Assuntos variados

– O protestantismo agoniza na sua “terra natal”: na cidade de Lutero, somente 10% da população é protestante. A “Reforma” do século XVI que tanto mal causou ao Cristianismo parece só ter vigor nas espúrias igrejolas que pregam uma “Teologia da Prosperidade” a léguas de distância do verdadeiro Cristianismo – muito mais distante do que foi o próprio Lutero, por incrível que pareça. É um fenômeno lamentável, porque é muito mais fácil discutir com um luterano ou calvinista do que com um “cristão sem denominação” dos que existem às pencas hoje em dia. Que, com a derrocada do protestantismo alemão, as pessoas possam reencontrar o caminho de Roma, a Barca de Pedro, a Igreja fundada por Nosso Senhor, sobre as quais as portas do Inferno jamais prevalecerão.

– A Califórnia aprovou – em um pleito apertado – a probição do “casamento gay” no estado. Tratava-se de uma emenda à Constituição Estadual que tinha o seguinte texto: “Somente o casamento entre um homem e uma mulher é válido ou reconhecido na Califórnia”. Com 52,1%, a emenda foi aprovada. Deo Gratias. A despeito da maciça propaganda feita para tentar derrubar a emenda (Brad Pitt, Steven Spielberg, Ellen DeGeneres e a multinacional Apple são algumas das celebridades californianas que doaram até 100.000 dólares a favor do “Não”), a Califórnia mostrou que existem alguns valores que são inegociáveis.

– A Colômbia consagrou-se ao Imaculado Coração de Maria no início de outubro, e eu somente agora fiquei sabendo. Em uma cerimônia que se repete a cada ano, na qual é renovada a consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus (ocorrida pela primeira vez em 1902), o cardeal Pedro Rubiano “incluiu a consagração ao Imaculado Coração de Maria”. O presidente colombiano enviou saudações, que foram lidas antes da homilia. Combatendo as críticas dos laicistas, o cardeal alfinetou dizendo que “a Igreja é autônoma para tomar este tipo de decisões e mais em um país que é de maioria católica”. Excelente! Que a Virgem Santíssima continue a abençoar a Colômbia.

– Lembram-se das vacinas da rubéola esterilizantes? O assunto havia morrido, sem que houvesse nenhuma confirmação ou nenhuma negativa, mas ontem o padre Lodi resolveu tocar na ferida. Termina o ilustre sacerdote seu texto dizendo que, “[e]mbora faltem provas, as circunstâncias nos autorizam a suspeitar”. Para não reacender alarmismos, é bom frisar que não há evidências do plano diabólico, só suspeitas. E, já que o assunto foi trazido à baila novamente, cabe perguntar de novo: a quem interessa a farsa?

– O que é amor à pátria? Conhecem a história de el niño artillero? Traduzo:

Quando visitamos a cidade de Cuautla Morelos, contemplamos em sua rua principal a estátua de bronze de um menino com um canhão. Trata-se de Narciso Mendonza, que é chamado el Niño Artillero. O seu ato de heroísmo não é uma história bonita inventada para a edificação da posteridade; aconteceu durante o cerco que o exército realista fez, em 1812, à cidade de Cuautla, refúgio do Exército Insurgente. O cerco se prolongou dolorosamente, e o general Juan Nepomuceno Almonte decidiu organizar em tropa as crianças que continuamente se ofereciam para ajudar a defender sua cidade. Eles desempenhavam funções de vigilância, de troca de mensagens e de logística [? – intendencia], e sentiam que assim lutavam pela independência de sua Pátria.

Um dia, o Exército Realista fez uma investida que dispersou os insurgentes, fazendo-os fugir desordenadamente, abandonando suas escassas peças de artilharia. Neste momento de desconcerto, o pequeno Narciso, de 12 anos, teve o valor de correr até um dos canhões abandonados e fazê-lo disparar contra os realistas que se aproximavam. Aquele disparo permitiu aos insurgentes voltarem a tomar a defesa e repelir o inimigo. Quando o padre Morelos soube desta façanha, premiou o pequeno, e os historiadores o seguem premiando e guardando sua memória para a posteridade.

