CDF sobre projetos de lei contra a “discriminação” de pessoas homossexuais

Em tempos de PLC 122/2006 (e também – o tempora, o mores! – de Grito dos Excluídos apoiado por bispos brasileiros), vale a pena ler este documento da Congregação para a Doutrina da Fé chamado “Algumas reflexões acerca da resposta a propostas legislativas sobre a não-discriminação das pessoas homossexuais” que eu encontrei ontem fazendo umas pesquisas na internet. Reproduzo-o abaixo na íntegra, porque o considero extremamente pertinente, dada a situação delicada que estamos atravessando hoje no Brasil. Que bom seria se os nossos pastores fizessem eco a estas palavras tão claras da Santa Sé!

E viva a clarividência da Igreja! Estas orientações foram elaboradas em 1992, e são atuais como se houvessem sido escritas na semana passada e endereçadas especificamente ao Brasil atual.

Todos os negritos e grifos são meus.

* * *

Algumas reflexões
acerca da resposta a propostas legislativas
sobre a não-discriminação das pessoas homossexuais

INTRODUÇÃO

Recentemente, foi proposta uma legislação em vários lugares, que tornaria ilegal uma discriminação baseada num orientamento sexual. Nalgumas cidades, as Autoridades municipais puseram habitações públicas à disposição de casais homossexuais (e heterossexuais solteiros) – normalmente reservadas a famílias. Estas iniciativas, mesmo onde parecem mais dirigidas a defender os direitos civis básicos do que a tolerar a actividade homossexual ou um estilo de vida homossexual, podem, com efeito, ter um impacto negativo na família e na sociedade. Os casos, por exemplo, da adopção de crianças, dó trabalho dos professores, das necessidades habitacionais de famílias verdadeiras, das legítimas preocupações do proprietário, no que se refere aos eventuais inquilinos, são com frequência postos em discussão.

Ao mesmo tempo que seria impossível prever todas as eventualidades, em relação às propostas legislativas neste sector, tais observações procurarão identificar alguns princípios e distinções de natureza geral, os quais deveriam ser tomados em consideração pelo legislador, eleitor ou Autoridade eclesiástica consciente, no momento de enfrentar estes problemas.

A primeira secção recordará as passagens relevantes da «Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o Atendimento Pastoral das Pessoas Homossexuais», da Congregação para a Doutrina de Fé, de 1986. A segunda secção tratará a sua aplicação.

I.

PASSAGENS RELEVANTES DA «CARTA»
DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

1. A Carta recorda a «Declaração sobre alguns Pontos de Ética Sexual», da Congregação para a Doutrina da Fé, de 1975, a qual «levava em consideração a distinção feita comummente entre a condição ou tendência homossexual, de um lado, e, do outro, os actos homossexuais»; os últimos são «intrinsecamente desordenados» e «não podem ser aprovados em caso algum» (n. 3).

2. Todavia, «na discussão que se seguiu à publicação da Declaração, foram propostas interpretações excessivamente benévolas da condição homossexual, tanto que houve quem chegasse a defini-la indiferente ou até mesmo boa». A Carta continua e esclarece: «… a particular inclinação da pessoa homossexual, embora não seja em si mesma um pecado, constitui, no entanto, uma tendência, mais ou menos acentuada, para um comportamento intrinsecamente mau do ponto de vista moral. Por este motivo, a própria inclinação deve ser considerada objectivamente desordenada. Aqueles que se encontram em tal condição deveriam, portanto, ser objecto de uma particular solicitude pastoral, para não serem levados a crer que a realização concreta desta tendência nas relações homossexuais seja uma opção meramente aceitável» (n. 3). Não o é!

3. «Como acontece com qualquer outra desordem moral, a actividade homossexual impede a auto-realização e a felicidade, porque é contrária à sabedoria criadora de Deus. Refutando as doutrinas erróneas acerca do homossexualismo, a Igreja não limita, antes, pelo contrário, defende a liberdade e a dignidade da pessoa, compreendidas de um modo realista e autêntico» (n. 7).

4. No que se refere à tendência homossexual, a Carta afirma: «uma das tácticas usadas é a de afirmar, em tom de protesto, que qualquer crítica ou reserva às pessoas homossexuais, à sua atitude ou ao seu estilo de vida, é simplesmente uma forma de injusta discriminação» (n. 9).

5. «Em algumas Nações funciona, como consequência, uma tentativa de pura e simples manipulação da Igreja, conquistando-se o apoio dos Pastores, frequentemente em boa fé, no esforço que visa mudar as normas da legislação civil. Finalidade de tal acção é ajustar esta legislação à concepção própria destes grupos de pressão, para a qual o homossexualismo é, pelo menos, uma realidade perfeitamente inócua, quando não totalmente boa.

Embora a prática do homossexualismo esteja ameaçando seriamente a vida e o bem-estar de um grande número de pessoas, os fautores desta corrente não desistem da sua acção e recusam levar em consideração as proporções do risco que ela implica» (n. 9).

6. «Ela (a Igreja) é consciente de que a opinião, segundo a qual a actividade homossexual seria equivalente à expressão sexual do amor conjugal ou, pelo menos, igualmente aceitável, incide directamente sobre a concepção que a sociedade tem da natureza e dos direitos da família, pondo-os seriamente em perigo» (n. 9).

