É proibido pensar

[Feito por um protestante, e só tem graça com som. Aos 1:34, o “estão distantes do trono, caçadores de Deus” vale o vídeo! A letra pode ser encontrada no Vagalume. É oportuno recordar as palavras de Nosso Senhor nos Evangelhos: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir” (Mt 12, 25b). E que o sr. João Alexandre, tendo já recebido a graça de ver com clareza as profundas divisões existentes no mundo protestante, possa, por intercessão da Virgem Santíssima, encontrar a verdadeira Igreja de Nosso Senhor.]

O juiz protestante e os crucifixos das repartições públicas

Excelente o texto do William Douglas, “juiz federal, professor, escritor, mestre em Direito – UGF, Especialista em Políticas Públicas e Governo – EPPG/UFRJ”, publicado pelo Consultor Jurídico: Ação contra crucifixos mostra intolerância. Registre-se, aliás, logo de começo, que ele próprio não é católico. Este texto é um excelente exemplo de que é possível, mesmo sem ser católico, fugir à leviana interpretação da realidade – tão freqüente nos nossos dias! – segundo a qual o Estado não pode defender nada que a Igreja defenda, porque Ele é laico.

O juiz critica esta concepção de mundo nonsense muito melhor do que eu, ao dizer que “a laicidade não se expressa na eliminação dos símbolos religiosos, e sim na tolerância aos mesmos”. E devolve com maestria: “o pensamento deletério e a ser combatido é a intolerância religiosa, que se expressa quando alguém desrespeita ou se incomoda com a opção e o sentimento religioso alheios, o que inclui querer eliminar os símbolos religiosos”. Isto, sim, é uma lufada de bom senso no meio jurídico brasileiro, um lampejo de esperança no meio da fúria laicista.

Registre-se mais uma vez: ele não é católico e, ao contrário, é protestante iconoclasta. Pois chega ao ponto de dizer que o crucifixo, segundo a sua linha religiosa, é… um ídolo! Um ídolo, numa imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo! O absurdo da posição só confere mais valor ao seu parecer. Ele obviamente não está advogando em causa própria (acusação leviana amiúde lançada aos católicos), porque o crucifixo é, para a religião dele, muito mais abominável do que para os anti-clericais. Ofende-lhe muito mais do que aos laicistas mimados. No entanto, ele consegue enxergar com clareza a intolerância dos sem-religião.

E vai mais além, porque vai ao cerne do problema ao identificar o ateísmo com uma crença (como, aliás, já cansei de falar aqui): “A recusa à existência de Deus, a qualquer religião ou forma de culto a uma divindade não é uma opção neutra, mas transformou-se numa nova modalidade religiosa. […] A eliminação dos símbolos religiosos atende aos desejos de uma vertente religiosa perfeitamente identificada, e o Estado não pode optar por uma religião em detrimento de outras”. A clareza da posição me alegra sobremaneira: não é mais um católico fundamentalista que está falando isso para meia dúzia de leitores de seu blog, e sim um juiz federal protestante no Consultor Jurídico.

“Excluir símbolos é fazer o Estado optar por quem não crê. A laicidade aceita todas as religiões ao invés de persegui-las ou tentar reduzi-las a espaços privados, como se o espaço público fosse privilégio ou propriedade de quem se incomoda com a fé alheia”. Oxalá este entendimento estivesse mais disseminado no meio jurídico brasileiro! É lamentável que pensamentos como o do dr. William Douglas sejam minoritários. Enquanto isso, teremos que suportar as aberrações do Estado anti-teísta. Até quando…?

Os ateus. A lei seca. Calvino

– O pessoal da UNA é engraçado. Após eu ter atacado ontem aqui um artigo nonsense sobre a nova encíclica do Papa, fui twittado pelo @UNABr, numa mensagem que, curiosamente, eles apagaram agora, e dizia alguma coisa como “não é a primeira vez que o católico fanático @jorgeferraz critica a UNA com argumentos sem sentido”.