Bebê ameaçado de morte

Renata tomou a vacina de rubéola no último dia 9, dentro da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença, que termina no próximo dia 12 (sexta-feira), sem saber que estava grávida (…) e não quer nem pensar na possibilidade de ter um filho com algum tipo de má-formação. Por isso acredita que o aborto é a melhor opção.

– Quando descobri que estava grávida, procurei uma médica num posto de saúde. Ela me disse que os riscos de o bebê nascer com problemas são muito pequenos, e me encaminhou para o pré-natal de alto risco. Mas eu não quero ficar me torturando durante nove meses para ver se a criança é normal. Não me perguntaram se eu estava grávida na hora de tomar a vacina. A campanha na televisão não falava nada sobre isso. Só me perguntaram se eu tinha alergia a ovo. Vou procurar uma clínica clandestina.
[O GLOBO, 09 de setembro de 2008 – grifos meus]

A vacina anti-rubéola não apresenta problemas se for aplicada em gestantes, diz a mesma matéria d’O GLOBO e também o site oficial da campanha de vacinação (q. 28). A informação não convence quem leia a questão seguinte (a q. 29) ou quem gaste um tempinho procurando na internet:

A única contra-indicação [da vacina contra a rubéola] é para mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez.
(Diário de Natal, 10 de setembro de 2008)

Embora nenhum defeito congênito tenha sido relatado em mulheres que fizeram a vacina  [anti-rubéola] durante a gestação, não é aconselhável a vacinação durante a gravidez, devido aos riscos teóricos por tratar-se de vírus atenuados.
(“Gravidez Segura” – UFRGS)

Caso a mulher não esteja imunizada, ela deve receber essa vacina [anti-rubéola] e não engravidar até seis meses após sua aplicação. A vacina não deve ser aplicada na gestante.
(G1, 31 de agosto de 2008)

No entanto, o [maior] problema não é tanto a irresponsabilidade do Ministério da Saúde em não avisar que a vacina é contra-indicada para as mulheres que estão grávidas (e, neste sentido, a queixa da Renata é justa); o que é revoltante é uma mulher dizer na imprensa nacional que vai matar o seu filho, procurando uma clínica de aborto clandestina, e ninguém fazer nada!

Assassinato de crianças é crime. A Renata diz publicamente que vai cometer um crime. A esta altura, pode ser até que já tenha cometido. E vai ficar tudo por isso mesmo? Perdeu-se completamente o senso moral, a ponto de uma mulher chegar à imprensa para dizer que vai abortar? Revoltante. Peço a todos uma ave-maria pelo bebê que corre risco de vida. E mais uma pela mãe assassina. Que Deus tenha misericórdia de nós.

A quem interessa a farsa?

Muita água rolou desde a primeira vez em que eu comentei aqui no Deus lo vult! sobre o (suposto) plano de esterilização “embutido” na campanha de vacinação contra a rubéola do Governo Federal. Engrossou a fileira dos que deram crédito, de uma ou outra maneira, à teoria da esterilização (veja-se, p.ex., o Requerimento de Informação do min. Martini ou o artigo de Dom Aloísio Roque). Aumentou consideravelmente o número dos que estão preocupados com a possibilidade dos rumores serem verdadeiros. E, no entanto, até agora nada foi provado e nem desprovado.

Há os que negam veementemente. Encontrei um blog (mal educado – cuidado) que, a despeito do estilo pouco recomendável, responde bem aos principais argumentos dos defensores da teoria da esterilização. Ele não está sozinho no seu “ceticismo”; muitas pessoas têm olhado com reservas para esta história toda, que – como eu sempre disse – está mal contada.

