Bem-aventurada Albertina Berkenbrok

Em 1952, na mesma capela onde Albertina recebeu a primeira comunhão, reúne-se o Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Florianópolis para dar início ao processo de sua beatificação e canonização; de fato, a essa arquidiocese pertencia então a paróquia de Vargem do Cedro. Posteriormente, com a divisão da arquidiocese e a criação da Diocese de Tubarão, é o primeiro bispo de Tubarão, Dom Anselmo Pietrulla, OFM, que leva adiante a causa. Obedecendo às determinações das leis da Igreja, em 1956 é feito um processo complementar. Infelizmente, por uma série de circunstâncias, de 1959 em diante o processo de Albertina interrompe-se e interrompido fica até o ano 2000.

Apesar disso, a fama de martírio e santidade de Albertina, bem como a devoção do povo para com ela, não cessaram. Em maio de 2000, o terceiro bispo de Tubarão, Dom Hilário Moser, SDB, retomou o processo. Nomeou postulador da causa de beatificação e canonização de Albertina, Fr. Paolo Lombardo, OFM, de Roma. O postulador veio a Tubarão em maio do mesmo ano, quando foi possível dar os primeiros passos concretos no sentido de retomar o processo.

[…]

ALBERTINA FOI BEATIFICADA em Solene celebração Eucaristica no dia 20 de Outubro de 2007 em frente a Catedral Diocesana de Tubarão. Presidiu a Cerimônia o Cardeal Saraiva – prefeito para a causa dos Santos.

BeataAlbertina.com
[cf. tb. BeataAlbertina.net]

Hoje é o dia da Bem-Aventurada Albertina Berkenbrok. Morreu jovem, e morreu defendendo a sua virgindade. Que ela interceda por nós, nestes tempos em que os valores pelos quais ela deu a vida são tão desprezados.

Fé e Política: EUA, Brasil, Roma

– Declaração de Manhattan: uma chamada para que os cristãos defendam, como cidadãos, as suas idéias. 152 líderes religiosos de três confissões cristãs (católicos, ortodoxos e protestantes) assinaram o documento. Os cristãos são encorajados a não abdicarem do debate público sobre temas como a vida, o matrimônio, a liberdade religiosa e a objeção de consciência.

A íntegra do documento (em inglês) pode ser encontrada aqui. O pe. Eugenio Maria, FMDJ, escreveu um artigo com os principais pontos da declaração. Seria imaginável uma coisa parecida no Brasil?

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– Sim, é imaginável uma coisa parecida no Brasil, embora com todas as limitações desgraçadamente impostas pela nossa realidade eclesial. E saiu da pena do Arcebispo Emérito de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, em carta sobre a publicação do Catecismo Contra o Aborto. Será Goiana a Manhattan tupiniquim? Sua Excelência escreve: “Os cidadãos honestos não podem colaborar – através de seu voto democrático – nesta tragédia[,] colaborando para conferir cargos públicos a candidatos que defendam o aborto, o divórcio e outras violações da Lei de Deus. Tais candidatos não podem representar os católicos ou cristãos ou qualquer cidadão honesto”.

Clareza de palavras que faz muita falta nos nossos dias. Desgraçadamente, parte considerável do nosso clero é completamente alheia às questões políticas que realmente importam, e prefere matar a Fé na alma dos cristãos por meio do insidioso veneno esquerdista da Teologia da Libertação que, ferida mortalmente pela sua esterilidade e pela condenação do Magistério da Igreja, recusa-se a morrer e insiste em levar consigo para o Inferno tantas almas quantas conseguir enlaçar, sob o olhar indiferente ou cúmplice das sentinelas que deveriam velar pelo Povo de Deus a elas confiado. É lamentável.

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– Teologia da Libertação que, aliás, foi mais uma vez criticada pelo Papa Bento XVI, em discurso aos bispos do sul do país na visita ad limina. Ecoa de Roma o grito dos católicos que não querem senão ser católicos de verdade. Vem da Cidade Eterna o socorro aos fiéis católicos brasileiros que estão como ovelhas sem pastor – ou como ovelhas “pastoreadas” por lobos.

Vem de Pedro! “[V]ale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo. As suas seqüelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida”.

Que ouçam a voz do Papa. Que escutem o Pastor Angélico. Que sigam o Vigário de Cristo. Para que esta Terra de Santa Cruz possa honrar o seu “nome de batismo” – nome, aliás, evocado pelo Papa no discurso acima citado: que “o perdão oferecido e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim à tribulação da querida Igreja que peregrina nas Terras de Santa Cruz”.

Sobre a pureza – Santa Teresa dos Andes

[recebido por email]

Orientações de Nossa Senhora para a pureza a Santa Teresa de los Andes

Estou na meditação. Nosso Senhor me disse que meditasse sobre a pureza da Virgem. Ela, sem dizer-me nada, começou a falar. Eu não conheci a sua voz e perguntei se era Jesus. Ela me respondeu que Nosso Senhor estava dentro de minha alma, porém que Ela me falava.

Disse-me que escrevesse o que me dizia acerca da pureza.

Ser pura no pensamento: quer dizer, que rechaçasse todo pensamento que não fosse de Deus, para que assim vivesse constantemente em sua presença. Para isso devia procurar não ter afeto a nenhuma criatura.

Ser pura em meus desejos, de tal modo que só desejasse ser a cada dia mais de Deus; desejasse sua glória, ser santa e fazer minhas obras com perfeição. Para isto, não desejar nem honra nem louvores, mas desprezo, humilhação, pois assim agradava a Deus. Não desejar nem comodidades nem qualquer coisa que deleitasse meus sentidos. Não desejar nem comer nem dormir senão para servir melhor a Deus.

Ser pura em minhas obras. Abster-me de tudo o que possa manchar-me, do que não seja admitido por Deus, que quer minha santificação; fazê-las por Deus o melhor que possa, não para que me vissem as criaturas. Evitar toda palavra que não seja dita por Deus, por sua glória. Que em minhas conversas sempre colocasse Deus. Que não olhasse nada sem necessidade, mas para contemplar a Deus em suas obras. Que imaginasse que Deus me olhava sempre. Que me abstivesse daquilo que me agradava. Se tinha de comer, n[ã]o sentir prazer nisso, mas oferecê-lo a Deus, porque me era necessário para servi-lo melhor. Que mortificasse o tato não tocando sem necessidade em mim mesma nem em outra pessoa qualquer. Em uma palavra, que todo meu espírito estivesse submerso em Deus de tal maneira que me esquecesse inteiramente de meu corpo. A Virgem havia vivido assim desde que nasceu; porém lhe havia sido mais fácil, pois sempre esteve cheia da graça. Que fizesse tudo o que fosse de minha parte para imitá-la; pois assim Deus se uniria intimamente a mim. Que rezasse para consegui-lo. Assim refletiria a Deus em minha alma.

Diário 51.
(Diário e Cartas de Santa Teresa de los Andes, frei Patrício Sciadini, ocd. Página 114)