7. «É de se deplorar firmemente que as pessoas homossexuais tenham sido e sejam ainda hoje objecto de expressões malévolas e de acções violentas. Semelhantes comportamentos merecem a condenação dos Pastores da Igreja, onde quer que aconteçam. Eles revelam uma falta de respeito pelos outros, que fere os princípios elementares sobre os quais se alicerça uma sadia convivência civil. A dignidade própria de cada pessoa deve ser respeitada sempre, nas palavras, nas acções e nas legislações.

Todavia, a necessária reacção diante das injustiças cometidas contra as pessoas homossexuais não pode levar, de forma alguma, à afirmação de que a condição homossexual não seja desordenada. Quando tal afirmação é aceita e, por conseguinte, a actividade homossexual é considerada boa, ou quando se adopta uma legislação civil para tutelar um comportamento, ao qual ninguém pode reivindicar direito algum, nem a Igreja nem a sociedade no seu conjunto deveriam surpreender-se se depois também outras opiniões e práticas distorcidas ganharem terreno e se aumentarem os comportamentos irracionais e violentos» (n. 10).

8. «Em todo o caso, deve-se evitar a presunção infundada e humilhante de que o comportamento homossexual das pessoas homossexuais esteja sempre e totalmente submetido à coacção e, portanto, seja sem culpa. Na realidade, também às pessoas com tendência homossexual deve ser reconhecida aquela liberdade fundamental, que caracteriza a pessoa humana e lhe confere a sua particular dignidade» (n. 11).

9. «Ao avaliar eventuais projectos legislativos, (os Bispos) deverão pôr em primeiro plano o empenho na defesa e na promoção da vida familiar» (n. 17).

II.

APLICAÇÕES

10. «A tendência sexual» não constitui uma qualidade comparável à raça, à origem étnica, etc. no que se refere à não-discriminação. Diferentemente destas, a tendência homossexual é uma desordem objectiva (cf. Carta, 3) e requer solicitude moral.

11. Existem sectores onde não se trata de discriminação injusta tomar em consideração a tendência sexual, por exemplo, na adopção ou no cuidado das crianças, nó trabalho dos professores ou dos treinadores atléticos e no recrutamento militar.

12. As pessoas homossexuais, como seres humanos, têm os mesmos direitos de todas as pessoas, inclusivamente o direito de não serem tratadas de maneira que ofenda a sua dignidade pessoal (cf.Ibid., 10). Entre outros direitos, todas as pessoas têm o direito de trabalhar, de ter uma habitação, etc. Todavia, estes direitos não são absolutos. Podem ser legitimamente limitados por motivos de conduta externa desordenada. Isto, às vezes, é não só lícito, mas obrigatório. Além disso, não se trata apenas de casos de comportamento culpável, mas até mesmo de casos de acções de pessoas física ou mentalmente doentes. Assim, aceita-se que o Estado limite o exercício dos direitos, por exemplo, no caso de pessoas contagiadas ou mentalmente deficientes, para proteger o bem comum.

13. Incluir a «tendência homossexual» entre as reflexões, na base das quais é ilegal discriminar, pode facilmente levar a afirmar que a homossexualidade é uma fonte positiva de direitos humanos, por exemplo, no que se refere aos chamados direitos de acção afirmativa ou ao tratamento preferencial no que se refere à admissão ao trabalho. Isto é ainda mais deletério se considerarmos que não existe um direito à homossexualidade (cf. Ibid., 10), o que não deveria, portanto, constituir a base para reivindicações jurídicas. A passagem do reconhecimento da homossexualidade como factor, na base do qual é ilegal discriminar, pode facilmente levar, se não de modo automático, à protecção legislativa e à promoção da homossexualidade. A homossexualidade de uma pessoa seria invocada em oposição a uma discriminação declarada e, assim, o exercício dos direitos seria defendido exactamente mediante a afirmação da condição homossexual, em vez de em termos de uma violação dos direitos humanos básicos.

14. A «tendência homossexual» de uma pessoa não pode ser comparada com a raça, o sexo, a idade, etc., também por outro motivo, além do supracitado, que merece atenção. A tendência sexual de uma pessoa individualmente não é, de modo geral, conhecida pelos outros, a não ser que ela se identifique em público como alguém que tem esta tendência ou com a manifestação de comportamento exterior. Geralmente, a maioria das pessoas com tendências homossexuais, que procuram viver uma vida casta, não tornam pública a sua tendência sexual. Por conseguinte, o problema da discriminação, em termos de trabalho, de habitação, etc., normalmente não se apresenta.

As pessoas homossexuais que manifestam a própria homossexualidade, tendem a considerar o comportamento ou o estilo de vida homossexual «indiferente ou até mesmo bom» (cf. n. 3) e, portanto, digno de aprovação pública. Muito provavelmente, é no âmbito destas pessoas que se encontram aqueles que tentam «manipular a Igreja, conquistando-se o apoio dos Pastores, frequentemente em boa fé, no esforço que visa mudar as normas da legislação civil» (cf. n. 9), aqueles que usam a táctica de afirmar, em tom de protesto, «que qualquer crítica ou reserva às pessoas homossexuais… é simplesmente uma forma de injusta discriminação» (cf. n. 9).