Em particular, tenho conversado com um amigo, médico, que me disse ter as seguintes dúvidas sobre o divulgado plano de esterilização:

– Foi detectado o HCG nas vacinas em forma livre ou de fato formando uma proteína complexa com o toxóide tetânico ou outro carreador?
– Por que o HCG, sendo um hormônio presente em todas a mulheres grávidas, provocaria resposta imunológica pelo simples fato de estar presente na vacina?
– Qual é a técnica usada para se conseguir os vírus atenuados da rubéola? As particularidades dessa técnica não justificariam a presença de HCG? E se esse hormônio está mesmo presente, estaria comprovado que se trata de Gonadotrofina Coriônica HUMANA?
– Tendo em vista a semelhança estrutural do HCG e do FSH, a ponto de testes clínicos menos específicos não conseguirem diferenciar um do outro, por que não há casos de reação cruzada, com os supostos anticorpos anti-HCG atacando o FSH presente em mulheres e homens, levando a sintomas de hipogonadismo?
– Estando a vacina Tríplice Viral (a mesma usada na campanha) presente no calendário vacinal de algumas regiões do Brasil há uns vinte anos, cobrindo quase toda a população com menos de 19 anos, por que ainda se vêem tantas adolescentes grávidas?

A despeito, portanto, da quantidade de pessoas sérias e de instituições dignas de crédito que nos alertam para os riscos desta campanha, é igualmente verdade que existem pessoas sérias e bem intencionadas a recomendar cautela sobre esta história. Enquanto isso, silêncio sepulcral sobre os aspectos que são realmente relevantes, e eu não vejo absolutamente ninguém fazer as coisas que poderiam ser feitas para se encerrarem de vez as especulações.

Quem conhece instituições sérias que possam fazer o teste de detecção dos hormônios? Quem solicitou amostras da vacina para serem analisadas? Quem examinou as pessoas que já tomaram a vacina para verificar se elas apresentam mesmo os hormônios anti-gravidez? Infelizmente, sobre as coisas que poderiam ser feitas para se dirimir definitivamente as dúvidas, pouco ou nada foi feito.

A quem interessa semear o pânico entre a população, deixando-a aterrorizada com a possibilidade de estar sendo esterilizada involuntariamente? Acaso são os católicos, os militantes pró-vida, os defensores da família? Por que não é feito nada para desmentir os boatos que já produziram inclusive requerimentos oficiais de informação ao Ministério da Saúde? Será que não é cômodo à canalhada abortista ter os seus maiores inimigos defendendo um hoax que os exporá à humilhação e ao escárnio quando for finalmente desmentido?

Respostas, já! Respostas sérias, respostas embasadas, respostas verdadeiras. Já se manteve o suspense por tempo demais.

Dom Aloísio questiona campanha de vacinação

E a quantidade de pessoas desconfiadas com a campanha de vacinação contra a rubéola não pára de crescer. O texto abaixo é de Dom Aloísio Roque, Arcebispo de Uberaba, MG. Mais um capítulo sobre o mistério das vacinas… permita Deus que ele seja desvendado em breve.

Repito o que já disse aqui várias outras vezes: não há motivos para pânico, pois há fortes indícios de que seja boato. Mas é inegável que o assunto está tomando proporções tão grandes que não pode simplesmente ser ignorado. Respostas, já! Que a verdade venha à luz.

* * *

Fonte: CatolicaNet

Dom Aloísio Roque – O estranho caso da rubéola – 26/08/2008 – 08:54

Quando se trata do atual ministro da saúde do governo Lula, qualquer iniciativa, por mais normal que aparente ser, nos deixa desconfiados. Suas falas públicas contra a Igreja já encheram muitas páginas de jornal. Entre os atuais homens de confiança do governo federal, que não simpatizam com as posições da Igreja, – embora o doutor seja provindo de família cristã – ele está imbatível, na linha de frente. Estão aí suas falas contundentes a favor do aborto; sua propugnação pelos preservativos sexuais, disponíveis para o uso livre dos alunos das escolas públicas. Isso significa que a escola se declara incapaz de educar a nova geração. Não consegue mais levá-la à prática dos “bons costumes”.  Para haver menos despesas para o poder público, se lança mão desse artifício, para coibir os gastos com tratamentos anti-HIV, e complicações com as adolescentes gestantes. E o mais incrível disso tudo, é que a maioria das mães (querem salvaguardar suas filhas), acha isso muito certo.  É o estímulo para a devassidão. Não há mais tentativa de procurar educar.

