É provavelmente desnecessário apresentar o dr. Rafael Vitola Brodbeck, delegado de polícia e pai de quatro filhos, que desde os áureos tempos do Veritatis Splendor é referência nacional na área da apologética católica. Desnecessário, também, parece ser falar da dra. Aline Rocha Taddei Brodbeck, professora e advogada, autora do Femina e esposa do Rafael. Estes nomes por si sós já são credenciais e dispensam maiores apresentações.
O que é importante falar aqui é sobre o novo livro, escrito em co-autoria por ambos, intitulado Família Católica, Igreja Doméstica. É uma seqüência de ineditismos. Trata-se do primeiro livro escrito por ambos, marido e esposa juntos. É a primeira vez que a editora Simonsen vai lançar na arena editorial tupiniquim uma obra que ostente o temível brasão Brodbeck. E é um livro sem precedentes no mercado nacional, abordando um tema tão importante quanto negligenciado.
Os problemas do mundo moderno não nos são impostos do alto, das grandes organizações, do Estado altamente centralizador, dos ricos e poderosos, do Movimento Gay internacional, do globalismo comunista, dos modernistas que ocupam cargos elevados na hierarquia eclesiástica. Nada disso. Todas as dificuldades que nós enfrentamos têm a sua gênese na dissolução da família — e é somente no fortalecimento desta célula mater da sociedade que se poderá encontrar a superação dessas e de todas as outras possíveis dificuldades capazes de flagelar o mundo. As instâncias burocráticas imiscuem-se na vida privada porque as famílias lhes deixam o espaço aberto; esta e não outra é a raiz dos problemas modernos. É verdade que ninguém pode fazer nada contra os grandes organismos internacionais; mas qualquer um pode voltar pra casa, amar a sua família e sacrificar-se pela santificação dela.
A frase é de Santa Teresa de Calcutá: se você quiser fazer algo pela paz mundial, vá para casa e ame a sua família. Não se trata de arroubo de retórica e nem de metáfora piedosa: nada disso, a frase revela uma lucidez e um pragmatismo dos quais somente os grandes santos são capazes. Porque a paz é fruto da justiça (cf. Is 32, 17) e esta se inicia nas pequenas coisas. Uma família arruinada é provavelmente a primeira grande injustiça que está ao alcance de qualquer pessoa; e combater as injustiças — mormente as que se nos aparecem, as que somente nós podemos combater — outra coisa não é que promover a paz.
A família se reveste, assim, dessa espécie curiosa de universal exclusividade: por um lado, praticamente não existe ser humano que não possa fazer alguma coisa pela sua família; por outro lado, cada família só pode ser cuidada pelos que dela fazem parte e por ninguém mais. É um dever tão geral que se impõe a todos; é um dever tão particular que não há quem o possa cumprir no lugar do outro.
Por isso que é importante se preparar para viver bem em família, e neste quesito os autores do livro têm bastante o que compartilhar. São católicos praticantes, que gozam de reconhecimento quer profissional, quer nos apostolados religiosos que exercem, que desde 2013 estão envolvidos no projeto que culminou neste livro, que desde o ano passado ministram cursos sobre como catequizar seus filhos em casa, que, em suma, têm suficiente experiência para realizar esta empreitada. Fazem jus à credibilidade que lhes tributo aqui.
O livro está em campanha de financiamento coletivo pelo Kickante; faltam apenas 16 dias e ainda 60% do valor a ser arrecadado. Acessem lá e verifiquem como podem contribuir. Não se trata de simples doação, mas sim de efetiva aquisição do livro, de acordo com a recompensa escolhida: há-as para todos os gostos. Por exemplo, a edição impressa sai por R$ 45,00; por sua vez, o próprio “Família Católica, Igreja Doméstica”, mais uma cópia do “Guia Politicamente Incorreto da Literatura”, mais “O Outro Lado do Feminismo”, mais o nome impresso no livro, custa apenas por R$ 120,00. E há diversas outras. Cliquem e vejam como podem ajudar.
Mas atenção, que se o valor do projeto não for alcançado o livro não será editado (e o dinheiro das contribuições, óbvio, será devolvido); isso significa que ele não poderá ser adquirido depois. Para que o livro chegue depois às livrarias é preciso que a campanha seja agora bem sucedida. Não deixe para mais tarde; colabore agora com esta obra civilizacional. Os autores — e o Brasil — agradecem.