Prontamente respondi-lhes dizendo que tampouco era a primeira vez que a UNA publicava coisas sem sentido para atacar a Igreja. Mandaram-me ler o editorial do blog, dizendo que só atacavam a Igreja “qdo ela dá motivo pra isso”. Respondi: “quando Ela não dá motivo, vocês simplesmente inventam, como foi o caso das duas vezes em que citei a UNA”. Disseram que a “ICAR n tem moral p falar de etica” e mandaram-me ver o documentário que eles tinham postado: trata-se de velharia (aqui, em texto, na BBC) já devidamente refutada há muito tempo (aqui, aqui e aqui), coisa que respondi incontinenti. Para minha surpresa, disseram-me ser “óbvio q o vaticano iria acusar o documentario de falseabilidade”, como se não fosse muito mais óbvio que anti-clericais sem senso moral iriam inventar calúnias contra a Igreja: a defesa d’Ela é simplesmente descartada por ser “da Igreja”, ao passo em que o documentário comprovadamente calunioso é tomado como verdade absoluta, talvez por ser da infalível BBC.

Respondi, em tom irônico: Vai ver, quem tem moral para falar de Ética são os paladinos da UNA, né, os seus textos cheios de “coesão e coerência”… Acho que foi a gota d’água. Em um surto de humildade megalomaníaca, recebi a resposta: “Sim, sou muito mais ético do que qqer padre.  E típico dos religiosos, vc ja começou com as ofensas. Olhe-se no espelho”. E, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, recebo a sentença: “Em três posts, o fanático católico @jorgeferraz já demonstrou ser um TROLL com ofensas, N alimento trolls. Bloqueado”.

Agora, é engraçado. O pessoal despeja porcaria na internet, em público, e fica melindrado quando eu chamo a coisa pelo nome e mostro o nível do anti-clericalismo tupiniquim. O pessoal me twitta e dá xilique quando eu respondo. Vai entender…

* * *

– Entre Milão e Turim, um padre italiano teve a sua carteira de motorista retida porque não passou no bafômetro. “Ele testou positivo para 0,8 grama de álcool por litro de sangue, enquanto o permitido pela legislação italiana é de 0,5”. O padre havia celebrado quatro missas. No ano passado, falei contra a “Lei Seca” brasileira aqui no Deus lo Vult!, citando inclusive o exemplo dos sacerdotes que precisavam tomar o Sangue de Cristo no altar da Santa Missa. Parece que não é só nesta Terra de Santa Cruz que os padres precisam correr riscos no cumprimento de suas obrigações ministeriais.

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Via Gustavo Souza: L’Osservatore Romano e Calvino. O jornal oficioso do Vaticano está ficando cada vez pior! É o péssimo artigo do mons. Fisichella lançando confusão entre o movimento pró-vida mundial, são as loas ao presidente abortista dos Estados Unidos da América e, agora, como se não bastasse, decide L’Osservatore publicar panegíricos a um heresiarca!

O texto original, publicado na última sexta-feira, está disponível aqui. Até pensei em traduzi-lo, mas me faltou estômago. Após ler que o protestante francês não suportava, nas igrejas católicas,  as “immagini troppo venerate, reliquie dubbie, nelle quali vedeva non senza ragione una ricaduta nell’idolatria” e que “[l]’organizzazione calvinista è una creazione geniale”, achei melhor deixar para lá. Talvez já esteja mais do que na hora de enviarmos protestos sérios ao Osservatore Romano.

Três curtas

Metade do Brasil será evangélica? É a pergunta feita por ÉPOCA. “Em 1960, os evangélicos eram apenas 4% da população. Hoje, na falta de estatísticas recentes, estima-se que sejam quase 24%. Agora os estudiosos do Sepal preveem que em 12 anos essa proporção poderá dobrar”. Sinceramente, eu não acho que isso seja uma novidade preocupante. O Brasil não é um país de maioria católica, é um país onde a maioria das pessoas é batizada; são duas coisas muito diferentes.

A pobreza teológica do protestantismo faz com que seja impossível que o número de protestantes “cresça”. O que pode acontecer – e, a meu ver, é exatamente o que está acontecendo – é que haja um “inchaço”, digamos assim, no número de protestantes. A reportagem fala no surgimento de “evangélicos não praticantes”; juntando-se a estes os “mal praticantes” [i.e., adeptos de teologias da prosperidade et caterva], o que temos é um grande número de “religiosidade de superfície”, sem raízes, sem profundidade, sem efeito algum. São agnósticos de paletó, que vivem como se Deus não existisse. “Os evangélicos adotaram regras menos rígidas e passaram a buscar a religião não só como forma de subir aos céus, mas também de alcançar a prosperidade”, diz ÉPOCA. Ora, isso não é propriamente um maior número de protestantes, e sim um igual número de “self-servicers” [aquelas pessoas que escolhem, dentre os preceitos de cada religião, o que lhe apraz] usando chapéu de protestante. Na verdade, de um católico self-service para um protestante self-service, a mudança é mínima. Mudar de um para outro é não mudar praticamente nada.