Nessa questão da vacinação contra a rubéola, há fatos estranhos. Existem atualmente, 17 casos por ano. Mas isso justifica aplicar 70 milhões de vacinas, mesmo em pessoas que já tiveram a rubéola, e em quem já foi vacinado? Nunca se viu tanto zelo. O desconfiômetro acende a luz vermelha, porque na Argentina, nas Filipinas e na Nigéria foi detectado, em outros tipos de vacina, a presença do hormônio “gonadotrofina coriônica”, conhecido artifício para controle da natalidade, distribuído por certas ONGs. A vacina será aplicada em povos indígenas e em outros grupos, de preferência, selecionados. Diante dessas dúvidas, o ministro da saúde é instado a se pronunciar em público, com afirmações bem categóricas, de que o procedimento nada tem a ver com essa iniciativa de duplo efeito: querer evitar um surto de rubéola (que pode prejudicar o nascituro), e de presente, ainda diminuir mais o índice do crescimento populacional. Este já empata com países destinados a zerar, no futuro, os nascimentos. Essa tranqüilidade o ministro deve conceder à população. E caso a suspeita seja verdadeira, deve dizê-lo em público.

O mistério das vacinas

Desde a primeira vez que tomei conhecimento do assunto, sustentei que provavelmente era HOAX. Contudo, a cada dia, o (provável) hoax parece estar mais elaborado.

Primeiro, por causa do Requerimento de Informação que o ministro Miguel Martini apresentou. Ainda não sei se houve alguma resposta do Ministro do Ataúde, mas o ato oficial deu visibilidade ao assunto e fez com que muita gente o reproduzisse (a internet tá cheia de exemplos).

Segundo, porque as pessoas parecem estar realmente preocupadas com o assunto e estão aparentemente seguindo uma política tipo – mutatis mutandisaposta de Pascal: “se for verdade e eu me vacinar vai ser terrível, se for mentira e eu deixar de me vacinar, perco muito pouca coisa”. O vacinômetro do site oficial da campanha, no vermelho, revela isso. Não posso deixar de dar razão a este tipo de raciocínio.

Terceiro, porque existe uma pergunta que eu não consigo responder: afinal, a quem interessa a propagação da mentira? Não consigo pensar em absolutamente ninguém, salvo a existência de algum “cavaleiro do Caos” estilo Coringa, hipótese que acho pouco provável – já que, afinal, são os pró-vida de diversos lugares que advogam a favor do risco de esterilização com a vacina.

Quarto, por causa da enorme quantidade de material de diversos lugares a favor da tese de que é possível, sim, haver alguma coisa errada com as campanhas de vacinação. Basta ver os comentários aqui mesmo, nos posts sobre o assunto. Em particular, um representante da Human Life International diz, num artigo a mim sugerido entre os comentários que recebi, o seguinte:

Confronted with the results of  laboratory tests which detected its presence in three of the four vials of tetanus toxoid examined, the WHO and DOH scoffed  at the evidence coming from “right-to-life and Catholic” sources. Four new vials of the tetanus vaccine were submitted by  DOH to St. Luke’s (Lutheran) Medical Center in Manila — and all four vials tested positive for hCG!
[Confrontados com os resultados dos testes em laboratório que detectaram sua presença [do anti-hCG] em três das quatro ampolas de vacina contra o tétano examinadas, a OMS e o Departamento de Saúde das Filipinas debocharam das evidências que vinham de fontes “pró-vida e católicas”. Quatro novas ampolas da vacina foram enviadas pelo Departamento de Saúde para o Centro Médico St. Luke’s (Luterano) em Manila – e todas as quatro deram positivo no teste para hCG!tradução livre]