Além disso, existe o perigo de a legislação, que faz da homossexualidade uma base para certos direitos, encorajar deveras uma pessoa tendencialmente homossexual a declarar a sua homossexualidade ou até mesmo a procurar um parceiro, aproveitando-se assim das disposições da lei.

15. Já que na avaliação de uma proposta legislativa deve ser dada a máxima importância à responsabilidade da defesa e da promoção da vida familiar (cf. Ibid., n. 17), é fundamental prestar atenção a cada uma das intervenções propostas separadamente. Como é que terão influência na adopção das crianças e no acto de as confiar à sua responsabilidade? Constituirão uma defesa dos actos homossexuais, públicos e privados? Conferirão às uniões homossexuais uma condição equivalente à da família, por exemplo, no que se refere à habitação, ou concedendo ao parceiro homossexual os privilégios que derivam do trabalho e que incluem, entre outras coisas, a participação «familiar» nos benefícios hospitalares concedidos aos trabalhadores? (cf. Ibid., n. 9).

16. Por fim, quando a questão do bem comum entra em jogo, não é conveniente que as Autoridades eclesiásticas apoiem, nem que permaneçam neutrais perante legislações adversas, mesmo que elas admitam excepções às Organizações e Instituições da Igreja. A Igreja tem a responsabilidade de promover a vida familiar e a moralidade pública da sociedade civil inteira, com base nos valores morais fundamentais, e não unicamente de se defender a si mesma das aplicações de leis nocivas (cf. Ibid., n. 17).

L’Osservatore Romano,
Edição semanal, N. 32, 9 de Agosto de 1992, Pág. 6 (418)

 

“A maioria dos cidadãos que contataram a central [do Senado] solicitou a rejeição do projeto [de Lei 122]”

Indicando – mais uma vez – que a esmagadora maioria do povo brasileiro é contrária à política de promoção da sodomia que vem sendo sistematicamente aplicada pelos nossos governantes, esta notícia do site do Senado Federal fala sobre as manifestações dos cidadãos ocorridas na última quinta-feira (08/12), dia da votação do PLC 122. Não dá números, mas diz com todas as letras (grifos meus):

A audiência para análise do PLC 122/2006, projeto que criminaliza a homofobia, resultou em um número excepcional de manifestações no Alô Senado, nesta quinta-feira (8). A maioria dos cidadãos que contataram a central solicitou a rejeição do projeto. As justificativas apresentadas foram, na sua maioria, a orientação religiosa, a preservação dos direitos da família e a manutenção da liberdade de manifestação.

O site faz questão de destacar, imediatamente depois, que “[e]stas opiniões não podem, de forma alguma, ser extrapoladas para toda a população brasileira”. Mentira. Neste caso podem sim, porque vêm ao encontro do que dizem as pesquisas estatísticas sobre o assunto. Até quando nós vamos tolerar tranqüilamente que os nossos governantes (pretensamente democráticos!) imponham uma agenda que é frontalmente contrária aos costumes do povo brasileiro – costumes dos quais os cidadãos fazem questão de dizer explicitamente que não abrem mão?

Os inimigos do povo brasileiro

Apenas atualizando: a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal adiou ontem a votação do projeto de Lei que criminaliza a “homofobia”. Foi a própria Marta Suplicy quem propôs o adiamento, “em busca de [um] acordo” segundo o site do Senado – mas “com receio de uma derrota que levaria ao arquivamento do projeto” segundo outras fontes. A segunda hipótese parece-me muito mais verossímil. Aliás, elas não são excludentes; mas a segunda é bem mais eloqüente. Tanto por mostrar a derrota iminente do projeto (revelando assim pela n-ésima vez a posição do povo brasileiro, nem sodomofílico e nem homofóbico) quanto por apresentar o adiamento como [mais] uma manobra escusa do Governo para prolongar a sobrevida da ameaça gayzista, a despeito de toda a oposição da população brasileira. Registre-se também que a Marta pediu o adiamento antes mesmo das discussões: ou seja, a posição da sociedade é tão clara a respeito deste assunto que antes mesmo da sessão no Congresso já era possível saber o seu resultado. Esta insistência manifesta do Governo em ludibriar o povo e governar na contramão dos anseios dos brasileiros pode porventura chamar-se “democrática”?

Registre-se ainda que eles não desistem nunca e pretendem atirar para todos os lados, a fim de vencer pelo cansaço: a enquete atual disponível no site do Senado (votem lá!) é sobre a PEC 111/2011, de autoria (de novo!) da Marta Suplicy e que foi, há exato um mês (09/11), recebida pela CCJ. A proposta é colocar na Constituição Brasileira, entre os objetivos fundamentais da República (Art. 3º), a promoção do bem de todos “sem preconceitos (…) de identidade de gênero [e] orientação sexual”. De novo, a glorificação da sodomia; de novo, a entronização do vício contra a natureza como uma virtude que deve ser a todo custo protegida e promovida. De novo, contra os anseios da população. Só que desta vez na Carta Magna brasileira.