Professora é acusada de aliciar alunas em escola na zona leste de SP, diz a Folha de São Paulo. “Segundo a polícia, dez alunas de uma mesma sala, entre 14 e 16 anos, confirmaram em depoimento que participavam de festas e passeios com as duas [uma professora e uma estagiária] e que normalmente “ficavam” entre si. O grupo tinha até uma comunidade em um site de relacionamentos”. Alguma surpresa? Se a política do Governo é a de impôr o gayzismo nas escolas, como podem as pessoas se espantar quando as professoras desejam fazer uma, digamos, aula prática extra-curricular da política oficial do ensino público? Hoje em dia, quando ser “bi” está na moda – João do Morro diria que hoje em dia o mundo é gay – e o “gay-way-of-life” é envolto em glamour, poderíamos esperar alguma coisa diferente? Aliás, no caso noticiado pela Folha, não houve violência: as menores foram por livre e espontânea vontade. Em perfeita consonância, portanto, com o Gayzismo, não?

Enquanto isso, alguns irresponsáveis levam crianças de colo para o meio das brigas da Parada Gay de São Paulo (o “supervisor de atendimento médico da Parada” disse que “houve um aumento no número de brigas e ocorrências similares neste ano”…). Estes pais e mães poderão acaso se escandalizar quando, aos quinze anos, as suas filhas – criadas no meio da imoralidade gay desde a mais tenra idade – resolverem “ficar” entre si?

A Igreja e os padres, artigo do pe. Ivanor Macieski. Publicado n’O Povo, jornal de Fortaleza, o público do artigo é bem amplo, e certamente passa longe do católico bem-formado. Achei, no entanto, interessante a menção da seguinte estatística na mídia laica: “Algumas questões que tocam a realidade dos padres. Primeiramente o fato da diminuição do número de padres, diante do crescimento da população. Somos em torno de 407 mil padres no mundo todo. Outro dado é o envelhecimento dos padres. A idade média está mais alta, principalmente na Europa. Outra questão é uma certa campanha feita na mídia para desmoralizar os padres. Os dados dizem totalmente o contrário: 96% dos padres cumprem com zelo e dignidade sua missão”. É coisa rara ver um artigo desses [não é excelente, mas, nas atuais conjunturas…] publicado na mídia secular. Aproveitemos.

Miscelânea de assuntos ligeiros

– Iconoclastia no Ceará: uma senhora invadiu uma igreja e, munida de um paralelepípedo, “destruiu 18 imagens sacras, sendo três delas do século XVIII, além de sete quadros da Via-Sacra”. Curiosidade da notícia: a mulher “afirmou para os PMs que havia feito uma promessa” de destruir os santos. E eu que sempre achei que fazer promessas era coisa de católicos idólatras…

– O Reinaldo Azevedo fez, na última sexta-feira, um bom comentário sobre a loucura da política de cotas desgraçadamente adotada pelo governo brasileiro. E ele foi a um dos [na minha opinião] pontos mais críticos do problema:

Nenhum deputado quis propor recurso para que a proposta tivesse de passar pelo plenário da Câmara. A razão é simples e óbvia: algum jornal se lembraria de brindar a vítima com um título mais ou menos assim: “Fulano recorre contra cota para deficientes”. Ninguém quer passar por inimigo de deficientes.

E é assim que a vaca vai para o brejo: é o politicamente correto que impede as pessoas de agirem de acordo com as suas convicções. Não existe nenhuma relação entre ser inimigo de deficientes e achar que o acesso aos níveis superiores de educação deve ser obtido por mérito, e não por outra característica qualquer que, em si, não traz méritos nem deméritos, como a cor da pele, a renda da família ou a posse de deficiências. Mas ai de quem precisar se explicar frente à opinião pública raivosa quanto a isso…