Quinto, por causa de algumas informações desconcertantes que tenho recebido por email (de fontes idôneas e, pelo menos, merecedoras de um pouco de crédito – os nomes e lugares estão alterados):

Em 01/08/2008, eu havia encaminhado o e-mail abaixo [sobre vacinas produzidas na Índia a partir de fetos abortados] para FULANA que é chefe da farmácia do Posto de Saúde de TAL LUGAR. (…) No dia 09/08/2008, você encaminhou e-mail sobre a vacina de rubéola e eu encaminhei cópia para FULANA. Eu liguei para FULANA e ela confirmou que as vacinas são da Índia, e confirmou também que são exatamente as vacinas de aborto, pois ela viu na bula que é a vacina RA273.

Sem querer aumentar o alarmismo, mas já o tornando quase insuportável, ouvi ontem de uma médica que trabalha no TAL LUGAR que é isso mesmo e não tem novidade. Anos atrás, por determinação da direção do hospital, todas as mulheres que passavam por exame ginecológico teriam recebido dose dessa mesmíssima vacina indiana.

Intrigada, foi questionar a razão para a medida e ouviu como resposta que tratava-se, realmente, de um programa de controle de natalidade, mas que não era divulgado para não causar polêmica.

Segundo a médica, que é ginecologista, o número de mulheres inférteis ou com problemas para engravidar cresceu consideravelmente após essa medida.

Ainda, disse-me ela, outra orientação do hospital era para que se realizasse laqueaduras nas parturientes, sem que essas soubessem, especialmente nas “nordestinas” que engravidavam que nem coelhos.

Aterrorizado, indaguei por que ela continuava trabalhando por lá e por que não denunciava tudo isso. Respondeu-me, como era esperado, que precisava “ganhar a vida” e que se um dia fosse obrigada a falar oficialmente sobre isso, negaria tudo. E termina tentando fazer piada: – Acordo toda manhã e vou trabalhar no TAL LUGAR.

Sexto, porque eu não posso deixar de concordar que existe uma tremenda desproporcionalidade na campanha – Por causa de somente 17 casos de rubéola em bebês em gestação por ano, o Ministério da Saúde quer a vacinação de 70 milhões de brasileiros, mesmo em quem já teve a doença e em que já foi vacinado (Min. Martini, RI 3321/2008) – que é-me completamente inexplicável.

Sétimo, porque tem gente séria e bem conhecida – como o Heitor de Paola e a Graça Salgueiro – estudando mais a fundo o assunto e apresentando, como resultado preliminar, que há indícios de que as vacinas têm, sim, um objetivo esterilizante e de controle populacional.

Em suma… os fatos de que eu tenho conhecimento, até o momento, são estes. É forçoso reconhecer que, ao lado dos argumentos contra a tese, há fortes indícios de que alguma coisa não está muito bem explicada. Enquanto isto, é bem provável que o vacinômetro continue no vermelho…

Ainda as vacinas esterilizantes

A questão das vacinas anti-rubéola (supostamente) esterilizantes tem corrido a internet. Já publiquei aqui no Deus lo vult! uma email do sr. Jorge Scala, advogado argentino e professor de bioética conhecido no meio pró-vida – é autor do livro “IPPF – a multinacional da morte” -, no qual ele diz (vide o primeiro link):

[P]ara que realmente una mujer generara esos anticuerpos, se requiere la repetición de las dosis […] con una sóla dosis no sería posible que la mujer genere esos anticuerpos, salvo que la dosis de esa única ingesta sea elevadísima, cosa que no se ha verificado en ninguno de los análisis bioquímicos que se hicieron.

