja desaparecem um após outro do cenário da vida.

Enquanto isso acontece fragorosamente, o Altíssimo permanece vivo, potente, soberano e invencível, vencendo sempre todas as batalhas, as mais ferozes e infernais. Nem mesmo os comunistas – lobos burgueses em pele de cordeiro – conseguirão apagar o nome divino.

A Igreja Católica, a exemplo do seu divino Fundador, domina os séculos. Ri das ferrenhas perseguições. Zomba dos brutais perseguidores. Desafia os figadais inimigos: “As portas do inferno não prevalecerão!”

O supremo chefe visível da grei de Cristo, o Papa, do alto do Vaticano de Roma, continua, com mão firme de piloto adestrado, regendo os destinos dos homens e das nações. Porque a Igreja de Cristo será sempre invicta!

Frei Benvindo Destéfani, OFM

* * *

BOM HUMOR

No exame de geografia

O examinador: – Se todos os rios desagüam no mar como se diz, por que então o mar não transborda?

O aluno (atrapalhado):

– É porque no mar tem muita esponja!…

* * *

O CHAMADO CASAMENTO CIVIL NÃO É CASAMENTO PARA OS CRISTÃOS, PORQUE NÃO É SACRAMENTO

Os caminhos sem Deus d’O Domingo da Paulus

Eu me recordo da primeira vez que ouvi a palavra “retórica”. Eu tinha por volta de quinze anos e estava lendo Dom Casmurro. Em um certo momento do livro, Bentinho vai descrever os “olhos de ressaca” de Capitu (aliás, a expressão evocava-me então olhos inchados e olheiras profundas de quem passou a noite tomando um porre) e faz então a célebre súplica: «Retórica dos namorados! Dai-me uma compreensão exata do que foram para mim aqueles olhos de Capitu!». A despeito das aspas, cito de memória: não fui procurar no livro a citação literal. Mas o vocativo inicial é exatamente este, tenho certeza. E eu não fazia a menor idéia do que era retórica…

Fiz a digressão porque me lembrei hoje da passagem machadiana, na qual fica evidente a reconhecida incapacidade do protagonista de descrever a contento os olhos da mulher amada – razão pela qual ele pede auxílio à “Retórica dos Namorados”, assim mesmo, personificada. E me lembrei da passagem porque li a mais recente coluna d’O Domingo [esta, que vai ao lado] e me senti um pouco como Bentinho: ele, incapaz de descrever os olhos de Capitu e, eu, incapaz de expressar o propósito do artigo do pe. Libanio no semanário católico. E senti um ímpeto de gritar: “Retórica dos excomungados! Dai-me uma compreensão do que foram aquelas palavras do pe. Libanio!”. Porque, se é talvez necessário enamorar-se para entender o fascínio que provocam os olhos de ressaca de Capitu, talvez seja também necessário colocar-se sob a ótica de quem não tem Fé para que façam algum sentido as palavras do jesuíta na coluna de ontem d’O Domingo.

Porque, sinceramente, o texto me parece mal escrito, sem coesão, sem encadeamento de idéias, sem deixar claro a quê ele se propõe. Começa o jesuíta invocando uma outra “via sem Deus” [?], que “não apela à ciência, mas à mera sabedoria e experiência humanas, feitas à margem de toda tradição religiosa e de fé”. O conceito vem assim mesmo, jogado, sem dizer se isso é uma constatação, um programa a ser buscado, a expressão da própria opinião ou o que seja. Além disso, o conceito é totalmente nonsense simplesmente porque a “sabedoria e experiência humanas” estão necessariamente imbuídas de “tradição religiosa e de fé”, na absoluta totalidade dos povos e das culturas existentes. Simplesmente não existe sabedoria ou experiência humanas que tenham sido construídas “à margem” (!) de “toda” (!!) “tradição religiosa ou de fé”. Por completa impossibilidade de existência do objeto descrito no início do texto, o parágrafo não tem o menor sentido prático.

Também é impossível saber onde se encaixam, nisto, as referências ao Carpe Diem. Não fica claro por qual misterioso motivo a tal “via sem Deus” deveria se preocupar somente com o presente. Aliás, colocando as coisas sob a correta perspectiva católica, o verdadeiro carpe diem encontra-se exatamente no chamado à conversão do Evangelho: é hoje o dia que tu tens para te converteres, é hoje o tempo favorável, e portanto tu deves hoje buscar o Senhor, enquanto Ele está perto. O verdadeiro Carpe Diem se encontra na clássima imagem do santo esmagando um corvo – cras, cras – enquanto ostenta uma cruz na qual está escrito hodie. Acusar o Cristianismo de ser uma religião “do passado” é não fazer a menor idéia do que seja o Cristianismo, é não ter nunca lido uma página sequer do Evangelho, é nunca ter passado cinco minutos observando uma imagem de Santo Expedito.

