Debates públicos sobre o aborto praticamente não existem, porque os abortistas não gostam muito de debater. A razão é simples: a idéia de que alguém possa defender o assassinato frio e covarde de uma criança indefesa no ventre da própria mãe é tão repulsiva à maior parte das pessoas normais (aquelas que dão mais valor ao seu bom senso do que à última ideologia da moda) que não é muito estrategicamente esperto ficar alardeando em público essas coisas. Por isso, quando alguém fala em “debate sobre o aborto”, geralmente acontece uma de duas coisas:
1. ou se encena um jogo de cartas marcadas grosseiro onde todas as pessoas que terão uso da palavra minimamente significativo são escolhidas a dedo para estarem alinhadas com a ideologia pró-aborto;
2. ou, quando o show não funciona por conta da presença – por mínima que seja – de vozes que se levantem em defesa da vida e exponham sem rodeios o horror do aborto, os abortistas levantam-se reclamando de que “não dá” para debater sobre o aborto do Brasil por conta da “mentalidade” retrógrada do brasileiro, porque o assunto é “tabu”, por conta da “influência religiosa” que ameaça o “Estado Laico”, ou qualquer outra bobagem que inventem na hora como desculpa para a sua debandada.
Haverá uma oportunidade desta regra se confirmar pela milionésima vez. Amanhã (sexta-feira), às 11h00 da manhã, o site da Fiocruz está anunciando que o programa “Sala de Convidados” – programa “ao vivo e interativo” – irá abordar o tema “aborto e redução de danos” (que já foi comentado aqui). Foi o pe. Mateus Maria quem deu a informação e convidou os internautas a participarem deste evento [mais informações aqui]. Eu faço coro às palavras do reverendíssimo sacerdote: participem deste evento!
Está agendado para acontecer das 11h00 às 12h00. Pelo que entendi, será exibido pelo Canal Fiocruz, que é possível assistir pela internet aqui. Do lado direito do vídeo fica o “Chat Canal Saúde”, através do qual é possível participar do programa. Participem. Mas o façam com serenidade e firmeza, sem dar margem para que os inimigos da vida ganhem pela forma o que não podem ganhar pelo conteúdo. É importante fazermo-nos presentes, porque é importante impedir o solilóquio abortista de ser apresentado como se fosse ampla discussão popular sobre o assunto.