Um amigo meu, médico de profissão, a quem consultei sobre o assunto, disse-me o seguinte:

[N]ão é possível que a presença de HCG “esterilize” a mulher por si só, pois é um hormônio que toda mulher tem durante a gravidez e não tem porque desenvolver anticorpos a não ser que a molécula fosse modificada em laboratório para provocar a resposta imune.

Ou seja: a história, do jeito que nos tem chegado, está mal contada e pessoas idôneas pró-vida não estão “botando fé” na denúncia. No entanto, o deputado Miguel Martini fez um requerimento de informação (Requerimento de Informação 3321 de 2008) ao Ministro da Saúde indagando precisamente sobre esta questão, citando as mesmas fontes que estão circulando na internet:

Os exemplos da Nigéria, Filipinas e Argentina mostram que vacinas contaminadas com agentes esterilizantes podem fazer parte de “inocentes” campanhas de vacinação em massa contra determinadas doenças como a rubéola. Essas vacinas são administradas sem que os vacinados tenham consciência do que lhes foi injetado. Esse fato ocorre principalmente em países do Terceiro Mundo onde a popularidade e a ampla aceitação de vacinas anti-doenças facilitam a introdução de agentes anti-fertilidade nas vacinas. Assim, campanhas de vacinação se tornam verdadeiras campanhas de controle populacional.

Repito o que já escrevi aqui: não há motivo para pânico, porque não há indícios consistentes nem da existência de vacinas esterilizantes e nem muito menos de que o sejam estas vacinas específicas aplicadas pelo Governo na presente campanha. Aparentemente, é hoax. No entanto, vamos ver no que vai dar – afinal, mais informações e mais estudos não vão fazer mal a ninguém.

Vacina esterilizante

Recebi a informação de fonte idônea, e não me pareceu de todo inverossímil; contudo, após redigir o texto, fui informado de que aparentemente é HOAX, conforme pode ser visto pelo anexo. Caso recebam algo parecido, saibam que não há evidências de que seja verdadeiro.

* * *

Há registros de “vacinas anti-fertilidade” mundo afora. O Júlio Severo já o alertava no seu BLOG seis anos atrás; há pequenos grupos que o denunciam na internet; também sites de informação alternativa o fazem; a mesma coisa é dita também por um grande portal católico espanhol; há referências a vacinas deste tipo em artigos disponíveis na internet (como este ou este); a Universidade de Buenos Aires identificou-as entre vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde, dois anos atrás.

O que acontece? Existe um hormônio chamado de beta-HCG, que é necessário para a manutenção da gravidez humana. Há vacinas anti-gravidez que operam inoculando no corpo humano estes hormônios, a fim de que o organismo produza anticorpos contra ele. Com isso, o útero torna-se incapaz de manter o embrião humano, o que termina por provocar abortos.

Qual o problema? Há denúncias de vacinas que contêm estes hormônios não mencionados, aplicadas em mulheres de países de terceiro mundo com o fim de impôr uma política de controle de natalidade aos moldes da agenda internacional. As mulheres, vacinadas contra doenças como sarampo ou rubéola, acabam sendo também vacinadas contra a gravidez sem o saberem.

O que o Brasil tem a ver com isso? De 09 de agosto a 12 de setembro, acontece no Brasil uma campanha de vacinação contra a rubéola. O site oficial da campanha traz a seguinte afirmação que é absolutamente ridícula e já deixa entrever que este pessoal tem culpa no cartório:

29. Por que não se recomenda vacinar as mulheres grávidas durante a campanha contra a rubéola?
Embora já esteja demonstrado que a vacina não tem efeitos teratogênicos no feto, durante uma gestação podem apresentar – se diversos eventos ( abortos, natimortos, etc) que são apenas coincidentes com a vacinação. Por isso é importante fazer o acompanhamento de cada gestante vacinada inadvertidamente para evitar que seja atribuída à vacina qualquer evento que aconteça com esta gestante.