Ainda sobre o PLC 122/2006: na terça-feira à noite foi divulgado que a Marta teria feito um acordo com a CNBB sobre o projeto, o que rapidamente provocou rebuliço. Mas era mentira de novo: a assessoria de imprensa da CNBB negou tal acordo e, logo depois, a Conferência publicou uma nota oficial de esclarecimento em seu site: «A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto».

E, last but not least, vale ler o artigo publicado ontem na Gazeta do Povo sobre o assunto. «Mais uma vez o PT usa os homossexuais como bucha de canhão. […] Desconstruir a tolerância tradicional e confiar na polícia acaba significando ficar sem nenhuma das duas. Afinal, ataques físicos já são em tese punidos por lei, mas normalmente acabam impunes devido à incapacidade prática de nossas instituições judiciárias». A história mostra que os auto-alegados artífices de um mundo novo e melhor (a ser inexoravelmente implantado, per fas et per nefas) são perigosos. Não permitamos que eles tomem a nossa Pátria por apatia nossa. A despeito de estarem no poder, são inimigos do povo brasileiro e como tais devem ser tratados.

URGENTE: Senado prestes a aprovar a Lei da Mordaça Gay no dia da Imaculada Conceição! Proteste!

Atenção! Está na pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa para o próximo dia 08 de dezembro (depois de amanhã) a apreciação do Projeto de Lei da Câmara nº 122, de 2006 – a famigerada Lei da Mordaça Gay. O texto segue para os senadores com relatório “[p]ela aprovação da matéria, na forma da Emenda (Substitutivo) que apresenta”. Ou seja, é possível que este projeto que enaltece e glorifica a imoralidade seja aprovado depois de amanhã, no dia em que a Igreja celebra a Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus!

Pretender glorificar a impureza por meio de uma canetada e conceder um super-status legal ao vício contra a natureza no mesmo dia em que a Igreja celebra a concepção da mais pura criatura de Deus é um acinte, um verdadeiro desaforo, uma desfaçatez sem medidas.

O parecer da Marta Suplicy é pela aprovação do substitutivo. O artigo 3º – «O disposto nesta Lei não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião de que trata o inciso VI do art. 5º daConstituição Federal.»é para inglês ver, uma vez que continuamos impedidos de rejeitar travestis para serem babás de nossos filhos (art. 4º), de proibir em nossos estabelecimentos comerciais que dois marmanjos resolvam se agarrar e constranger os presentes (art. 5º) e mesmo de simplesmente pregar contra o homossexualismo sim, uma vez que o art. 7º nos proíbe de “[i]nduzir alguém à prática de violência de qualquer natureza, motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero” sob pena de reclusão [pena, aliás, aumentada em um terço graças à maliciosa alteração do art. 286 do Código Penal constante no art. 8º] – e qualquer homossexual pode alegar que é uma “violência” sentir-se “excluído” ou ter o seu estilo de vida classificado como “imoral” ou “pecaminoso”. Portanto, o projeto continua merecendo perfeitamente a sua alcunha de “Lei da Mordaça Gay” e continua sendo um perigo para o Brasil e uma afronta ao Direito, uma vez que transforma um comportamento imoral e socialmente danoso em fonte de direitos e privilégios.

Muita gente já começou a se mobilizar contra isto: o Shalom, a Canção Nova, o Julio Severo (denunciando inclusive uma peça de propaganda a ser veiculada em breve pela Rede Globo, a favor da criminalização da homofobia), o Voto Católico, o Sou Conservador e Daí? e até mesmo o recém-saído do forno Milícia de Cristo, do já conhecido Gustavo Souza. É urgente se manifestar contra esta infâmia.

1. Enviem emails pessoais para os senadores que fazem parte da Comissão de Direitos Humanos, pedindo que se posicionem contra o PLC 122/2006; escrevam com suas próprias palavras mesmo, em um texto curto, dizendo apenas “oi, eu sou fulano de tal, de tal lugar, e gostaria de pedir aos membros da comissão que se posicionem contra o PLC 122/2006, por tal e tal motivo [ou mesmo sem especificar motivo algum], obrigado”. Simples assim. Os emails dos senadores são os seguintes (basta copiar e colar):

ana.rita@senadora.gov.br; martasuplicy@senadora.gov.br; paulopaim@senador.gov.br; wellington.dias@senador.gov.br; cristovam@senador.gov.br; crivella@senador.gov.br; simon@senador.gov.br; eduardo.amorim@senador.gov.br; garibaldi@senador.gov.br; sergiopetecao@senador.gov.br; paulodavim@senador.gov.br; clovis.fecury@senador.gov.br; mozarildo@senador.gov.br; gim.argello@senador.gov.br; magnomalta@senador.gov.br; marinorbrito@senadora.gov.br

2. Entrem no site do IPCO para assinar a carta contra a “Lei da Homofobia”: preencham nome, email e RG e cliquem em enviar.

