Quatro textos, ainda não citados aqui, sobre o tsunami que, nos últimos dias, precipitou-se sobre a Igreja Católica na figura do Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que teve a coragem de afirmar bem alto, para todo mundo ouvir, que todos os que cooperam materialmente com o assassinato de crianças no ventre de suas mães incorrem em excomunhão automática [e correlatos]:
1. Heitor de Paola:
Os meus milhões (!) de leitores sabem que não sou católico, mas me identifico com a Igreja em função da minha profissão, pasmem, pois sendo psicanalista deveria atacar as religiões porque segundo Freud, um Mestre na clínica dos distúrbios mentais, mas que também tinha sua empáfia de se meter em tudo, disse que a religião é apenas uma neurose obssessivo-compulsiva coletiva e “provou” que Moisés não era judeu, mas egípcio. Minha identificação com a Igreja é porque também sou considerado um dinossauro por continuar fazendo psicanálise e não esta mixórdia em que se transformou minha Especialidade – com E maiúsculo mesmo e sem aspas – em função da “modernidade”.
A presença de um pai é, hoje como sempre, a maior garantia de segurança física para as crianças. Aqueles que removeram esse pai, entregando as crianças à mercê dos amantes de suas mães, são diretamente culpados pela epidemia crescente de violência contra crianças, e são eles mesmos que tiram proveito dela, arrogando-se cada vez mais autoridade para solapar a da família constituída e colocar um número cada vez maior de crianças sob a guarda de assistentes sociais politicamente corretos.
3. William Murat:
A única diferença entre os bebês filhos de um pai normal e os que são filhos de um estuprador, como é o padrasto da menina de Lagoinhas, é que estes últimos não foram amados. Ao invés de um mundo que estivesse alegre com a expectativa de sua vinda, o que tiveram foi uma turba que lhes desejava a morte. Ao invés de roupinhas quando do nascimento, um saco plástico quando do aborto, do “expelimento”.
4. Luiz Mortágua:
Muito mais do que apoiar a “opção” pelo aborto, essa repórter parece defender que tal procedimento deve ser obrigatório em casos como esse. O problema é que no ímpeto cego de defender tal coisa, a repórter se esqueceu até de manter a coerência entre o título e o texto de sua matéria.