A minha batina
Minha pobre batina mal cerzida,
Tu vales mais que todos os amores.
Pois, negra embora, enches-me de flores
E de esperanças imortais a vida.
Com seus sorrisos escarnecedores,
Zomba o mundo de ti, de ti duvida,
Porque não sabe a força, que na lida,
Tu me dás, do teu beijo aos resplendores.
Tu serenas de orgulho as brutas vagas;
E a mostrar-me do mundo a triste sina,
Toda volúpia das paixões apagas.
Oh! Como o bravo envolto na bandeira,
Contigo hei de morrer, minha batina!
Ó minha heróica e santa companheira.
Dom Francisco D’Aquino Correa