3. Entrem em contato telefônico direto com a CDH ou com o Alô Senado, pedindo para que os senadores rejeitem o PLC 122/2006:

Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa – CDH
Secretário(a): 
Altair Gonçalves Soares
Tel Secretário(a): 3303-4251/3303-2005
Fax Secretário(a): 3303-4646

Alô Senado: 0800 612211

4. Manifestem-se no “Fale com o Senado” do site do Senado Federal, pedindo a rejeição do PLC 122/2006.

Façam, agora, uma destas coisas ou (melhor ainda) todas elas. Peçam para que as pessoas próximas – familiares, vizinhos e amigos – também o façam. Não se omitam, não deixem para depois porque depois pode ser tarde demais. O Brasil está ameaçado, e é dever de cada um levantar-se em defesa da Pátria. Que os Céus nos ajudem.

“Lei da Marta x Lei de Deus”

[Divulgando iniciativa do IPCO (não deixem de verificar o link), conforme recebi por email. O assunto – como todos sabem – é sério, sendo provavelmente a maior ameaça que paira atualmente sobre esta Terra de Santa Cruz. Que jamais desistamos de combater o bom combate – e que São Miguel Arcanjo nele nos defenda sempre.]

Pe. Lodi em Recife – II

Também hoje, domingo 19 de junho, o pe. Lodi esteve em Recife – dando, pela manhã, mais uma interessantíssima palestra no Círculo Católico de Pernambuco. À semelhança da palestra de ontem, estive presente e ponho aqui à apreciação dos leitores do Deus lo Vult! a gravação amadora, feita do celular.

Hoje, o padre Lodi falou da castidade como um dos pressupostos para a defesa da vida e, em particular, falou do homossexualismo, da recente decisão do STF a respeito da “união homoafetiva” e do PLC 122/2006.

[podcast]https://www.deuslovult.org//wp-content/uploads/audio/11-06-19-09-31-18-pe-Lodi-Recife.mp3[/podcast]

Agradecemos ao pe. Lodi pela visita e pela disposição de estar conosco por estes dois dias. Que a Virgem Santíssima possa abençoar e tornar fecundo o seu ministério sacerdotal. E que o Coração Imaculado de Maria livre-nos da maldição do aborto!

Carta aberta de Gustavo Souza ao Padre Fábio de Melo

[Vou reproduzir a carta aberta que o Gustavo Souza encaminhou ao pe. Fábio de Melo, por ocasião das suas (do padre) últimas infelizes declarações sobre o PLC 122 – a “lei da mordaça gay”. A carta foi originalmente publicada n’O Possível e O Extraordinário; a charge que a ilustra é da lavra do Emerson de Oliveira, grande artista católico.

É com muita tristeza que nós vemos o padre Fábio – que, graças ao carisma e à projeção midiática que possui, teria a possibilidade de prestar um inestimável serviço a Cristo e à Sua Igreja – resvalar nas suas próprias concepções equivocadas sobre o mundo e utilizar o seu prestígio e os meios de comunicação em massa que possui à sua disposição para semear a discórdia e a confusão entre os fiéis católicos. Não nos compete a nós exigir de ninguém um trabalho mais bem feito do que o próprio operário esteja disposto a realizar; não obstante, lutar contra aqueles que se portam como inimigos da Igreja é dever de todo católico e, se incomoda a alguém as duras palavras que dirigimos ao revmo. pe. Fábio de Melo, fique registrado que nos dói muito mais a nós vermos o padre na televisão desqualificar o trabalho de milhares de cristãos Brasil afora contra a Lei da Mordaça Gay e em defesa da família brasileira e das leis de Deus.

Como dissemos acima, não podemos exigir que ninguém venha conosco nesta batalha. No entanto, esperamos pelo menos não receber resistência dos que teoricamente compartilham conosco a Fé Católica e Apostólica – mas infelizmente, por algum motivo que nos é desconhecido, muitos destes preferem portar-se publicamente como se fossem sacerdotes de Baal e não de Cristo. Já são muitos os inimigos declarados que temos que combater; não deveríamos precisar guardar energias para nos voltarmos contra aqueles que teoricamente deveriam estar do nosso lado. A Igreja de Cristo não precisa de tanta traição; que o Sagrado Coração de Jesus – estamos em junho… – possa iluminar o padre Fábio de Melo e o levar a ter consciência do grande mal que ele está fazendo à Igreja Católica com este seu comportamento “humano demais” e nada sobrenatural. Que a Virgem da Conceição Aparecida interceda por ele e por todos os sacerdotes.]

 

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Carta aberta ao Pe. Fábio de Melo: diga não ao PL122!

Pe. Fábio,

Sua bênção!

Encaminho-lhe um artigo da lavra de um grande amigo meu, também blogueiro, chamado Jorge Ferraz. Julgo que o texto seja pertinente e coerente. É preciso refletir e mudar, caro padre: o seu trabalho tem sido, em grande medida, contraproducente. Suas recentes palavras (ditas no seu programa, na TV Canção Nova) não fizeram coro à luta que tantos cristãos (católicos ou não) tem travado contra a ideologia gayzista que busca se instalar na sociedade.

Segundo essa ideologia, a imoralidade não só seria normal, mas até natural. Não existe fundamentalismo entre os que defendem a família autêntica, baseada no matrimônio indissolúvel entre um homem e uma mulher. O que existe são princípios sólidos e o desejo de construir uma sociedade pautada em valores cristãos. O que existe, Pe. Fábio, é a luta entre as duas cidades (a de Deus e a dos homens, para usar os termos de Santo Agostinho). Nesta luta, cumpre escolher um lado; a ninguém é permitido ficar “em cima do muro”, porque o Altíssimo vomita os que são mornos (Ap. 3, 15-16). O que existe são cristãos querendo modelar a sociedade em que vivem segundo Deus, sem jamais se conformar à figura passageira deste mundo.