Seguem-se as loas a um presente vislumbrado de uma maneira hedonista: “então nos resta somente o presente conhecido, no qual escolhemos o que nos traz felicidade”. E, embora esta visão de mundo seja contraposta a um vislumbre de absoluto – “Existem valores que não inventamos. Estão aí diante de nós: amor, beleza, justiça, convivência” -, em momento algum ela é rechaçada com a veemência que deve. Muito pelo contrário. O que o pe. Libânio parece querer fazer é sacramentar esta opção pela vida apenas no tempo presente, é legitimar o “caminho da sabedoria humana sem Deus” (título do artigo). Retórica dos desesperados, dai-me compreender os insondáveis propósitos do velho jesuíta! A conclusão do artigo parece absurda para estar presente em um semanário católico, mas está lá com todas as letras. Transcrevo:

Não se trata de nenhum “presentismo” desregrado, nem de balbúrdia existencial, mas de honestidade humana que nos traz a felicidade. Não faz falta nenhuma transcendência além da história. A civilização ocidental, ao longo do século, está a preparar tal caminho. Cabe-nos trilhá-lo.

E c’est fini. No final, não dá para saber se tal “caminho” foi inventado pelo pe. Libânio ou se ele o está tomando emprestado de outros, e – neste último caso – em momento algum aparece o menor juízo de valor do jesuíta sobre uma filosofia de vida tão estranha à Doutrina Católica. Por completa ausência de aspas indicando citações ou de qualquer exposição textual de refutações às idéias apresentadas ao longo do texto, não resta ao leitor da coluna senão considerar que, para o pe. Libanio, a transcendencia não faz mesmo falta nenhuma, que esta é a marcha inexorável da civilização diante da qual a única atitude que podemos ter é… a de acompanhá-la. Retórica dos “civilizados”, dai-me captar a lógica de certos colunistas “católicos”! Porque certos artigos estão para muito além de minha vã compreensão.

Como pode um jesuíta – logo um jesuíta! – conclamar os católicos a trilharem os caminhos ateus de uma civilização esquecida do Altíssimo? Como pode um filho de Santo Inácio capitular diante dos tolos do mundo moderno que dizem que Deus não existe e – pior ainda! – pretender que esta sua atitude covarde seja a única coisa que resta a ser feita? Como podem idéias desta jaez serem veiculadas impunemente em um folheto de ampla circulação de uma conhecida editora católica?

Parece que a Editora Paulus não está satisfeita. Mas ela não está satisfeita – pasmem! – é com os protestos descontentes dos católicos que, perplexos, ousaram cobrar explicações sobre este artigo ateu d’O Domingo. No Twitter, um amigo meu (o @tht) foi bloqueado pela @EditoraPaulus por conta das denúncias inconvenientes que teve a pachorra de fazer:

A Editora Paulus, responsável pel’O Domingo, carrega o nome do grande Apóstolo São Paulo. Exatamente o Apóstolo dos Gentios, o guerreiro da Fé responsável por levar a mensagem do Evangelho aos povos pagãos! Nos dias de hoje, São Paulo parece estar muito mal representado. O Apóstolo arrastou os povos pagãos para os pés de Nosso Senhor. É revoltante ver que, no século XXI, a Editora Paulus parece querer convencer os católicos a trilharem os caminhos da “civilização” para a qual não faz falta nenhuma Transcendência.

Lixo no lugar das coisas sagradas

Santa Joana d'Arc, Notre-Dame
Santa Joana d'Arc, Notre-Dame (clique para ampliar)

Encontrei um “santinho” sendo vendido na Paulus. Comprei-o ontem – vinte centavos – só por causa da oração que está contida no verso dele. Ei-la:

ORAÇÃO A SANTA JOANA D’ARC

Corajosa menina, empunhando vosso estandarte com o desenho da cruz de Cristo e os nomes de Jesus e Maria, libertastes o rei e salvastes vossa Pátria do domínio estrangeiro. Olhai com piedade o terceiro mundo, dominado não por outros países, mas, por bancos internacionais que inventaram uma dívida injusta e cruel e pela globalização que mata de miséria e fome, em cada dois dias, o equivalente às vítimas da bomba atômica jogada sobre Hiroshima e Nagasaki.