– A dupla de homossexuais que, na semana passada, deu à luz gêmeos em São Paulo [p.s.: quero dizer, a mulher que foi inseminada artificialmente com um óvulo da companheira fecundado pelo esperma de sabe-se lá quem e deu à luz – obrigado, anonimo], quer registrar o casal de crianças com duas mães na certidão de nascimento. Volto a perguntar: esta sandice é juridicamente possível? Outra coisa: o reconhecimento da tutela dessas duas crianças pela dupla não abre precedentes para que duplas de homossexuais possam adotar crianças? E será que não é exatamente isso que se está tentando obter com todo este estardalhaço feito em torno do caso? O outro lado da moeda: o Conselho Tutelar não pode retirar a guarda do casal de crianças da dupla de homossexuais, argumentando que o ambiente no qual estas crianças vão se desenvolver é inadequado e, aliás, seria determinante para negar uma autorização de adoção?

– Papa na ordenação de 19 sacerdotes: mundo contamina também a Igreja. Os grifos são meus:

«O mundo não quer conhecer Deus e escutar seus ministros, pois isto o poria em crise», declarou [o Papa].

O mundo, disse, insistindo no sentido evangélico deste termo, «insidia também à Igreja, contagiando seus membros e os próprios ministros ordenados».

[…]

Para poder tender à entrega total a Deus, à santidade, o Papa recomendou aos novos sacerdotes vida de oração, «antes de tudo, na santa missa cotidiana».

Que o Deus Altíssimo nos conceda sempre santos sacerdotes, inimigos do mundo, amigos da Cruz de Cristo – amigos da Santa Missa.

OFF – Igreja Internacional

Isso aqui não pode ser sério, tem que ser piada. É uma mensagem de um garoto de treze anos, publicada no blog – ao que parece – da “Igreja Internacional” (confesso que não sei o que é), mantido pelo sr. Silas Adoniran Fonseca, que é “[p]alestrante, cantor gospel, instrumentista, ex-álcoolatra, ex-assaltante e curado de um câncer no fígado”. A mensagem pode ser lida aqui.

Resumindo a história: o pai do garoto estava missionando na guerra do Iraque, avistou um soldado americano morto com um notebook, pegou o aparelho e deu de presente para o filho. Uma verdadeira máquina: pegava internet “via satélite”, tinha “carregador solar” e a bateria durava vinte e quatro horas. Portentoso. Contudo, o garoto sonhou uma noite com o soldado morto, que falou com ele “por bastante tempo” sem que, no entanto, o menino tenha entendido nada, porque não sabia inglês. Contou ao pai do sonho, que ficou assustado e marcou um batismo para ele e para o notebook. Termino com as palavras do garoto: “Entrei na piscina junto com o computador, saí de lá de alma lavada e nunca mais sonhei com o soldado morto. O notebook também nunca mais funcionou”.

Esta carta está marcada no blog como “Testemunhos de Fé”; clicando, encontrei um outro testemunho de um sujeito que sofria de hemorróidas [não vou colocar o link porque não vale a pena; não é um humor tão bom quando o do garoto e do notebook], o que só confirma a minha suspeita de que o blog foi criado para debochar do protestantismo. A sátira, que em alguns pontos é chula [mormente nos comentários], tem uns arroubos de criatividade que fazem com que se ria um pouco. Como a história do garoto que começou a beber com os amigos da faculdade “por causa de uma menina boêmia, que acompanhava o grupo. Ela nunca me deu bola, eu ficava ali bebendo e conversando com esperanças que ela reparasse em mim. Acabei me tornando um álcoolatra”…

Mas a crítica é pesada em alguns momentos. Como na história de um pastor – acho que o próprio Silas autor do blog – que se envolveu com uma menina da igreja [atenção, expressões chulas] e terminou engravidando-a, e depois forçou-a a abortar. Termina o testemunho do pastor:

Hoje em dia, graças ao bom Jesus, me libertei desta garota. Ela já tem 20 anos, saiu da igreja e se envolveu com uns rapazes. Casou-se e agora é dona de casa. Vive na miséria, andando de bicicleta pra cima e pra baixo. Sempre que a vejo, passo dando risada dentro do meu carro.