O que existe, por fim, são batizados querendo ser no mundo aquilo que devem ser: sal da terra. Infelizmente, parece-me que o senhor perdeu o seu sabor no afã de agradar a muitos. Mas, se falta ao senhor a fibra, a coragem, de um Padre Paulo Ricardo, ou de um Padre Luís Carlos Lodi da Cruz, ou de tantos outros – anônimos – que combatem conosco no esquadrão de Cristo, procure pelo menos não confundir os católicos com as suas posições “politicamente corretas”.

Como diz um velho ditado: “se não vai ajudar, pelo menos não atrapalhe”. Sem mais delongas, recomendo vivamente a leitura e reflexão do artigo abaixo. Se restar no senhor um mínimo de honestidade intelectual, por certo o texto lhe motivará a arrepender-se e a mudar, doravante, o seu discurso a este respeito.

In Caritas Christi,
*Gustavo Souza*

[segue-se o texto “É a vaidade, Fábio, nesta vida…”]

É a vaidade, Fábio, nesta vida…

Leio n’O Possível e O Extraordinário que o pe. Fábio de Melo, atingindo novos píncaros de “humanidade demais”, resolveu pronunciar um discurso abertamente simpático ao Movimento Gay em geral e ao PLC 122/2006 em particular, ao mesmo tempo em que critica de maneira muito pouco velada aqueles que têm a coragem de se posicionar abertamente contra esta lei imoral. Segundo o padre Fábio, a preocupação que nós devemos ter hoje é com o fanatismo – “o risco do radicalismo religioso nos dias de hoje é grande e é sério”, diz o reverendíssimo sacerdote -, e não com o Movimento Gay querendo impôr a sua ideologia a toda a sociedade.

É deprimente ver este homem – sacerdote da Igreja de Cristo! – defender mais uma vez este relativismo daninho e nocivo à Igreja, este câncer que corrói a vida cristã e impede os católicos de levarem uma vida pública em consonância com a Fé Cristã que professam – como recentemente pediu o Papa Bento XVI. O absurdo relativismo defendido pelo padre Fábio e a sua patente vontade de ficar bem com todos – com a sua fala doce, lenta, sedutora – não têm nada de cristão e, portanto, não deveriam encontrar guarida num discurso público de um sacerdote católico: é apenas vaidade. No entanto e infelizmente, esta discrepância entre o que ensina a Igreja Católica e o que pregam os seus representantes midiáticos existe, para confusão do povo fiel. E o padre Fábio de Melo parece ter uma nada invejável capacidade de sempre inovar neste quesito.

Não cora de vergonha o pe. Fábio ao defender noções totalmente estranhas ao Cristianismo: “não podemos admitir é que nosso discurso religioso possa ferir a dignidade humana”. Ora, padre Fábio, isto que o senhor está defendendo – que os melindres de fulanos e sicranos devam prevalecer sobre o anúncio claro e inequívoco do Evangelho – é o que a Igreja chama de “respeito humano” – e condena. Amor verdadeiro é apontar o pecado com toda a sua fealdade; a Caridade só pode subsistir na Verdade e, se é horrendo o pecado que clama aos Céus vingança, cumpre que o chamemos pelo nome e não aceitemos transigir na linguagem – cuja função, afinal de contas, é dar nome verdadeiro às coisas.

Não satisfeito com este relativismo doentio e este respeito humano anti-cristão, o padre ainda consegue omitir um ponto essencial do ensino da Igreja – transformando assim uma meia-verdade numa mentira completa:

A Igreja se posicionou, e Ela sempre Se posiciona da mesma forma: nós somos a favor da Familia, nós somos a favor da vida, nós somos a favor da prevalência de valores que não venham ferir o que nós conhecemos como Família; mas nós também não podemos nos esquecer [de] que este posicionamento tem que ser amoroso. Então se você é da Igreja, se você faz questão de defender o posicionamento da sua Igreja, não esqueça que a Igreja a quem você serve tem um Fundador cuja atitude, o tempo todo, foi o amor, a solidariedade e o respeito às pessoas.

Padre Fábio, o senhor só se “esqueceu” de dizer que a Congregação para a Doutrina da Fé já emitiu um parecer sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo, no qual ela diz com clareza que, “em presença do reconhecimento legal das uniões homossexuais ou da equiparação legal das mesmas ao matrimónio, com acesso aos direitos próprios deste último, é um dever opor-se-lhe de modo claro e incisivo”. Portanto, padre Fábio, a posição a favor da vida e da família exige um posicionamento contrário a tudo aquilo que possa descaracterizar a vida e a família – em particular, exige que os cristãos se oponham “de modo claro e incisivo” aos projetos de reconhecimento legal de “uniões civis” homossexuais. E, sendo sincero, eu não vejo este posicionamento “claro e incisivo” no discurso do senhor, padre Fábio. Ao contrário, o que eu vejo é – lamentavelmente – um relativismo que vai na contramão de tudo o que a Igreja ensina sobre o assunto.