Assim como enchestes de coragem, em vossa pequena aldeia do interior, e vos colocastes à frente de exército poderoso, enchei de coragem nossos governantes para que levantem a cabeça e partam em defesa do povo humilhado pela injustiça do desemprego, da pobreza, da fome e da falta de saúde. Louvado seja o Senhor pelo irmão fogo que separou vosso espírito da carne!

Louvado seja o Senhor pelo amor que foi o mais forte, porque ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida pelos irmãos. Amém.

Sinceramente, eu não consigo entender o que leva esse tipo de coisa ser vendida em uma livraria católica. É impressionante: não basta ignorar a religião, não basta ensinar o que lhe é contrário, não basta atacá-la e refutá-la: é necessário corrompê-la por dentro, apresentando caricaturas dela como se fossem ela própria, esvaziando-a de tudo o que ela tem de importante e colocando futilidades no seu lugar.

Lembro-me de que o monsenhor lá da paróquia gostava de propôr o seguinte problema: “imagine que existem dois homens. O primeiro deles entra sorrateiramente numa igreja à noite, arromba o sacrário, pega os vasos sagrados, espalha as partículas consagradas pelo chão e leva os vasos com ele. O segundo faz a mesma coisa mas, ao invés de espalhar as hóstias pelo chão, consome-as todas e, ao invés de levar os vasos sagrados, enche-os de lama e os coloca de volta no sacrário, fechando-o e deixando a igreja da mesma forma que encontrou. Qual dos dois cometeu pecado maior?”. E ele próprio respondia: “o segundo”. Porque colocou lama no Sacrário, sem contudo deixar claro o mal que fizera invadindo a igreja. Porque retirou Nosso Senhor do Seu lugar e, ao invés dele, colocou sujeira e imundície para ser adorada pelos fiéis. Porque fez com que os louvores e a adoração que competem a Deus fossem feitas à lama escondida nos vasos sagrados.

Às vezes penso que estes falsificadores da religião agem como este segundo homem da história que o monsenhor gostava de contar. Não se contentam com a blasfêmia e o sacrilégio: desejam usurpar o lugar da Religião Verdadeira e, nele, colocar qualquer porcaria inventada por eles. Apresentam o lixo ao povo fiel como se fosse a Religião Verdadeira. Fazem as pessoas seguirem os seus delírios acreditando estarem seguindo a Sã Doutrina legada por Nosso Senhor. Agem como o que coloca lama no sacrário, para induzir o povo fiel a adorar a imundície. E não tenho dúvidas de que o pecado destes é objetivamente maior do que o daqueles que atacam a religião às claras.

“Jesus em defesa dos pobres”

[Publico artigo do pe. Nilo, da série “como esvaziar o Evangelho da sua substância espiritual”, publicado no Semanário Litúrgico Catequético O Domingo, Ano LXXVII, Remessa IV, 15-3-2009, nº 13. Entre colchetes, os comentários são meus.]

JESUS EM DEFESA DOS POBRES

O Jesus do evangelho [sim, com minúsculas mesmo] de hoje não tem muito que ver com a imagem que muitas vezes fazemos dele: mansinho e bonzinho [de fato, o Jesus “ursinho carinhoso” no qual muitas pessoas acreditam é realmente um erro; no entanto, praticamente cessam aqui os pontos positivos que podem ser encontrados neste exemplar do Semanário Catequético da Paulus…]. Neste evangelho, demonstra inconformismo e reage contra todo tipo de exploração [!!!] – sobretudo aquela praticada pelos vendedores de pombas em prejuízo dos pobres [meu Deus!! De acordo com o pe. Nilo, então, o que provocou a justa indignação de Nosso Senhor não foi a desvirtuação do Templo Sagrado (transformado em local de comércio, ao invés de local de oração), e sim a exploração dos pobres!]. Com efeito, estes, por não terem condições de comprar um boi ou uma ovelha, deviam comprar um par de pombas ou rolinhas para com elas satisfazer sua oferta [e qual o problema com isso, se é a própria Lei de Deus a prescrever a possibilidade do oferecimento de duas rolinhas caso não se possa obter “uma ovelha ou uma cabra” (cf. Lv 5)? Por que o pe. Nilo abomina a existência mesma daquilo que as Escrituras Sagradas prescrevem?] – assim como aconteceu com a família de Jesus quando ele [de novo, com minúsculas] foi apresentado no templo (Lc 2, 24) [sim, em perfeita observância à Lei Judaica – veja-se o capítulo 12 de Levítico; de novo, qual o problema com a apresentação dos dois pombinhos? Qual o problema com os pobres? A ira do pe. Nilo deveria ser dirigida não contra os vendedores de pombas (que também aos pobres possibilitavam o cumprimento da Lei), mas contra as próprias Escrituras Sagradas que prescreviam o sacrifício de quem não tinha posses…].