Não há nenhuma informação no blog sobre o seu caráter satírico. Neste momento, ele é o oitavo blog no Top-100 do WordPress. A julgar pelo que acontece aqui no Deus lo Vult! quando surgem leitores que “caem de pára-quedas”, não estou certo de que todos sejam capazes de identificar a (por vezes) sutil ironia do blog da Igreja Internacional. Não duvido que comecem a citar “causos” do blog como exemplos de fanatismo religioso…

En Passant

O “Pacientes na Tribulação” resolveu escrever contra um artigo do Veritatis Splendor – artigo este, aliás, que foi posteriormente tirado do ar pelo próprio VS. Não tenho tempo para me meter na polêmica agora [ainda tenho, aliás, algumas pendências com os senhores Sandro Pontes e Felipe Coelho aqui, das quais não me esqueci]; gostaria somente de registrar o ocorrido e comentar uma frase feita nos comentários. O autor do blog disse o seguinte:

Quando os protestantes falam em “Roma”, eles querem atacar a Igreja Católica enquanto instituição. Quando um tradicional usa o termo “Roma modernista”, ainda que impróprio, refere-se aos modernistas infiltrados na Santa Igreja de Roma.

E isso não me parece uma diferença lá muito grande, porque também os protestantes não atacam “a Igreja em Si” com a clareza de consciência de que o estão fazendo, e sim a Igreja Católica que, para eles, não é a Igreja de Cristo. Pari passu, quando os “tradicionalistas” atacam o Papa [que, para alguns, não é o Vigário de Cristo…], a semelhança [antes que comecem os protestos, uso o termo “semelhança” de propósito, a “igualdade” preferindo-o] é evidente.

– Na Argentina [a notícia tem um mês mas eu ainda não comentei sobre o assunto aqui] segue o processo de descristianização da sociedade por meio da campanha de apostasia coletiva promovida no país. Os inimigos da Igreja que, antes, agiam de maneira sutil, envenenando a cultura, promovendo anti-valores nos meios de comunicação, debochando dos religiosos, etc., agora saem às ruas para, às claras, falar em apostasia e em repúdio formal à Igreja de Nosso Senhor.

A campanha de apostasia em andamento na Argentina foi lançada no dia 7 de março com o slogan “Não em meu nome!”. O objetivo é fazer chegar á Igreja católica argentina o maior número de pedidos de apostasia. A este propósito foi criado um site onde os interessados a pedir a apostasia podem baixar e preencher uma carta endereçadas às autoridades eclesiásticas.

Deus tenha piedade da Argentina.

Missas suspensas em Cidade do México, por causa da gripe suína; o México confirmou a oitava morte. Os colégios estão fechados, mas as igrejas não: os fiéis podem continuar a rezar nelas, caso o desejem. Não entendo, portanto, o motivo da suspensão das celebrações; da última vez que isso aconteceu no México, os motivos eram mais sérios e, os resultados, foram mais trágicos [aliás, vale muito a pena – recomendo enfaticamente – ver um velho cristero falando sobre “el gobierno cabrón” e cantando Viva Cristo Rei!]. Que Nossa Senhora de Guadalupe proteja o México: Santa Maria de Guadalupe, a ti rogamos proteção e amparo, para que em breve vençamos essa epidemia que afligiu o nosso país, pois tu nos amas com um afeto especial. Com o teu cuidado maternal velas sobre nós e com a tua intercessão maternal estás sempre disponível para nós.

Garota em São Paulo está grávida da namorada; lesbianismo, dupla de homossexuais cuidando de crianças, fecundação artificial heteróloga, barriga de aluguel: um verdadeiro compêndio de imoralidades e de ofensas à lei de Deus. Segundo a notícia dada por Jamildo, o que as duas querem “é sair da maternidade juntas, com um documento que permita registrar as crianças no cartório com o sobrenome de cada uma e o nome das duas mães na certidão de nascimento”; acaso isso é permitido no Brasil?! Ontem à noite, nasceram os gêmeos. Diante das câmeras. Sob o entusiasmo dos gayzistas de todos os naipes. Tenha Deus misericórdia de nós todos.