O título deste post é o primeiro verso de um poema barroco escrito (se a memória não me trai) por Gregório de Matos. Fala sobre a vaidade, fazendo o eu-lírico dirigir-se a um tal de Fábio; não considero de todo impossível que o irreverente Boca do Inferno possa ter tido uma súbita iluminação profética e escrito, durante o nosso Barroco, especificamente para este Fábio que, atualmente, empenha-se em minimizar a importância da Fé Cristã para o mundo de hoje e em sabotar o cumprimento daquele mandamento de Nosso Senhor conforme o qual os cristãos devem ser sal da terra e luz do mundo. O poema barroco possui a sua gradação própria – rosa, planta, nau -, que revela simbolicamente esta característica da vaidade de inchar-se cada vez mais. Também assim o padre Fábio de Melo que, começando “somente” com um discurso meloso e romântico, passou a defender o mais vergonhoso irenismo religioso e, agora, dá os braços ao Movimento Gay e cerra fileiras com este contra a Igreja Católica.

“Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa, / de que vale, se aguarda sem defesa / penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?”. Assim termina o poema barroco lembrando que de nada vale envaidecer-se, porque todas essas coisas passam: a nau bate nas rochas e naufraga, a planta é derrubada pelo machado e a rosa fenece quando chega a tarde. Bem faria o pe. Fábio de Melo se meditasse neste antigo soneto! Acrescentando também ao testemunho dele aquelas outras palavras – de muito maior autoridade – que nós lemos no livro do Eclesiastes: “vaidade das vaidades, é tudo vaidade”.

Protestos, credulidade e teorias da conspiração

Hoje eu estou, ao mesmo tempo, muito cético e muito afeito a teorias conspiratórias. Como eu comentei ontem, fora publicado no site da ABGLT um convite para um “evento” de protesto que incluiria a queima de um exemplar da Bíblia Sagrada. O evento – que a entidade posteriormente classificou como um ataque hacker – estava marcado para ontem à tarde e obviamente provocou a indignação de muita gente.

Os fatos são os seguintes: o tal aviso mudou, saiu e voltou pelo menos três vezes do site da ABGLT entre a terça e a quarta-feira. “Protestos” de militantes gays tremendamente ofensivos a símbolos sagrados do Cristianismo são a coisa mais banal e corriqueira do mundo. A capacidade de vitimização dos gayzistas ultrapassa todas as medidas da razoabilidade. A ABGLT foi à imprensa alardear ter sido hackeada. Assim sendo, a dúvida é perfeitamente legítima: a que tipo de militante – hacker ou não – interessa mais plantar uma notícia falsa (mas verossímil) no site de uma conhecida associação gay brasileira que, depois, vai usar o fato para se fazer mais uma vez de vítima, para acusar mais uma vez os seus opositores e para “demonstrar” a “homofobia” vigente em nossa sociedade – que exigiria a imediata distribuição do kit-gay nas escolas e a aprovação sem demora da lei da Mordaça Gay? A um “conservador”, ou a um gayzista? Sim, o meu álter-ego conspiratório exige que eu lance a dúvida.

Voltemos ao dia de ontem! Logo no início da tarde, começou-se a divulgar (via blogs e Twitter) que os militantes homossexuais estavam queimando bíblias dentro da UnB – de novo, uma notícia perfeitamente verossímil. Veja-se, por exemplo, aqui, aqui, aqui e aqui. No entanto, agora – passadas já algumas horas do suposto evento – prevalece o meu lado cético: onde estão as fotos e os vídeos de semelhante protesto pirotécnico? Nenhum órgão de imprensa registrou o protesto, não havia um único fotógrafo, ninguém tinha um celular à mão? Não é razoável que ninguém tenha sido capaz de registrar este ato de “tolerância” homossexual, até porque todos foram orientados a fazê-lo.

Portanto, até que me apareçam os vídeos e fotos da manifestação piromaníaca gay de ontem, tal evento é boato. E aqui volta o meu lado conspiratório: a quem interessa divulgar esta mentira facilmente desmascarável contra os homossexuais? Aos cristãos, ou aos próprios militantes gays – que aliás já têm histórico de ridicularizar os que são contra o PLC 122?

E tudo isso aconteceu ontem, porque ontem era o dia do protesto contra o PLC 122/2006 que reuniu milhares de católicos e protestantes em frente ao Congresso Nacional. O Jornal Nacional, ao menos, noticiou à noite: tanto o protesto quanto a entrega de um milhão de assinaturas contra o PLC 122/2006. No entanto, durante o dia, a repercussão deste evento (real) foi, de certo modo, sufocada pelos gritos de protesto contra queimas de bíblias que – em princípio – não ocorreram! É lamentável. Não dá para dizer de onde partiram os primeiros boatos. No entanto, uma coisa dá para dizer com certeza: esta história indubitavelmente beneficiou mais os revolucionários gayzistas do que os defensores da família. O Movimento Gay sem dúvidas saiu no lucro.

Governantes Brasileiros: de guardiões da vontade do povo a adestradores de animais

O PLC 122/2006 estava ontem na pauta de votação do Senado. A expectativa era a de que, hoje (Sexta-Feira…), amanhecêssemos homofóbicos.