Deus não suporta ver seu povo sendo explorado [note-se que, para o pe. Nilo, no caso em pauta, não é mais “o zelo da tua casa me consome” (cf. Jo 2, 17), e sim a “exploração” do povo – aliás, exploração cuja existência o texto do Evangelho nem de longe insinua – o que motiva a ira de Nosso Senhor!]. No segundo livro da Bíblia, lemos: “Deus disse: ‘Eu vi a miséria do meu povo [a Vulgata diz “adflictionem populi mei”…] que está no Egito. Ouvi seu grito por causa dos seus opressores. Por isso, desci a fim de libertá-lo das mãos dos egípcios e para fazê-lo subir desta terra para uma terra boa e vasta, terra que mana leite e mel” (Ex 3, 7-8). Deus vê a miséria do povo, ouve seu grito de dor e desce para libertá-lo [fazer acreditar que o problema dos judeus no Egito era a “miséria” e a pobreza é uma empulhação exegética grosseira – no deserto, após saírem da escravidão, houve judeus que reclamaram com saudades do Egito, dizendo que se lembravam “dos peixes que comíamos de graça no Egito, os pepinos, os melões, os alhos bravos, as cebolas e os alhos” (Nm 11, 5)!].

A exemplo do Pai e como seu [mais uma vez, as minúsculas são da lavra do reverendíssimo sacerdote…] fiel seguidor, Jesus não se cala diante da exploração do seu povo [ah! E eu que sempre achei que Ele não tivesse se calado diante da desvirtuação do sentido do Templo!] e reage indignado contra os que querem levar vantagem sobre o pobre [e eu que sempre achei que Nosso Senhor havia reagido – como diz o Evangelho – contra os que faziam “da casa de meu Pai uma casa de negociante”…]. A Igreja, fiel a Jesus e a exemplo dele, não pode ficar indiferente ao sofrimento do povo [acho que o pe. Nilo quer empurrar a sua exegese TL por força da repetição – Jesus não Se indignou, no caso em pauta, por causa do “sofrimento do povo”, e sim porque o Templo Sagrado estava sendo transformado em uma “casa de negociante”, como diz o Evangelho!]. E é por isso que, na América Latina [epa! Não foi a Igreja, Universal, e sim a Igreja “na América Latina”! Conclusão imediata: já que a Igreja “na América Latina” fez isso para ser “fiel a Jesus e a exemplo dele”, segue-se que a Igreja Universal não é fiel a Nosso Senhor!], fez a opção pelos pobres. Isso significa não aceitar que sejam explorados [mentira: isso significa fomentar a luta de classes e pregar o marxismo] e desejar que melhorem de vida em todos os sentidos [à exceção do espiritual, já que a religião é o ópio do povo…].

O Documento de Aparecida foi feliz ao retomar Medellín e Puebla e reafirmar a opção em favor dos pobres [aqui, pronto: foi-se embora de vez o comentário sobre o Evangelho, que começou sendo distorcido e, agora, é simplesmente posto de lado para a propaganda comunista descarada]. Mas esse documento também nos alerta: “Nossa opção pelos pobres corre o risco de ficar em plano teórico ou meramente emotivo, sem verdadeira incidência em nossos comportamentos e em nossas decisões. É necessária uma atitude permanente que se manifeste em opções e gestos concretos e evite toda atitude paternalista. Solicita-se dedicarmos tempo aos pobres, prestar a eles amável atenção, escutá-los com interesse, acompanhá-los nos momentos difíceis, (…) procurando, a partir deles, a transformação de sua situação” (n. 397) [arrematando a “catequese” com uma citação descontextualizada, que nada tem a ver com o Evangelho comentado e que é torcida para servir de propaganda comunista disfarçada de doutrina católica. Maravilha…].

Pe. Nilo Luza, ssp