Suécia, Recife, Brasília

Suécia legaliza o “casamento gay”. Segundo a notícia, a “união civil” entre pessoas do mesmo sexo era já permitida e, agora, o que foi aprovado foi o “casamento” formal. Não sei as distinções jurídicas específicas entre as duas coisas, mas gostaria de dizer que 1. o resultado da votação [261 votos a 22] é vergonhoso e preocupante, 2. ao menos a lei (ainda! Ainda!) “não obriga os clérigos que discordam dela a celebrarem os casamentos”, 3. a Igreja Luterana Sueca “disse que está aberta a celebrar e a registrar uniões do mesmo sexo”, dando mais uma vez eloqüente testemunho da degradação moral até onde se chega longe de Roma, e 4. não entendo o motivo de “Gays faze[re]m ato pelo uso da camisinha”, como é mostrado na foto…

– O Diário de Pernambuco daqui da terrinha publicou uma matéria em defesa do aborto legal: as pessoas começam a tomar posições mais claras, e as defesas antes veladas agora são impressas e publicadas à luz do dia. Vale lembrar que não existe aborto legal no país, ao contrário do que diz a reportagem. É uma lástima que os hospitais recebam dinheiro do SUS para assassinar crianças; mas é reconfortante saber que “profissionais de saúde de hospitais públicos que oferecem o serviço de aborto legal recusam-se a realizar o procedimento”. A sanha assassina do governo não é compartilhada pelos cidadãos; estes recusam-se a entorpecer a sua consciência com argumentos falaciosos mil, e sabem que o “não matarás” que carregam inscrito no coração é indelével.

– É uma coisa impressionante encontrar uma notícia dessas na grande mídia e, portanto, gostaria somente de registrar aqui: Dilma e sua trupe planejavam seqüestrar o (então) Ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto, segundo afirma o Josias de Souza no seu blog. A ex-terrorista nega peremptoriamente. E, aliás, acho bem provável que quase ninguém dê bola para isso…

Comentando um comentário

O sr. Nelson Gomes deixou um extenso comentário aqui ontem à noite, sobre assuntos os mais diversos, mas que podem ser resumidos à eterna lenga-lenga que os filhos de Lutero não cansam de vomitar contra os filhos de Deus. Cumpre dar algumas respostas – rápidas, mais verdadeiras – ao protestante.

Estudando a Babilônia verifiquei que as raízes de certas religioões são babilônicas. Uso de velas, imagens, ramos de vegetais, adoração à vários deuses (politeismo), inimizade com os monoteistas, comunicação com os mortos ( fazer petições a quem está morto).

A despeito de não dar nome aos bois (em atitude inclusive bem covarde, diga-se de passagem), o sr. Nelson provavelmente está se referindo à Igreja Católica. Contra isso, vale dizer que

  1. quanto às velas, os próprios judeus já as utilizavam;
  2. quanto às imagens, idem;
  3. quanto aos “ramos de vegetais”, não faço idéia do que ele esteja falando;
  4. quanto à “adoração à (sic) vários deuses”, a Igreja condena o paganismo e a veneração aos santos não se confunde com o politeísmo;
  5. quanto à “inimizade com os monoteistas”, tampouco faço idéia do que ele esteja falando;
  6. quanto à comunicação com os mortos, a necromancia é proibida pela igreja, mas não os pedidos de intercessão aos santos de Deus.

Note-se que são despejadas em profusão as montanhas de calúnias baratas, de insinuações maliciosas que, sem acusar diretamente (dada a impossibilidade de se sustentar honestamente as acusações diante dos fatos), servem no entanto de rótulo negativo (gratuito, é sempre bom frisar) à Igreja Católica já no começo do comentário, predispondo o leitor a olhar com antipatia para Ela. Mas não vou perder meu tempo na refutação destes ataques que já estão caducos de tão velhos, e cujas respostas podem ser facilmente encontradas à profusão por quem tiver boa vontade. Vamos ao resto do comentário do sr. Nelson.

Veja a imagem de JESUS na cruz ensanguentado. Você teria a imagem de um ser querido seu, de um filho, um pai, uma mãe, etc. numa situação dessas?. Será que DEUS gosta? Principalmente porque ELE proibiu imagens?

Sabe quem gosta de tal imagem? Quem gosta é o diabo. Esta imagem representa o momento agradável para o diabo. quando ele viu o FILHO DE DEUS sendo humilhado e torturado numa cruz.

Já comentei aqui em outra ocasião sobre a repulsa à Cruz de Cristo. Vale, no entanto, lembrar mais uma vez que nós, católicos, “pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos -, força de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor 1, 23-24). Vale também lembrar que a Cruz de Cristo é a nossa Glória e, à semelhança do Apóstolo, cada católico sempre se esforça para dizer também: “não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6, 14). A Cruz é o Trono de Cristo, é a Sua – e nossa! – vitória sobre o pecado e sobre a morte. O diabo tem horror à Cruz. Não é de se espantar, portanto, que os seus filhos também não suportem a imagem de Cristo Crucificado.