Então, estão nos esterilizando? Não. Não houve ainda nenhuma denúncia de que a vacina aplicada no Brasil contenha os problemas que foram encontrados em outros países. Contudo, é importante que sejam feitos testes por institutos de pesquisa sérios nas vacinas que estão sendo aplicadas nesta campanha, porque é melhor prevenir do que remediar.

E enquanto isso? Bom, deixar de tomar a vacina pelos próximos dias não vai fazer mal a ninguém…

* * *

Anexo: email recebido sobre o assunto

—– Original Message —–
From: Jorge Scala
Sent: Monday, August 11, 2008 5:49 PM
Subject: Re: VACINA CONTRA RUBÉOLA
Querido Rodrigo:
El asunto de esa vacuna nos preocupó mucho en el año 2005, en la Argentina. Se hicieron diversos análisis bioquímicos -sobre materia inerte-, de vacunas de diferente procedencia -Mendoza, Jujuy, San Juan, Paraná, La Plata, San Luis, Buenos Aires, etc.-. Todos los resultados fueron similares: una luminiscencia compatible con la hormona gonadotrofina coriónica humana, en cantidad muy baja, de modo tal que en esa proporción no produciría ningún efecto en la mujer que reciba la dosis. Como la presencia es tan baja, ninguno de los bioquímicos puede asegurar que fuera realmente esa hormona, y no otro elemento que provoque una reacción de luminosidad similar. Para aventar dudas, se hicieron las mismas pruebas sobre vacunas contra la rubeola, compradas en farmacias, elaboradas por laboratorios de primer nivel, y que no son las vacunas importadas de la India, que se usan en la campaña del gobierno. El resultado de los análisis dió similar al de las vacunas del gobierno. Entonces, la conclusión de los bioquímicos es que se trataría de un elemento constitutivo de la vacuna, y que no sería la hormona gonadotrofina coriónica humana.
Además de esto, tuve una larga conversación telefónica con el Dr. Rafael Pineda, respetado ginecólogo por su integridad moral y sapiencia científica. El me dijo que repasó toda la bibliografía científica disponible sobre las vacunas esterilizantes -abortivas-, en base a la hormona gonadotrofina coriónica humana. Que las mismas están en fase II de investigación; y que hay IV fases antes de lanzar cualquier fármaco al mercado.
El dice que si bien en teoría, se podría inmunizar a una mujer haciéndole crear anticuerpos contra la hormona y, por lo tanto, que no la segregue, lo que traería como consecuencia que el embrión recién anidado se desprendería casi indefectiblemente, por la falta de la mencionada hormona, a los pocos días de la anidación. El dice que esto es posible, pero para que realmente una mujer generara esos anticuerpos, se requiere la repetición de las dosis. Sostiene que con una sóla dosis no sería posible que la mujer genere esos anticuerpos, salvo que la dosis de esa única ingesta sea elevadísima, cosa que no se ha verificado en ninguno de los análisis bioquímicos que se hicieron.
El piensa que la campaña es un gran negociado del ministro de salud -por ejemplo es absurdo vacunar varones, como están haciendo en esta campaña-, pero que fuera de eso no habría nada más. En algunos lugares les avisan a las mujeres que no deben estar embarazadas ni embarazarse en los tres meses siguientes a la vacunación; pero en otros lados no lo avisan, y, además, la página web del ministerio dice que las mujeres embarazadas deben vacunarse también. Ese es otro elemento que siembra más dudas en relación a la campaña; porque toda la literatura científica, e incluso los prospectos de las vacunas que se están usando en esta campaña, dicen lo contrario; es decir, que no deben vacunarse mujeres embarazadas o que sospechen estarlo, y que -al menos-, se debe esperar un mes luego de la vacunación, para quedar embarazada.
El estudio que vos mencionás detecta presencia de la hormona en las muestras testigo utilizadas; es decir no en las de la campaña sino en otras vacunas, que no son contra la rubeola. Resulta obvio decir que si se encontró la hormona en otras vacunas, las que deben investigarse más a fondo son esas otras y no las de la campaña estatal. Un fuerte abrazo:
Jorge