Acho que não foi desta vez. A Agência Senado noticiou a aprovação de um debate sobre o malfadado projeto. Pelo que pude entender, “o momento e o formato adequado do debate” serão negociados posteriormente – e foi só assim que os senadores entraram em consenso. Aliás, praticamente o mesmo requerimento fora feito tanto pela Marta Suplicy quanto pelo Magno Malta; e reproduzo o teor de ambos (via IPCO, com os destaques lá colocados; a fonte primária está aqui) para comparação:

Senador Magno Malta e outros Senhores Senadores: “[…] requerem que seja feita audiência pública, COM ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL, destacando OAB, CNBB, e Conselhos de Líderes Religiosos Brasileiros, DENTRE OUTRAS […]”

Marta Suplicy “[…] Requeiro… … Audiência Pública… ESTA AUDIÊNCIA PÚBLICA TERÁ A PARTICIPAÇÃO DOS SEGUINTES CONVIDADOS: Michael Donald Kirby – Juiz aposentado da Suprema Corte Australiana; Jurista; Acadêmico; MARIA DO ROSÁRIO – SECRETÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA; ELLEN GRACIE – MINISTRA DO (STF); REPRESENTANTE DA – ABLGT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS; Representante da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. […]”

Seria engraçado se não fosse trágico: a senhora Suplicy quer um debate para o qual não sejam convidadas as partes discordantes! Um debate de cantilena monotônica, onde todos pensam praticamente a mesma coisa: apenas para dar um verniz de legitimidade e consenso à decisão ditatorial. Faz algum sentido realizar uma audiência pública sem convidar as partes que discordam do assunto debatido? Na cabeça da Marta Suplicy, não apenas faz sentido como também é exatamente isto que ela está requerendo! Se vivêssemos em um país sério, semelhante proposta faria a senadora corar de vergonha. Mas já vivemos sob uma ditadura velada, onde os poderes constituídos foram tomados por inimigos da Pátria – os quais zombam do povo com propostas como esta da senadora petista. A mulher é um verdadeiro suplício para o país!

Contrariando o costume, quero aproveitar a oportunidade para citar outros dois textos do Reinaldo Azevedo que julgo relevantes. O primeiro é este, de ontem, no qual o articulista da Veja rebate um texto do Hélio Schwartsman (da Folha de São Paulo). O segundo é este, onde o Reinaldo apresenta um vídeo do Jean Wyllys contra a realização de um plebiscito – uma vez que “um povo ignorante o bastante para dar a vitória a Wyllys no BBB e para elegê-lo deputado não pode, segundo ele próprio, decidir certos temas em plebiscito”.

Afinal, às favas com a vontade do povo! Quanto tempo falta para os brasileiros perceberem que os vigaristas habitantes do Planalto estão – descaradamente – agindo em relação ao povo como se fossem adestradores de animais, e não guardiões de sua vontade?

Atenção! Isto não se refere somente à lei da Mordaça Gay! Estamos falando de toda uma política consciente e constante de exaltação da sodomia, que se manifesta nas leis propostas ou aprovadas, nas jurisprudências absurdas que a Casa da Mãe Joana (o STF) firma, no espaço absurdo à imoralidade gay que é concedido nos meios de comunicação em massa (nos jornais mas também – e principalmente – na televisão, como p.ex. com o recente beijo lésbico do SBT, e também com toda a pletora de personagens gays “bonzinhos” com os quais a televisão anda infestada), na doutrinação da infância (p.ex., com o escândalo do kit gay), na (descarada) perseguição ideológica da Gaystapo, nas paradas da vergonha sodomita financiadas com dinheiro público, et cetera, et cetera, et cetera. É evidente, para além de qualquer possibilidade de dúvidas, de que há um movimento deliberado dos Poderes Públicos para enfiar a ideologia gay goela abaixo do povo brasileiro [p.s.: quem duvida, passe os olhos por este documento da Presidência da República / Secretaria Especial de Direitos Humanos]. E não podemos ficar parados.

O site do IPCO informa que, até o momento, “[j]á foram enviados 1.515.528 emails aos senadores pedindo o arquivamento do PLC 122/2006 ‘Lei da Homofobia'”. Continuemos mandando. Não fiquemos calados. Reproduzo aqui as coisas que podem – e devem – ser feitas:

a) Escreva emails de protesto agora mesmo: clique aqui.

b) Telefone. O “Alô Senado” é gratuito: 0800 61 22 11.

c) Faça-se presente. O Congresso é a “casa do povo” e, portanto, o acesso a ele é livre.

d) Reze. Vem por último, mas é o mais importante. Aqui, não há justificativas para se furtar. Reze. Faça penitência e implore ao Altíssimo misericórdia para a Pátria. Que Nossa Senhora Aparecida nos ajude. Que a Padroeira do Brasil salve a Terra de Santa Cruz.

Não desanimemos. Não deixemos de nos manifestar. Não permitamos que a tirania seja exercida por inércia de nossa parte. Ser-nos-á motivo de vergonha e fonte de muitas tribulações se os ímpios triunfarem – à revelia da vontade conhecida da maioria população brasileira – por pura apatia de nossa parte.