Nós evangélicos sabemos que JESUS está vivo e que todo poder, toda honra e toda glória foram entregues a ELE por seu PAI.

Nós, católicos, também sabemos isso, e sabemos mais e melhor do que estes que se dizem “evangélicos” mas não seguem o Evangelho de Nosso Senhor.

Por isso damos a ELE a glória merecida

Mentira, não dão. Os protestantes não têm a Santa Missa e, portanto, não oferecem a Deus o Sacrifício Perfeito do qual Ele é digno.

Não damos glórias as criaturas.

E, por isso, afastam-se de Nosso Senhor, que disse a Deus Pai: “Neles [nos Apóstolos] sou glorificado. (…) Dei-lhes a glória que me deste” (Jo 17, 10. 22). A glória dada aos santos – obras de Deus – redunda na glória a Deus, Autor das obras, em Quem os santos são santos. Na verdade, os protestantes “desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras” (Sb 2, 22).

Não adoramos Maria mãe de JESUS, ela é santa, irá morar com DEUS.

Maria é Santíssima e já mora com Deus, de Quem Ela nunca Se separou.

E nós também não adoramos Maria, óbvio. Nós A veneramos.

Mentem quem diz que não amamos a Maria. Ela é nossa irmão e iremos morar com a mesma quando JESUS CRISTO vier buscar os salvos que desprezaram a idolatria e os costumes pagãos.

Aqui, está uma das maiores e mais perniciosas mentiras dos filhos de Satanás. Dizem eles que amam a Maria; acontece que se recusam a manifestar-Lhe este seu “amor”.

A Virgem Santíssima disse: “desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações” (Lc 1, 48b). Os ditos “evangélicos” recusam-se a proclamar a bem-aventurança de Maria Santíssima, e isso é ofendê-La, pois é negar-Lhe algo que Lhe compete por direito.

A ofensa direta não é a única ofensa possível. A indiferença também é ofensa. Se tratarmos a nossa mãe, por exemplo, como tratamos qualquer outra mulher, isso é ofensivo à nossa mãe, porque ela merece ser honrada pelos seus filhos. Se chegarmos diante de uma rainha ou outra autoridade terrena qualquer e agirmos como se ela não estivesse presente, como se ela fosse “qualquer mulher”, isso também é ofendê-La. Se, diante de nossa mãe natural ou de alguma autoridade terrestre, não ousaríamos negar-lhes aquilo que lhes compete por direito, como poderemos negar à Mãe de Deus e nossa também, à Rainha dos Céus e da Terra, a veneração à qual Ela tem direito, a honra da qual Ela é digna? Como alguém pode tratar com uma solene indiferença (que esconde um secreto desprezo) a Virgem Santíssima e, mesmo assim, abrir a boca para dizer que não A ofende e, ao contrário, ama-A?

Todos os protestantes, todos, sem exceção, ofendem a Virgem Santíssima, ofendem a Mãe de Deus e, por conseguinte, ofendem o próprio Deus. Por mais que eles neguem e por mais que digam que A amam – não amam, porque as suas atitudes [e sua falta de atitudes] demonstram exatamente o contrário. Que eles abram os olhos enquanto é tempo; quanto a nós, católicos, continuemos cantando as glórias de Maria Santíssima, a fim de que Deus seja glorificado em Sua Mãe Imaculada, a fim de que os pecadores se convertam, e a fim de que eles e nós – permita-o Deus! – alcancemos um dia a bem-aventurança do convívio dos Santos na Eternidade.

Divulgação de obra apologética

Recebi por email a informação de que o sr. Fernando Nascimento, autor do cordel aqui reproduzido em fins do ano passado, escreveu um texto contra um pseudo-documentário protestante chamando “O Estado do Vaticano”. A extensa e valiosa obra apologética está aqui disponível.

É com muito prazer que divulgo, agradecendo imensamente quer ao autor da obra (que daria facilmente um livro), quer ao remetente do email que me fez a gentileza de informar sobre o assunto. Que a Virgem Santíssima, inimiga de todas as heresias, possa abençoá-los em abundância, e conservá-los sempre firmes na Fé Católica e Apostólica, sem a qual é impossível agradar a Deus.