Circulou recentemente no Facebook uma imagem sobre a Pontifícia Academia das Ciências. O texto dizia que ela possui “8 prêmios Nobel de Medicina, 7 de Química, 9 de Física e 1 de Economia”, totalizando “24 prêmios Nobel”. E alfinetava: “a USP não tem nenhum, a UNICAMP não tem nenhum, o Brasil não tem nenhum”.
Vem ao encontro daquilo que o Ives Gandra escreveu outro dia sobre o ateísmo; é tão imponente a verdadeira relação harmoniosa entre Fé e Razão que chegam a ser ridículos os protestos dos anti-clericais sobre o tema. Cale-se a ignorância arrogante diante da competência internacionalmente reconhecida! Perto da envergadura intelectual dos membros desta Academia, qual a relevância científica daqueles cuja “produção acadêmica” resume-se a repetir – de mil modos diversos – meia dúzia de calúnias anti-clericais gratuitas que só eles próprios levam a sério?
E ainda: diferente do que foi dito, a Pontifícia Academia das Ciências não tem 24 prêmios Nobel. Eu entrei na página da Academia onde estão listados os membros falecidos e contei: são quarenta e oito [p.s.: 24 são os Nobel vivos: então a Academia conta, no total, com 72 prêmios Nobel]. Entre os laureados já falecidos encontram-se nomes como Rutherford, Bohr, Heisenberg, Schrödinger, Sir Alexander Fleming e Max Planck. Entre os vivos, Joseph Murray e David Baltimore. A academia conta atualmente ainda com cientistas notáveis como o brasileiro Miguel Nicolelis e o inglês Stephen Hawking; e, entre os falecidos, encontrei também o filho de um ilustre brasileiro: Carlos Chagas Filho [que eu confundi anteriormente com o pai – my mistake]. Estas são as credenciais que a Igreja – “inimiga da ciência” – é capaz de apresentar em Seu favor! O que têm os anti-clericais a apresentar a não ser o testemunho da própria ignorância?