[Comentava hoje, com uns amigos, sobre esta poesia da sra. Ivone Fedeli, que eu já conhecia há alguns anos e que sempre achei belíssima.
Rainha da Guerra! É um título audaz para ser dado à Virgem Santíssima, que – salvo grande engano – não existe na tradição católica. Há a “Auxilium Christianorum” de Lepanto, há Nossa Senhora da Vitória, e há a Virgem “terribilis ut castrorum acies ordinata”. Não há a “Rainha da Guerra”. Mas o título não deixa de ser bonito.
Que a Virgem Santíssima nos auxilie sempre. Ajude-nos em nossas batalhas. Inflame-nos sempre de um santo zelo pelas coisas sagradas. Faça-nos cruzados, como Deus quer e o mundo precisa.
Fonte: Legado Montfort]
RONDÓ DA GUERRA
Minha Mãe, não me deis paz,
Não me deis paz nesta terra.
Neste mundo que vos faz
Constante e terrível guerra,
Dai-me a guerra e não a paz.
Dai-me sempre o gesto audaz
E a palavra que aterra
Pela verdade que traz.
Dai-me coragem na guerra
E não me deis jamais paz.
A mentira que compraz
E que desculpa quem erra,
O golpe que volta atrás
E que teme entrar na guerra,
Não me deis nunca tal paz.
Nem o repouso fugaz
Que todo recuo encerra
Essa mansidão falaz
Não me deis, mas dai-me a guerra,
Porque me mata essa paz.
Oh Vós, Rainha da Guerra,
Que só na liça dais paz
A paz que não é da terra –
Não me deis morte na paz,
Mas dai-me a vida na guerra.
E Vós, Príncipe da Paz,
Que viestes trazer a guerra
Que toda verdade traz,
Dai-me a vitória na guerra
E, na luta, a vossa paz.
São Paulo, (não sei a data).
Maria Ivone Pereira de Miranda Fedeli